De acordo com dom Auza, o papa provavelmente vai tocar na questão da segurança e do terrorismo internacional
Roma,
18 de Setembro de 2015
(ZENIT.org)
Uma passagem histórica da visita pastoral do papa Francisco aos EUA
será o discurso do Santo Padre na ONU, em Nova Iorque. É a quarta vez
que um pontífice entra no Palácio de Vidro, mas a primeira dentro da
programação da agenda da ONU. Também por isso, as expectativas são muito
altas.
Em declarações à Rádio Vaticano, dom Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé junto à sede da ONU, disse esperar que a visita de Francisco deixe "marcas profundas".
"Vai ser a primeira vez que as delegações oficiais dos 193 países-membros da ONU e dos observadores permanentes, lideradas por suas máximas autoridades nacionais, estarão sentadas na sala da Assembleia Geral para ouvir o papa".
O prelado afirmou que todas as atividades "administrativas e logísticas" foram ajustadas e que o "programa geral foi redesenhado em função da visita do Santo Padre".
A visita será "complicada" devido à "presença de um número altíssimo de chefes de Estado e de Governo", acrescentou Auza, manifestando gratidão à assembleia pela disponibilidade para organizar o evento.
Referindo-se ainda à próxima assembleia sinodal e às catequeses de Francisco sobre a família como "coração da sociedade", o observador permanente recordou que a Igreja vê na família um fator de "desenvolvimento humano", presente na agenda pós-2015, e que esta premissa é compartilhada pelas Nações Unidas.
A diferença de pontos de vista está na definição de família: muitos países tendem a rejeitar o conceito de família aplicado apenas à "família tradicional" baseada no casamento entre homem e mulher abertos à geração de filhos; esses países "incluem todos os tipos de família" e de "união".
Por outro lado, "os países que pensam como nós têm uma grande expectativa de que o papa Francisco reitere a centralidade da família e do significado da família", disse Auza.
Sobre a questão da pobreza, que tanto preocupa Francisco, o representante do Vaticano destacou "um consenso universal sobre a prioridade da luta contra a pobreza", esperando que as conferências internacionais, como a realizada na Etiópia sobre o desenvolvimento e a de Paris sobre as mudanças climáticas, dêem resultados positivos.
Uma "ecologia realmente forte" foi despertada na ONU pela encíclica Laudato Si', entendida como "documento sobre a justiça social", mais do que sobre as "mudanças climáticas".
Dom Auza expressou a "quase certeza" de que o papa irá abordar "a questão da segurança internacional e da paz; ele certamente vai abordar a questão do Oriente Médio".
Ao mesmo tempo, há "uma expectativa muito grande" de um discurso do Santo Padre sobre a imigração e da sua ajuda à ONU para "abordar mais claramente a questão da responsabilidade: como proteger as populações das grandes atrocidades, dos crimes de guerra, dos crimes contra a humanidade, dos genocídios".
Dom Auza faz votos de que a visita do papa "deixar marcas profundas na ONU sobre as grandes questões de hoje, especialmente sobre a segurança internacional", começando pela Síria e pelo Iraque, sem deixar de mencionar a “justiça social e o ambiente”, cerne da última encíclica.
Em declarações à Rádio Vaticano, dom Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé junto à sede da ONU, disse esperar que a visita de Francisco deixe "marcas profundas".
"Vai ser a primeira vez que as delegações oficiais dos 193 países-membros da ONU e dos observadores permanentes, lideradas por suas máximas autoridades nacionais, estarão sentadas na sala da Assembleia Geral para ouvir o papa".
O prelado afirmou que todas as atividades "administrativas e logísticas" foram ajustadas e que o "programa geral foi redesenhado em função da visita do Santo Padre".
A visita será "complicada" devido à "presença de um número altíssimo de chefes de Estado e de Governo", acrescentou Auza, manifestando gratidão à assembleia pela disponibilidade para organizar o evento.
Referindo-se ainda à próxima assembleia sinodal e às catequeses de Francisco sobre a família como "coração da sociedade", o observador permanente recordou que a Igreja vê na família um fator de "desenvolvimento humano", presente na agenda pós-2015, e que esta premissa é compartilhada pelas Nações Unidas.
A diferença de pontos de vista está na definição de família: muitos países tendem a rejeitar o conceito de família aplicado apenas à "família tradicional" baseada no casamento entre homem e mulher abertos à geração de filhos; esses países "incluem todos os tipos de família" e de "união".
Por outro lado, "os países que pensam como nós têm uma grande expectativa de que o papa Francisco reitere a centralidade da família e do significado da família", disse Auza.
Sobre a questão da pobreza, que tanto preocupa Francisco, o representante do Vaticano destacou "um consenso universal sobre a prioridade da luta contra a pobreza", esperando que as conferências internacionais, como a realizada na Etiópia sobre o desenvolvimento e a de Paris sobre as mudanças climáticas, dêem resultados positivos.
Uma "ecologia realmente forte" foi despertada na ONU pela encíclica Laudato Si', entendida como "documento sobre a justiça social", mais do que sobre as "mudanças climáticas".
Dom Auza expressou a "quase certeza" de que o papa irá abordar "a questão da segurança internacional e da paz; ele certamente vai abordar a questão do Oriente Médio".
Ao mesmo tempo, há "uma expectativa muito grande" de um discurso do Santo Padre sobre a imigração e da sua ajuda à ONU para "abordar mais claramente a questão da responsabilidade: como proteger as populações das grandes atrocidades, dos crimes de guerra, dos crimes contra a humanidade, dos genocídios".
Dom Auza faz votos de que a visita do papa "deixar marcas profundas na ONU sobre as grandes questões de hoje, especialmente sobre a segurança internacional", começando pela Síria e pelo Iraque, sem deixar de mencionar a “justiça social e o ambiente”, cerne da última encíclica.
(18 de Setembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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