D. António Vitalino identifica famílias e jovens como áreas pastorais prioritárias
Beja, 22 set 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja na reflexão sobre
“recomeçar ou começar de novo” depois das férias, alerta que na missão
eclesial os recomeços, no início do “novo ano pastoral”, são um
retrocesso e arrastar na “morte lenta as comunidades”.
“Na vida e missão da Igreja é necessário ardor, entusiasmo, alegria,
nova linguagem nas relações com Deus, com as comunidades e o meio
ambiente. Os responsáveis das comunidades precisam de olear bem os
músculos e os carris, para puxarem aqueles que perderam o ritmo no tempo
de férias”, explica D. António Vitalino.
Na reflexão semanal enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado adverte
que no início do Ano Pastoral é preciso começar de novo para que não
haja “um envelhecimento precoce e morte certa” das comunidades.
O bispo de Beja recorda que os bispos portugueses tiveram a sua visita
‘Ad Limina’ ao Vaticano, onde reuniram com o Papa e os dicastérios da
Santa Sé: “Regressámos bem oleados para ajudar a nossa Igreja em
Portugal a renovar-se e ganhar novo ritmo.”
“Espero que este seja um ano dum novo começo e de passagem e
transmissão do testemunho da fé e da missão na Igreja de Beja”,
desenvolveu.
Neste contexto, relembra que este sábado, dia 26 de setembro, celebram o
Dia Diocesano que marca o início do último ano do sínodo que vai
encerrar na “grande peregrinação”, nos dias 25 e 26 de junho de 2016, a
Fátima.
D. António Vitalino adianta que para além de “continuar” o que “está
bem” existem áreas pastorais na diocese que é preciso iniciar ou mudar
de rumo, “a começar pelos próprios pastores”, dando como exemplo a
“pedagogia da misericórdia”.
“Se em todas as nossas atitudes e atividades transparecer a
misericórdia do Bom Pastor, a nossa diocese dará um forte contributo
para a renovação da sociedade”, explica.
Para o prelado a pastoral familiar é outra área em que “é preciso
começar de novo” e respeitando a “liberdade das pessoas” incentiva a ir
ao “seu encontro, escutá-las, interrogá-las e caminhar com elas”.
Sem poder mencionar todas as áreas que precisam de um novo início na
diocese do baixo Alentejo, o bispo de Beja considera que a pastoral
juvenil “necessita de um impulso criativo”.
Por isso, pede que seja alimentada a esperança e o sonho dos jovens,
“sobretudo dos que estão desempregados”; deixar que sejam protagonistas
na prática do bem; apontar-lhes horizontes vastos e desafiantes de
missão; “dar-lhes espaço nas comunidades”.
“Acordemos do sono e da preguiça do bem-estar, que nos impede de ser
criativos de um mundo melhor, mais fraterno e solidário”, destaca ainda
D. António Vitalino, recordando o exemplo dos jovens refugiados que
enfrentam a morte para realizar os seus sonhos.
CB/OC
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