Preferiu morrer a negar sua fé, sendo um vigoroso testemunho de fé no Oriente
Horizonte,
11 de Setembro de 2015
(ZENIT.org)
Fabiano Farias de Medeiros
"Eu prefiro morrer a negar a minha fé!”, bradou diante do martírio o
sacerdote João Gabriel Perboyre que nasceu no dia 05 de janeiro de 1802
em Mongesty, diocese de Cahors na França. Foi um dos oito filhos de
Pierre e Marie Perboyre Rigal, um casal de agricultores que conservavam
uma fé profunda e constante. Assim educaram a prole que gerou para a
Igreja, grandes frutos: Maria Ana e Antonieta se tornaram Filhas da
Caridade e Luís, Tiago e João Gabriel, tornaram-se padres.
Desde cedo, aspirava aos dons espirituais e foi convidado pelo irmão
para acompanha-lo ao seminário de Moutauban. Neste tempo encontrou ali o
seu caminho de entrega a Deus, seguindo também o testemunho do tio
Jacques Perboyre que era sacerdote. Foi admitido então na Congregação de
São Vicente de Paulo. Em 1818 entrou para o noviciado da missão e em
1820 professou os primeiros votos. No dia 23 de setembro de 1825 foi
ordenado sacerdote. Foi então enviado para o seminário de Saint-Flour
para ensinar teologia e no período de 1832 à 1835 foi subdiretor do
noviciado da Congregação em Paris. O seu coração aspirava à vida
missionária e após a morte do seu irmão, enviado para a China,
colocou-se à disposição para ir em seu lugar. Embarcou em 21 de março e
chegou em Macau no dia 29 de agosto de 1835. Viveu os desafios próprios
de um país que não permitia a presença de estrangeiros e perseguia
severamente os cristãos. Aprendeu o idioma e os costumes do lugar e em
dezembro foi para a Diocese de Ho-Nan e em janeiro de 1838 foi
transferido para a Diocese de Hou-Pé.
Desempenhou esmerado trabalho de catequese e evangelização em meio ao
povo chinês, até ser denunciado e preso em 1839 em Cha-Yuen-ken.
Diversos interrogatórios e suplícios foram impostos a João Gabriel até
ser decretada a sua execução sendo amarrado numa cruz e estrangulado no
dia 11 de setembro de 1840.
João Gabriel Perboyre foi declarado Venerável por Gregório XVI em
julho de 1843. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII em 09 de novembro de
1889 e canonizado por João Paulo II em 2 de junho de 1996.
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