O Papa Francisco fará a sua 33ª Viagem Apostólica fora da Itália e a primeira pós-pandemia, ao Iraque, de 5 a 8 de Março.
Na sexta-feira, dia 5, o Santo Padre parte de Roma rumo a Bagdad. No aeroporto será recebido pelo primeiro-ministro e seguirá para o Palácio Presidencial onde terá dois encontros, um com o Presidente da República e outro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático. No mesmo dia, na parte da tarde, Francisco encontrar-se-á com os bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas na Catedral Sírio-Católica de “Nossa Senhora da Salvação”.
No sábado, dia 6 de março de manhã,
o Papa parte de avião para Najaf onde se encontrará com o Ayatollah Sayyd Ali
Al-Husaymi Al-Sistani. De seguida prossegue de avião para Nassiriya onde, na
Planície de Ur, terá um encontro Inter-religioso, no qual está previsto o Santo
Padre fazer um discurso.
Na tarde de sábado, já em Bagdad, o Papa celebrará a Santa Missa na Catedral caldeia de “São José”.
O programa de domingo, dia 7 de março, inicia-se
com uma viagem de avião a Erbil. Na região autónoma do Curdistão Iraquiano, o
Papa encontrar-se-á com as autoridades civis e religiosas no aeroporto local e
seguirá de helicóptero para Mossul. Aqui, na Praça da Igreja, o Papa fará
uma Oração de Sufrágio pelas vítimas da Guerra, e partirá para Qaraqosh onde se
encontrará com a comunidade religiosa na igreja da “Imaculada Conceição”,
discursará e rezará o Angelus.
De tarde, dirigir-se-á de
helicóptero a Erbil, onde no Estádio “Franso Hariri” celebrará a Santa Missa,
no fim da qual retornará a Bagdad.
No último dia da sua visita, na manhã de segunda-feira dia 8 de Março, Francisco participará da cerimónia de despedida no Aeroporto de Bagdad, regressando depois a Roma.
"Sois todos irmãos" é o lema da visita de Francisco ao Iraque, - extraído do Evangelho de S. Mateus - cujo logotipo mostra o Papa num gesto de saudação ao país, representado com o mapa e seus símbolos, a palmeira e os rios Tigre e Eufrates, uma pomba branca, com um ramo de oliveira no seu bico, símbolo de paz, voando sobre as bandeiras da Santa Sé e da República do Iraque. Por cima da imagem está o lema da visita em árabe, curdo e caldeu.
O Presidente do Iraque,
Barham Salih, de origem curda, considera que a visita do Papa ao Iraque é muito significativa, tem um forte pendor histórico e é uma mensagem de paz
e de tolerância para todos os iraquianos.
O encontro de Francisco com
o Ayatollah Ali al Sistani, a máxima autoridade religiosa xiita do país,
representará uma profunda atitude e moderação e também de rejeição ao
terrorismo de grupos fanáticos e extremistas, como o grupo jihadista que
conquistou grande parte do território norte e centro do Iraque e continua muito
activo.
Os cristãos do Iraque, cerca
de 500 000 na actualidade, após as perseguições do EI, são uma parte originária
da história e cultura deste país, conservando muitas tradições ancestrais, como
o idioma caldeio, procedente do aramaico e que ainda é falado palas famílias
cristãs de Nínive.
A Mesopotâmia foi o berço da civilização e das religiões, motivo pelo qual o actual presidente considera urgente a coexistência pacífica e muita união para juntos poderem fazer face ao extremismo e ao terror que se tem abatido sobre eles.
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