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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Radio Vaticano denuncia: mais um martir cristão no Paquistão

Um homen de 38 anos morre na prisão por não ter renegado a fé

(ZENIT -Roma, Abr. 2017).- Um homem de 38 anos, Indaryas Ghulam, morreu o 13 de agosto na prisão de Lahore, acusado, junto com outros 41 cristãos de ter participado do linchamento de dois muçulmanos. O indica a Radio Vaticano, precisando que o episódio teria ocorrido após os atentados contra duas igrejas de Youhanabad em março de 2015, que provocou 19 mortos e 70 feridos.
O Procurador Syed Anees Shah ofereceu a ele e a outros prisioneiros a conversão ao islã em troca da liberdade, oferta recusada por Indaryas. O fato, admitido pelo próprio Procurador, foi denunciado na mídia paquistanesa.
Indaryas deixa três filhas, de 12, 10 e 6 anos e a mulher Shabana, de 36.
A British Pakistani Christian Association (BPCA), recorda que com sua morte, sobe para cinco o número de cristãos assassinados na prisão: Robert Danish (2009), Qamar David (2011), Zubair Rashid (2015) e Liaquat Mashi (2016).
A Associação também informou (BPCA) que a mulher e a filha de Indaryas – condenado à morte por enforcamento mesmo tendo se declarado inocente – teriam constatado evidentes sinais de tortura no corpo, como cortes e sinais de queimado. Somado a isto, três meses antes de ser preso, Indaryas pegou tuberculose sem nunca ter recebido nenhum tratamento na prisão.
No Paquistão a vida para as minorias religiosas não é fácil, sobretudo devido à “lei sobre a blasfêmia”, que já levou à condenação de muitos cristãos, acusados frequentemente de forma arbitrária por ofensas ao Profeta Maomé. Entre estes está Asia Bibi, na prisão desde 2009 e condenada à morte.
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