A concretização de uma visita do Papa ao Iraque será “um evento histórico”, declarou, citado pelo portal de notícias do Vaticano,o Presidente iraquiano, Barham Salih. “Tenho a honra de convidar oficialmente Sua Santidade a visitar o Iraque, berço da civilização e lugar de nascimento de Abraão”, escreveu Salih, numa carta enviada ao Papa e citada no Religión Digital.
O anúncio oficial do convite foi feito quinta-feira, dia 20, uma semana depois de o Presidente iraquiano e o patriarca caldeu, Louis Raphael Sako, se terem encontrado. Na ocasião, Barham Salih recordou igualmente as anteriores intervenções do Papa em favor da “paz e estabilidade” e da “segurança para todos os cidadãos” do país.
O Papa já manifestara em Janeiro, durante a viagem para o Panamá, onde iria presidir à Jornada Mundial da Juventude, o seu desejo de visitar o país. Com a formalização do convite, deu-se um passo significativo para concretizar a visita pastoral, numa altura em que asituação no Iraque parece estar mais pacificada, condição importante para concretizar a viagem.
Nas últimas três décadas depois da invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a coligação internacional, que praticamente um milhão de cristãos (entre 1,5 milhões que havia no país) deixaram o Iraque por causa da guerra, do terrorismo e das perseguições. Uma visita do Papa Francisco ao país seria “importante” para os cristãos, comentou à AsiaNews, o padre caldeu Paolo Thabit Mekko, encarregado da comunidade de Karamles, no norte do país. Especialmente para os cristãos de Mossul e da Planície de Nínive, que vivem “ainda hoje uma situação difícil”, numa “terra queimada que precisa de ser reconstruída”, justifica.
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