Indicaram o empenho comum no Oriente Médio e na Ucrânia
Kirill Y Parolin (Ruply TV) |
(ZENIT – Roma, 23 Ago. 2017).- O cardeal Pietro Parolin, secretario de Estado da Santa Sede, teve nesta terça-feira um encontro com o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Kirill, no mosteiro de Danilovsky, sede do Patriarcado de Moscou.
O encontro se abriu com uma mensagem que enviou o Papa: “Saúdo meu irmão Kirill, Patriarca de Moscou e de todas as Rússias”, transmitida pelo Cardeal Parolin. E Kirill respondeu “grazie” (“obrigado” em italiano).
Conversando sobre a visita na Russia das relíquias de São Nicolau de Bari, um dos santos mais venerados pelo povo russo, o patriarca Kirill indicou: “Foi um evento excepcional para a história de nossas Igrejas”.
E o Secretário de Estado vaticano respondeu: “O ecumenismo da santidade é verdadeiro, existe. Os Santos nos unem porque são os mais próximos a Deus e portanto são aqueles que mais nos ajudam a superar as dificuldades das relações do passado, devido a situações pregressas, e a caminhar sempre mais decididamente em direção ao abraço fraterno e à comunhão eucarística”.
A chegada das relíquias de São Nicolau foi fruto do encontro em La Havana, em fevereiro de 2016, entre Kirill e Francisco. As relíquias expostas em Moscou e em São Petersburgo receberam a visita de uns 2,3 milhões de fiéis, informou o Patriarca a Parolin.
Outro dos temas abordados foi o conflito na Ucrânia. “A Igreja não pode desempenhar nenhum outro papel senão aquele da pacificação, quando as pessoas estão em conflito entre elas”, afirmou Kirill. E indicou que “os conflitos não duram para sempre e cedo ou tarde acabam. Se todas as forças sociais estão envolvidas no conflito, quem recolherá as pedras?”, considerou.
O Patriarca acrescentou: “Apreciamos muito o fato de que também esta vez encontramos compreensão recíproca sobre o papel que as nossas Igrejas devem desempenhar em relação à reconciliação da população na Ucrânia”.
Outro tema do encontro foi o Oriente Médio: “A colaboração entre a Igreja Ortodoxa e a Católica na assistência humanitária às populações que sofrem pelos conflitos no oriente Médio, pode ser um importante fator de união”, acrescentando que a cooperação no campo humanitário pode criar a base para projetos comuns.
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