Um jejum diferente

Bom dia e bom início de março para si. Um sexto deste ano de 2021 já passou, mas ainda há muito tempo para fazer a diferença. Há uma pergunta habitual cá em casa, ao domingo de manhã: tens muito trabalho hoje? Com o Papa Francisco nunca se sabe, é verdade, mas antes da recitação do ângelus de ontem já imaginava que sim, até porque se tinha passado uma semana de “silêncio”, por causa dos exercícios espirituais. De volta ao encontro com os peregrinos, o Papa pediu um “jejum” diferente: que se evite falar mal dos outros. Condenou o rapto de 317 estudantes na Nigéria e recordou outras crianças, as que sofrem de doenças raras. Ah! E nos últimos dois dias tivemos entrevistas de Francisco, antecipando a publicação de livros que incluem essas conversas. Por cá, domingo foi dia de início da Semana Cáritas. A entrevista conjunta Renascença/Ecclesia foi ao encontro do presidente da Comissão Episcopal responsável pela Pastoral Social, D. José Traquina, que evocou o sofrimento provocado pela pandemia. O trabalho da organização católica foi lembrado por vários bispos, com apelos à solidariedade. O tema volta a estar em destaque, hoje, no Programa ECCLESIA (RTP2, 15h00), com uma entrevista à presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas. Pelas 22h45, na Antena 1 da rádio pública, prossigo a proposta de Quaresma com São José, desta vez com os desafios lançados pela Diocese de Setúbal, que também se inspirou neste ano especial para um itinerário de preparação rumo à Páscoa. Se perdeu o programa 70x7 deste domingo, pode encontrar no YouTube o forte documentário sobre a expulsão dos cristãos da planície de Nínive, no Iraque, pelo Estado Islâmico, e o seu esforço de reconstrução. Um trabalho da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre que ajuda a entender melhor a próxima viagem do Papa ao Iraque, de 5 a 8 de março, onde vive uma comunidade que ainda reza o Pai-Nosso em aramaico, a língua de Jesus. Despeço-me com votos de boas notícias, sempre. Octávio Carmo

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