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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

20 dias em 20 minutos

Bom dia!
No último dia de outubro, deixo algumas propostas de sínteses de acontecimentos que marcaram as últimas semanas. Desde logo, o Sínodo para a Amazónia. Os trabalhos, em Roma, decorreram durante 20 dias e esta tarde, o Henrique Matos e o Octávio Carmo dizem e analisam tudo o que aconteceu em 20 minutos. É no pograma Ecclesia, na RTP2, pelas 15h00.
As ferramentas digitais permitem também que os conteúdos que vamos trabalhando em texto, imagem, som ou vídeo se juntem numa mesma publicação. Foi essa experiência que fiz retomando uma reportagem em Cabo Verde, um país de esperanças.
Na manhã das notícias, destaquem-se os apelos do Papa, na audiência pública desta quarta-feira, onde Francisco recordou “os numerosos mortos e feridos” no Iraque, durante as manifestações de protesto contra o governo que têm decorrido no mês de outubro.
E também o que disse o cardeal cardeal português D. José Tolentino Mendonça sobre o abandono da denominação “Secreto” do arquivo que dirige, no Vaticano, por decisão do Papa: 
“Este Arquivo profundamente ‘católico’, porque nele se reflete a vida da Igreja universal e do mundo inteiro, é partilhado, sem temor, com os estudiosos de todo o mundo, com um gesto de confiança e de abertura que é a apologia mais correta e convincente da nossa fé”, escreve o responsável, num texto divulgado na edição desta quarta-feira do jornal da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’.
Votos de uma ótima jornada, à espera do Pão por Deus e da celebração do Dia de Todos os Santos!
Paulo Rocha




quarta-feira, 30 de outubro de 2019

‘Green Deal’... mas com os vulneráveis

D. Jorge Ortiga, delegado do episcopado português na COMECE, destaca importância do «green deal» para o futuro da União Europeia
Lisboa, 29 out 2019 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) pediu à nova liderança comunitária uma transição “justa e inclusiva” para a ecologia “integral”, que proteja as pessoas e o ambiente.
Os bispos sublinham a necessidade dar “atenção especial aos mais vulneráveis, levando em consideração os recursos limitados do planeta e a necessidade de um uso circular de materiais”.
O tema esteve no centro da assembleia de outono do organismo católico, que decorreu em Bruxelas, com a presença de D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e delegado da Conferência Episcopal Portuguesa na COMECE.
Os participantes debateram o chamado ‘Green Deal’ que a nova comissária europeia, Ursula von der Leyen, assumiu como prioridade, desejando que as propostas a apresentam visem “políticas ecológicas que promovam o desenvolvimento humano integral”.
“Sob o impulso da Carta Encíclica “Laudato Si”, do Papa Francisco, os bispos debateram como as políticas ecológicas da UE se podem centrar nas pessoas, famílias e comunidades, abordando os desafios mais cruciais em relação ao meio ambiente, aos mais vulneráveis, à demografia e ao desenvolvimento”, refere o comunicado final do encontro da COMECE, que decorreu entre 23 e 25 de outubro.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga destacou a necessidade de centrar atenções na “emergência climática”, deixando votos de que todos os países da UE subscrevam o “Acordo Verde”, para “proporcionar as condições necessárias” para a vida das populações.
O debate contou com a participação de quatro organizações católicas empenhadas neste campo: o Movimento Católico Global pelo Clima, a Cáritas Europa, a Federação das Famílias Católicas (FAFCE) e a CIDSE – Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade.
De acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à luz do Sínodo especial para a Amazónia, os bispos do COMECE instaram a UE a “tomar medidas ambiciosas para garantir a coerência nas suas políticas de comércio, desenvolvimento, clima e direitos humanos”.
Os representantes dos episcopados católicos da União Europeia destacaram a “importância de adotar legislação vinculativa e eficaz em matéria de direitos humanos para empresas transnacionais”, a fim de garantir o respeito pelas regras estabelecidas “em toda a cadeia de fornecimento, com os padrões legais, sociais e ambientais”.
Durante a assembleia, foram recordados os 39 imigrantes encontrados mortos num camião, nos arredores de Londres.
Para D. Jorge Ortiga é necessário “todo este grave problema”, ligado às migrações ilegais, considerando “incompreensível” que existam situações como esta na Europa.
O arcebispo de Braga destacou a “sintonia” da COMECE com o Papa Francisco na busca de “forma alternativas de uma presença da Igreja” nos setores das migrações e da ecologia.
Os trabalhos em Bruxelas abordaram ainda a elaboração de um documento sobre a queda do Muro do Berlim, 30 anos depois, como momento de “aproximação dos diversos países e de maior liberdade”.
A COMECE saudou ainda os sinais de aproximação as novas gerações e as instituições comunitárias, desejando “respostas para os problemas da juventude”, indicou D. Jorge Ortiga.
Segundo o responsável português, o Brexit é visto como “inevitável”, tendo a assembleia projetado a continuidade dos representantes das Conferências Episcopais da Escócia, Inglaterra e Gales, com um novo estatuto de observadores, na COMECE.
LFS/OC


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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Católicos, judeus e muçulmanos juntos contra a eutanásia

Abro estas linhas com a notícia de uma declaração conjunta de católicos, judeus e muçulmanos contra a eutanásia e o suicídio medicamente assistido, apelando à sua proibição, “sem exceções”.
Os representantes das religiões monoteístas abraâmicas manifestam a sua oposição “todas as formas de eutanásia”, consideradas como ações “completamente em contradição com o valor da vida humana” e “erradas do ponto de vista moral e religioso”.
A assinatura aconteceu no Vaticano e o papa Francisco encontrou-se, em audiência privada, com os signatários da “Declaração Conjunta das Religiões Monoteístas Abraâmicas sobre Questões do Fim de Vida”.
Ainda pelos corredores da Santa Sé, ficamos a saber que p Papa Francisco determinou a mudança do nome do Arquivo do Vaticano, que abandona a denominação “Secreto”, por considerar que a palavra ganhou uma carga “prejudicial” para a sua missão.
“Com as progressivas mudanças semânticas que ocorreram nas línguas modernas e nas culturas e sensibilidades sociais de diferentes nações, em maior ou menor grau, o termo Secretum, vinculado ao Arquivo do Vaticano, começou a ser mal compreendido, colorido em tons ambíguos, até negativos”, escreve Francisco, numa carta apostólica divulgada pela Santa Sé.
A nova denominação da instituição dirigida pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça passa a ser ‘Arquivo Apostólico do Vaticano’, seguindo a mesma linha utilizada na Biblioteca.
Deixo-lhe ainda o apelo que chega do lado de lá do Atlântico: o bispo de Carúpano, D. Jaime Villarroel, disse que o governo de Nicolás Maduro transformou a Venezuela num “campo de concentração” e as pessoas estão trancadas em casa porque as ruas são controladas “por grupos armados e violentos”.
Estes grupos podem matar “por um simples telefone ou um par de sapatos”, explica o responsável.
Mas há mais para descobrir neste dia no portal de informação da Agência Ecclesia.
Fique a conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra do padre Cruz. Estivemos à conversa com o vice-postulador da causa de canonização, o padre Dário Pedroso, sobre quem passou pela sua vida “fazendo o bem”.
Ao longo desta semana, em que se celebra a vida de Todos os Santos, o programa Ecclesia, na Antena 1, vai dar conta de percursos de santidade - a cada noite pelas 22h45.
Tenha um excelente dia!




segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Exame de consciência

Bom dia a si que nos acompanha, neste novo arranque das atividades semanais.
O Sínodo especial para a Amazónia chegou ao fim no Vaticano e a homilia da Missa conclusiva, presidida pelo Papa, é um apelo ao exame de consciência para todos os católicos. Vale a pena ler. Para aperitivo, deixo só uma pergunta para lançar o dia: “Podemos olhar para dentro de nós e ver se alguém, para nós, é inferior, descartável… mesmo só em palavras”.
Como jornalista, já fiz a cobertura de vários Sínodos. São todos “polémicos” e acho que é uma categoria mediática tão poderosa que não vale a pena esperar que seja de outra maneira. Nesta assembleia especial, porém, a crítica foi especialmente maldosa, nalguns casos, e penso que as palavras do Papa Francisco, no ângelus, faziam referência a algumas críticas específicas: “Não há uma cultura padrão, não há uma cultura pura que purifica as outras. Há o Evangelho, puro, que se incultura”. ‘Roma locuta, causa finita’, para quem goste de latim.

Vai ter muito para ler hoje, na ECCLESIA, sobre atividades da Igreja Católica em Portugal, a nível diocesano e nacional. Na RTP2, voltamos à sua companhia pelas 15h30 e na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, damos início a um ciclo de cinco programas sobre exemplos de santidade, em Portugal, antecipando a celebração do dia 1 de novembro.
Por falar em santos: hoje, a Igreja Católica evoca dois discípulos “escondidos”: Simão, mas não o Pedro; Judas, mas não o Iscariotes.
São Simão, o cananeu, o zelota, figura em undécimo lugar na lista dos apóstolos; Judas, de sobrenome Tadeu, é citado no Evangelho segundo São João, quando pergunta a Jesus por que razão se manifestava aos seus discípulos e não ao mundo (Jo 14, 22).
Despeço-me com votos de boas notícias, sempre.
Octávio Carmo




domingo, 27 de outubro de 2019

Folha Paroquial de S. José/S. João Baptista de 30 de junho de 2019





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Exposição “Brincar diante de Deus” revela obras de Matisse, Vieira da Silva e Lourdes Castro

O Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa, inaugura esta quinta-feira, às 18h30, uma mostra de obras de artista criadas para integrar espaços religiosos ou para usar durante o culto cristão.
”Brincar diante de Deus. Arte e liturgia: Matisse, Vieira da Silva e Lourdes Castro” expõe até 27 de outubro criações de Henri Matisse, Vieira da Silva e Lourdes Castro, distinguida pela Igreja Católica com o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, realizadas para servirem um propósito religioso.
Serão mostrados os nunca expostos paramentos de Lourdes Castro, feitos para a capela Árvore da Vida, do Seminário de Braga (2012-2015), vestes litúrgicas realizadas por Matisse para a capela de Nossa Senhora do Rosário, em Vence, França (1949-1951), e as imagens dos vitrais que Vieira da Silva projetou para a igreja de Saint-Jacques de Reims, França, (1966), e os seus painéis para a sacristia da capela do Palácio do Marquês de Abrantes, em Lisboa (1982-1986). (Mais informação aqui)

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Papa escreve aos católicos alemães a incentivar o caminho sinodal


Capela da Reconciliação, em Berlim, da autoria dos arquitectos Rudolf Reitermann e Peter Sassenroth, construída no local onde já passou o Muro que dividiu a cidade em dois: o Papa quer uma mudança que traduza um caminho espiritual. Foto © António Marujo

Numa carta dirigida “ao povo de Deus peregrino na Alemanha”, o Papa Francisco intervém na actual procura de reformas pastorais no conjunto da Igreja alemã (ao nível da Conferência Episcopal) e na maioria das suas dioceses.
Em março último, na sua assembleia plenária, os bispos alemães comprometeram-se a iniciar um processo sinodal aberto a todos, com um programa que prevê a reflexão de questões como o exercício do poder na Igreja, a moral sexual, a forma de vida dos padres e a questão da ordenação das mulheres (este último ponto não consta da agenda oficial do processo sinodal por ser o mais controverso) e encaminhar as necessárias reformas e mudanças.
A carta de 19 páginas, publicada a 29 de junho, o Papa exprimiu o seu interesse em partilhar as preocupações dos bispos “com o futuro da Igreja na Alemanha”. As mudanças do nosso tempo levantam à Igreja questões que têm de ser reflectidas, diz: “Essa reflexão tem sentido e é urgente.”
O texto não ousa nomear concretamente nenhum dos temas que a hierarquia católica alemã se propõe debater neste processo sinodal. Nas entrelinhas podem ler-se duas claras advertências: que não se fique só pelas estruturas, mas que seja um caminho espiritual. “A erosão e o decrescimento da fé” não se resolvem com meras reformas nas estruturas mas sim com a evangelização e a confiança no Espírito Santo. “Uma primeira e a maior das tentações em meios eclesiais é crer que a solução dos problemas actuais e futuros se consegue só pela via das reformas das estruturas, da organização, da administração”, escreve Francisco. E, em vez de “reforma”, a carta do Papa prefere a expressão “conversão pastoral”.
A segunda advertência do texto é que a Igreja alemã não esqueça que é parte da igreja universal, que “o todo é mais do que a parte e do que a soma das suas partes”. Por isso, acrescenta, “não se pode ficar agarrados a questões que dizem apenas respeito a uma situação especial e local mas tem de ser alargar o horizonte”. Trata-se de um desejo claro de que a Igreja alemã, neste processo sinodal que se vai iniciar em setembro não avance com propostas que o Vaticano teria dificuldade em aceitar,  em nome da Igreja universal. Reformas sim, mas no contexto da Igreja universal.
Não fazendo alusão concreta a nenhum dos temas específicos da agenda sinodal, a carta dá necessariamente lugar a interpretações contraditórias. Vão nessa linha os comentários dos principais representantes da opinião pública. É uma carta “enigmática”, comenta o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. E o Süddeutsche Zeitungescreve na sua edição de segunda-feira, dia 1: “‘Roma falou, o tema está encerrado’, costuma dizer-se. A carta que o Papa escreveu aos católicos alemães é o inverso: Roma falou, agora pode discutir-se sobre o que Francisco queria dizer”.
Os sectores conservadores defendem que o processo sinodal não pode continuar nos moldes previstos uma vez que os temas da sua agenda seriam tipicamente alemães e não da igreja universal.
A maioria dos bispos, pelo menos daqueles que até agora se manifestaram, não escondeu o seu sentimento de alívio ao verificar que a carta do Papa não manda parar o processo sinodal. Manifestam compreensão para com as preocupações pela unidade da Igreja mas sublinham o facto de que o Papa reconheça, nesta carta, a necessidade de reflexão necessária ao discernimento dos sinais dos tempos, no seguimento do Concílio Vaticano II. “O Papa Francisco quer dar o seu apoio à Igreja na Alemanha na sua procura de respostas às questões que a todos nos movem por uma reforma da Igreja que a torne capaz de ter um futuro”, afirmam, em declaração conjunta, o cardeal ReinhardMarx, presidente da Conferência Episcopal e Thomas Sternberg, presidente do Comité Central dos Católicos Alemães.
Mais como travão ou mais como apoio, certo é que esta carta mostra que o Papa segue com muita atenção os temas e os debates em curso na Igreja alemã.

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Papa louva “cultura do encontro” entre EUA e Coreia do Norte


 | 1 Jul 19 | BrevesÚltimas
O Papa Francisco saudou o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte, falando num sinal de “cultura do encontro”. “Nas últimas horas, assistimos na Coreia a um bom exemplo da cultura do encontro. Saúdo os protagonistas, com a oração para que este significativo gesto constitua um novo passo no caminho para a paz, não só naquela península [coreana], mas em favor de todo o mundo”, disse Francisco, na janela do apartamento papal onde fez a oração do Angelus, domingo passado, citado pela agência Ecclesia.
Donald Trump tornou-se o primeiro Presidente norte-americano em funções a entrar em solo da Coreia do Norte, depois de cumprimentar o líder norte-coreano. “Acredito que ao encontrarmo-nos aqui, que é um símbolo de divisão e de um passado hostil, ao se encontrarem aqui dois países que têm um passado hostil, estamos a demonstrar ao mundo que temos um novo presente”, disse Kim Jong-un, citado pela mesma fonte. Segundo Trump, os dois países vão iniciar reuniões de trabalho “nas próximas três semanas” sobre o processo de desnuclearização na Coreia do Norte.

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Novo bispo de Vila Real quer Igreja “acolhedora e próxima”


 | 1 Jul 19 | BrevesÚltimas
“Apesar das rugas e feridas” da Igreja, “continuamos a amá-la e deixamo-nos contagiar pelo sonho do Papa Francisco em dar um rosto novo à Igreja, um rosto mais belo e jovem: o rosto de uma Igreja acolhedora, próxima, fraterna, misericordiosa, uma Igreja verdadeiramente pascal”, disse o novo bispo de Vila Real,António Augusto Azevedo,na sua entrada na diocese, para a qual foi nomeado em 11 de Maio. O novo bispo apresentou-se com o “coração cheio de alegria”, durante a cerimónia na catedral da capital transmontana, como conta a Ecclesia.
“A entrada de um novo bispo numa diocese representa uma nova etapa na vida do próprio e um tempo novo na vida dessa Igreja particular. Chego hoje a esta diocese de Vila Real por decisão e nomeação do Papa Francisco. Faço-o com um coração cheio de alegria e com a consciência de que sou, antes de mais, discípulo de Jesus Cristo, chamado a continuar a sua missão como sucessor dos apóstolos”, declarou António Azevedo perante centenas de pessoas reunidas na catedral e no adro.
Com 57 anos, o novo bispo é natural do concelho da Maia (Porto) e foi ordenado padre em Julho de 1986. Após o curso de Teologia, estudou Filosofia na Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma. Era bispo auxiliar do Porto desde Janeiro de 2016 e leccionou na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.


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«El padre y la madre no son intercambiables», insiste una conocida filósofa feminista y socialista

Sylvaine Agacinski, esposa de Lionel Jospin, afirma que sus roles son diferentes


Sylviane Agacinski es además una conocida opositora de los vientres de alquiler


Sylvaine Agacinski es una conocida filósofa francesa. Es también bien sabida su adscripción feminista y socialista. Es la mujer del ex primer ministro de Francia entre 1997 y 2002, el socialista Lionel Jospin. Y aunque ella comparte buena parte del discurso feminista de izquierdas hay en ciertos asuntos en los que llama la atención su vehemencia cuando se sale de este discurso.
Se mostró contraria al llamado “matrimonio homosexual”, sobre todo por el hecho que de puedan adoptar, puesto que uno de los aspectos que más defiende Agacinski en sus intervenciones es que “el padre y la madre no son intercambiables”.
La ofensiva de la ideología de género
Esta filósofa ha reflexionado sobre este asunto en una entrevista en Le Figaro, y cuyas declaraciones más importantes ha recogido Forum Libertas. De este modo, Agacinsky escribe:
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Agacinski, con su marido Lionel Jospin, histórico dirigente del socialismo francés
“Nuestra época vive un doble movimiento paradójico. Por un lado, nunca hemos hablado tanto sobre las mujeres y perseguido el sexismo: con la paridad, la lucha contra la violencia sexual y conyugal, los esfuerzos para reducir las desigualdades económicas de género y, finalmente, la feminización de los nombres. Por otro lado, con la teoría queer, el resultado del trabajo de Judith Butler, el género ha adquirido un significado completamente diferente: es una identidad personal construida sobre las prácticas sexuales de cada uno y supuestamente independiente de la diferencia sexual (hombre / mujer); por ejemplo, la identidad gay o lesbiana, bisexual, transexual o transgénero. Estas distinciones son relevantes, pero no pueden borrar o reemplazar la distinción de género. Por el contrario, la confirman, porque no tendría sentido decir que uno es bisexual, por ejemplo, si no hubiera al menos dos sexos. Del mismo modo, si las palabras heterosexual, homosexual o transexual tienen sentido, es porque el otro sexo sigue estando allí. Finalmente, si rechazamos la categoría “mujeres”, ya no podemos analizar las formas de alienación o violencia que afectan a las mujeres como tales. De ahí la ruptura del pensamiento queer con el feminismo”, explica ella.
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De este modo, Agacinski señala que “el deseo de determinar el género de uno mismo refleja el deseo de escapar de los límites de nuestra condición humana: la de un ser carnal y vivo, para quien el sexo y la muerte significan su finitud. A partir de la institución del matrimonio para parejas del mismo sexo, las nuevas demandas sociales reflejan una aspiración a superar el rol de la alteridad sexual en la procreación. Las parejas homosexuales y las personas solteras exigen tener acceso a la procreación con asistencia médica, hasta ahora destinada a resolver problemas de infertilidad de origen médico”.
Neutralizar la relación padre-madre
En este punto, esta filósofa alerta de que “la propuesta de reemplazar las palabras ‘padre’ y ‘madre’ por ‘progenitor 1’ y ‘progenitor 2’ responde al deseo de neutralizar la relación padre-madre, es decir, el rol asimétrico de los dos sexos en toda procreación, y reemplazarla con la palabra neutra ‘progenitor’. De ahí el eslogan: ‘Dos progenitores, con eso es suficiente’. En realidad, dos progenitores del mismo sexo no son suficientes, al menos no para tener un hijo. Se necesita la participación de una tercera persona, lo que yo llamo un cuerpo-tercero. En California, este cuerpo humano fragmentado se ha convertido en un recurso biológico disponible en el mercado”.
¿Por qué es importante mantener las palabras “padre” y “madre”? “A los filósofos les gusta decir, con Hegel, que ‘es en las palabras que nosotros pensamos’. Pero las palabras tienen el poder ambiguo de mostrar la realidad o de esconderla. La distinción léxica entre padre y madre se funda en el hecho de que uno no puede sustituir al otro porque sus roles no son equivalentes. El famoso y sutil autor de Bon Usage, Maurice Grevisse, entendió que, a diferencia de la palabra femenina ‘bailarina’, que significa “mujer que baila”, la palabra ‘madre’ es más y otra cosa que el femenino de ‘padre’: ‘sería simplista, escribe, decir que madre = padre + mujer’”.

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Novios, fiestas y rebeldías sin Dios: en Medjugorje inició el camino para ser feliz, pero como monja

Elena Braghin es ahora sierva del Hogar de la Madre


La hermana Elena necesitó de varios años y de varias idas y venidas para convencerse de que ser monja era lo mejor para ella.




Elena Braghin tuvo una adolescencia y una juventud de muchas idas y venidas. Varios novios, distintos grupos de amigos, épocas de creer y periodos de alejamiento total de la fe, fiestas nocturnas e intervalos de rebeldía con momentos de intimidad del Señor… Esta era la vida de la que ahora es sierva del Hogar de la Madre. Fue en Medjugorje en distintas peregrinaciones que hizo durante esos años donde primero conoció de verdad el amor de Dios y se fue fraguando la vocación religiosa que se produciría unos años más tarde.
Esta monja italiana relata en la página web del Hogar de la Madre cómo fue este proceso, nada sencillo para ella pero que fue necesario para finalmente llegar al lugar en el que se encuentra ahora.
“Dios no pintaba nada”
Nació en una familia católica con una madre muy religiosa y un padre creyente pero no practicante. “Podría decir que, hasta los 16 años, yo era una niña más o menos buena”, afirma, pero en su vida “Dios no pintaba nada”.
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En ese momento su madre oyó hablar de un lugar llamado Medjugorje, situado en la entonces Yugoslavia, y en el que supuestamente se estaba apareciendo la Virgen María. Apuntó a toda la familia y fueron de peregrinación con un grupo organizado.
El sentido del “Ave María”
“En el autobús, la gente rezaba muchos rosarios, una oración que yo no conocía para nada y en la que se repite muchas veces el ‘Ave María’. Al principio me parecía una oración muy aburrida… ¡Siempre repitiendo lo mismo! Pero, como estaba en el autobús y no me podía escapar, repetía las oraciones con la gente de manera mecánica. En un momento dado, de repente, al rezar el ‘Ave María’, caí en la cuenta de que estaba hablando con mi madre del cielo y sentí todo el cariño maternal hacia mí. Esta sensación de experimentar a la Virgen como madre, y muy cerca de mí, se repitió en los dos meses siguientes cada vez que rezaba el rosario, y por eso cogí el gusto a esta oración. Esta fue mi primera experiencia de Dios”, relata la religiosa.
Además, recuerda que en aquella peregrinación “se me cruzó por la mente el pensamiento o, mejor dicho, empecé a tener como una certeza de que no me casaría”. Esa semilla estaba ahí, pero pasaron años antes de que germinase. Entre medias ocurrieron otras muchas cosas.
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Desde ese momento, su madre decidió que se rezara el Rosario en familia y Elena lo acogió con gusto, hablando de Dios y de la Virgen todo el tiempo a su entorno. Pero esto sólo duró unos meses. Llegó el verano y en plena adolescencia empezó a salir con amigos mayores que ella y se echó su primer novio. “Había descubierto que me encantaban los chicos,aunque yo no me lo tomaba muy en serio y no salía por mucho tiempo, porque lo que más amaba era mi propia libertad. Cuando un chico empezaba a ir más en serio, yo lo dejaba.
De vuelta a Medjugorje
En la universidad, Elena se alejó completamente de Dios. Hizo amigos no religiosos y salía de fiesta con ellos por las noches. Esto generó un conflicto permanente con sus padres cada fin de semana, hasta el punto de que se quería ir de casa.
Sus padres, desesperados porque no sabían qué hacer con ella, la propusieron que se fuera en Semana Santa de nuevo a Medjugorje en una peregrinación de jóvenes. “La gente de la peregrinación y el sacerdote joven que la dirigía me cayeron muy bien, así que yo iba a donde iban ellos, aunque hacía ya mucho tiempo que yo no me confesaba ni iba a misa”, explica esta religiosa.
Pero de nuevo en esta peregrinación experimentó algo importante. Cuenta que “el Viernes Santo rezamos el Vía Crucis, que allí se hace subiendo una colina, y yo fui con todos. De repente, en un momento dado –no fue por ninguna oración que hiciera el sacerdote ni nada parecido-, sentí todo el amor que Jesús me tenía, hasta el punto de haber muerto por mí en la cruz. Al mismo tiempo, sentía que yo lo estaba crucificando otra vez con la vida que llevaba ahora. Eso me conmovió tan profundamente que empecé a llorar y entendía que tenía que responder con mi amor a ese amor tan grande”.
En Medjugorje sintió necesitaba ir a misa todos los días y comulgar para poder vivir. A la vuelta de la peregrinación –explica- “dejé a todos los amigos que tenía de antes, porque me daba cuenta de que no me ayudarían en mi cambio de vida, sino todo lo contrario.  Pues claro, no es que de repente ya no me gustara salir de fiesta y todo eso… El mundo me seguía atrayendo y, por eso, si hubiese seguido en contacto con ellos me habrían arrastrado otra vez a la vida que llevaba antes”.
Una llamada cada vez más fuerte
Ya en su tercer año de carrera de Ciencias Políticas ganó una beca Erasmus para ir 8 meses a Bélgica. “En esa época tenía un novio muy bueno y religioso, todo iba bien… Sin embargo, empecé a sentir que ese amor humano le estaba quitando algo a Dios. Era como si mi corazón se viera dividido, y eso me dejaba desasosegada”, afirma.
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Ante esta inquietud escribió a dos sacerdotes que había conocido. Uno era español, el padre Rafael Alonso Reymundo, fundador del Hogar de la Madre. El otro era un italiano. Ambos le contestaron de forma similar señalando que podría tener vocación. Esto no gustó a Elena, que se asustó.
En este estado llegó a Lovaina, donde volvió a hacer amigos alejados de la fe. Salía por las noches y dejó de ir a misa cada mañana.  Además, relata que “tampoco quería oír mucho al Señor, ya que no quería saber nada de mi vocación. Dejé al novio que tenía en Italia y empecé salir con otros chicos de allí”.
Tras la llamada, un nuevo alejamiento
“Al dejar la misa y la comunión diarias, volví a la vida mundana de antes de mi conversión; al no vivir como Dios quería, empecé cambiar de manera de pensar –para justificarme de alguna manera- y me convencí de que esa era la vida real, eso era lo que todo el mundo hacía, y que lo religioso era un mundo falso irreal”.
Tras acabar la beca volvió a Italia y terminó sus estudios mientras conoció otro chico, con el que comenzó una relación. Entre tanto su familia hizo una peregrinación a Italia y España, y ella tuvo que acompañarlos.
Y al final Elena supo dónde sería feliz
En Lisieux sintió la necesidad  de confesar, y así lo hizo. Y en España las siervas del Hogar de la Madre los invitaron a ella y a sus hermanos volver  a Italia con una peregrinación de jóvenes. En esos días pudo reflexionar sobre su vida y los dos años que habían pasado ya desde que sintió la llamada de Dios. Al final, supo que “el periodo más feliz de mi vida había sido el de los dos años posteriores a mi conversión en Medjugorje, en los que había vivido muy cerca de Dios… ¡Lo que me faltaba para ser feliz era Dios!”.
Entonces supo en esa peregrinación que Dios la quería como sierva del Hogar de la Madre. Menos de un mes después se iría con ellas. Antes tuvo que hablar con sus padres y dejar a su novio. “Fui a España con el corazón roto, pero con la certeza de que era lo que Dios quería para mí, y Dios, que no se deja ganar en generosidad, en estos años de vida religiosa me ha dado mucho más de lo que he dejado. Soy realmente feliz y puedo decir que vale la pena dar la vida a Dios”.

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