Bom dia para si, que
nos acompanha nesta reta final do ano. Escrevo esta mensagem na noite de quarta-feira, dia marcado por
um pedido especial de Francisco:
“Gostaria de pedir-vos a todos uma oração especial, pelo Papa emérito Bento
[XVI], que no silêncio está a sustentar a Igreja. Recordai-o, está muito
doente, pedindo ao Senhor que o console e o sustente, neste testemunho de
amor à Igreja, até ao fim”. O Vaticano confirmaria o agravamento do estado de
saúde de Bento XVI, embora rejeitando alarmismos. A espera é difícil, para um
mundo em hipervelocidade constante… Na sua reflexão, Bento XVI convidou, sem cessar, ao encontro com Jesus Cristo, à centralidade da fé na vida de todos os dias, sempre muito atento à descristianização do Velho Continente. Parece-me simbólico, por isso, que o encontro de final de ano da Comunidade monástica de Taizé vá decorrer a partir de hoje em Rostock (Alemanha), uma das regiões “mais secularizadas da Europa”. Por cá, a mais recente emissão do programa ECCLESIA
na Antena 1 da rádio pública apresentou uma conversa
com João Porfírio, fotógrafo que esteve três meses na Ucrânia, acompanhando a
guerra que ensombra
a Europa desde 24 de fevereiro. No Vaticano, o Papa publicou
uma carta pelo 400.º aniversário da morte de São Francisco de Sales – o
padroeiro dos jornalistas – para inspirar a Igreja Católica a enfrentar uma
nova “mudança de época”, tal como aconteceu no tempo do santo e bispo, que
viveu nos séculos XVI e XVII. A caminho do encontro
mundial de 2023, os símbolos da JMJ encerraram a sua peregrinação pelo
Ordinariato Castrense e chegam hoje a Viana do Castelo, onde são recebidos na
igreja de São Domingos. Despeço-me hoje de
uma forma diferente, citando uma frase fundamental do pensamento de Bento
XVI: “No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia,
mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo
horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Que assim seja, Octávio Carmo |
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