Criada entre Abril e Junho de 1945, na grande conferência internacional do pós-guerra, que teve lugar em S. Francisco, a ONU com sede em Nova Iorque é a experiência política mais ambiciosa da história da nossa época.
Com muitos fracassos na sua vida, à semelhança da sua antecessora Sociedade das Nações, foi confrontada e debilitada pelos contrastes e ideais de vida existentes entre os respectivos membros, sobretudo os EUA que defendiam os valores liberais e a URSS assente no mito da ditadura do proletariado, os quais usavam as mesmas palavras com significados diferentes, como democracia, liberdade, progresso, diálogo entre tantas outras.
Ao longo da sua existência foram desencadeados alguns esforços para gerir conflitos internacionais, mas os resultados nem sempre foram bem conseguidos. Impotente no campo político, em 2006 criou o Conselho para os Direitos Humanos e a partir daqui muitas outras influências começaram a minar a sua esfera de actuação, nomeadamente a sobreposição do direito positivo como norma absoluta e abstracta em detrimento de todo e qualquer fundamento moral ou metafísico. O abandono do fundamento objectivo do direito abriu intencionalmente espaço para a recriação de um “novo direito” ao sabor das transformações sociais e culturais de que eles próprios são os intérpretes.
Uma nova manobra cultural que implica “consensos” os quais ficaram a cargo de “agentes especializados” para artificialmente os fabricarem ao sabor dos seus objectivos.
O motor da ONU são os órgãos secundários das Nações Unidas: conselhos, comissões, agências, ONGs, verdadeiros grupos de pressão destinados a desempenhar o papel de laboratórios de ideias, e sobretudo, de criadores de novas utopias. Digamos que a ONU é uma verdadeira incubadora de ideologias.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, que constitui a fonte de legitimidade da actividade da ONU, está hoje a dar lugar a um novo catálogo de “direitos”, como o direito ao aborto, à saúde reprodutiva, à contracepção, à eutanásia, à educação sexual obrigatória, à orientação sexual fundada no género e aos chamados direitos reprodutivos. Aliás estes têm sido um dos seus temas favoritos desde 1994, na Conferência Internacional do Cairo inventaram uma forma de planeamento familiar em que os direitos reprodutivos foram antes direitos de não reprodução, os quais concretizaram com a adesão obrigatória a uma política mundial de educação sexual, aborto, contacepção e esterilização.
A estes “pseudo direitos reprodutivos” fabricados e introduzidos nas Assembleias Gerais da ONU, logo foi acrescentada, em 1995, em Pequim, a categoria do género no qual o pensamento marxista estruturalista pós-moderno procede à negação da existência de uma natureza humana permanente e imutável e tentando abolir a diferenças entre homem, de seguida também pretende destruir o casamento, a maternidade e a família.
Dentro da ONU, o FNUP (Fundo das Nações Unidas para a População) e a IPPF (International Parenthood Federation –Federação Internacional de Planeamento Familiar, são os dois principais grupos de pressão dedicados à promoção e difusão do aborto, da esterilização e dos programas de contracepção.
Um outro grupo de pressão considerado como preponderante na construção dos consensos nos processos de decisão da ONU e da União Europeia é a ILGA (International Lesbian and Gay Association – Associação Internacional de Homossexuais e Lésbicas, associação que se distingue pelas suas campanhas a favor dos direitos dos homossexuais apresentando regularmente petições às instituições internacionais e aos governos nacionais.
Concluindo, a ONU e a União Europeia tornaram-se num Super-Estado antinatural e despótico, sendo, neste momento, os mais perigosos manipuladores das ideias e da opinião pública numa perversão terrorista de todos os fundamentos e valores considerados e aceites, desde sempre, por toda a humanidade como bons.
«Grupos de pressão `participativos ‘adquiriram um status e uma influência que colocam a democracia em perigo. A sua falta de representatividade deveria ser levada a sério e ser objeto de um grande debate. Num sistema de democracia participativa, é difícil identificar aqueles que nos governam: a democracia participativa não é transparente.» in: A Globalização da Revolução Cultural Ocidental, de Marguerite Peeters
Para compreender o que se passa à nossa volta, em termos de Educação Sexual nas Escolas, de agitação no Parlamento para a aprovação de leis tão fracturantes para a sociedade como a união entre pessoas do mesmo sexo, o aborto, a eutanásia, a adopção de crianças por casais homossexuais e também de todas as linhas condutoras no campo da saúde é bom ter presente estas informações, as quais são fielmente seguidas pela Organização Mundial de Saúde, também ela um influente grupo de pressão.
O tomar conhecimento destas realidades, as quais reflectem que, subjacentemente a estas temáticas existem lobies financiadores de cariz empresarial e político muito fortes, com o objectivo de influenciar e manipular as legislações dos países, sobre estes temas, onde a sua estratégia opta por intervir, num processo global de alteração de valores e mudança de comportamentos, com benefícios económicos.
Se este articulado pode parecer que tem uma abordagem exagerada e fantasiosa da realidade destas temáticas, sugiro que se procure informação factual e credível, sobre o trabalho destas Comissões na ONU.
Rafael S. Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário