Enquanto escrevo este texto, tenho um dos meus filhos agarrado ao meu braço a falar comigo sobre um relógio de brincar e a minha filha mais velha a perguntar-me como se faz uma determinada atividade no computador. O meu marido está em casa, também ocupado – mas este tipo de solicitações, normalmente, são me feitas a mim.
Ao mesmo tempo, escrevi um e-mail de trabalho e estou a preparar a logística para sairmos de casa depois do almoço, porque temos compromissos.
Eu antevi que ia ser assim, como descrevi acima e, ainda assim, assumi o mandato e nada me poderia satisfazer tanto como cumpri-lo. É cansativo? Sim. É exigente? Também é. E então?
Não sou nenhuma supermulher. Sou aquilo que sempre quis ser – esposa e mãe.
Trouxe os meus filhos dentro de mim durante 9 meses. Fui a primeira pessoa que conheceram, ainda antes de saberem que existiam. Suspeitei que viéssemos a ter uma relação especial…
Não vamos agora criar uma desconstrução social de algo bom – que é a dinâmica familiar. Eu gostaria que não falassem por mim fazendo crer que por ser mulher, estou em desvantagem – porque não estou.
Não me parece incrível as mulheres continuarem a faltar mais ao trabalho para poderem dar assistência aos filhos. Mas eu também não abdicaria de o fazer – parece-me absolutamente natural. E com isto não diminuo em nada o papel do homem. É incrível, é riquíssimo, é indispensável. Eu e o meu marido somos os pais destas crianças – os dois. Somos uma equipa. Cada um joga na posição onde tem melhor desempenho. Parece assim tão estranho?
Sou muito feliz a ser mulher. Tenho o prazer de viver a vida no feminino e usufruir das sensibilidades com que nasci.
Abigail Vilanova |
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