Mensagem para o Dia Mundial da Paz apela à abolição das armas nucleares
Cidade do Vaticano, 01 jan 2017 (Ecclesia) - O Papa defende na sua
mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017, celebrado hoje, que a
“não-violência” deve ser o caminho para resolver as atuais crises
político-militares, apelando à abolição das armas nucleares.
“A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a sofrimentos atrozes” e, “no pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos”, escreve Francisco.
O texto, intitulado ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, vai inspirar a celebração do 50° Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica assinala a 1 de janeiro.
O Papa refere que as “grandes quantidades de recursos” destinadas a fins militares retiram capacidade de investimento, aos Estados, para responder às “exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra”.
“Lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética”, precisa.
O documento pontifício apresenta a não-violência como “estilo duma política de paz”, a nível pessoal e comunitário, dando como exemplo as pessoas que sabem resistir à “tentação da vingança”, protagonizando assim “processos não-violentos de construção da paz”.
Francisco retoma os seus alertas sobre a “terrível guerra mundial aos pedaços” que considera estar em curso neste momento, com “guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; devastação ambiental”.
O Papa rejeita que qualquer violência sirva para alcançar “objetivos de valor duradouro”, sustentando que a mesma alimenta, apenas, os “senhores da guerra”.
A mensagem alude ao ensinamento de Jesus Cristo sobre a violência e a paz, a partir do “coração humano”, e pede aos católicos que adiram a esta “proposta de não-violência”.
“Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa”, refere Francisco.
O Papa recorda hoje nasce o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um organismo da Santa Sé que visa contribuir para a construção de “um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz”.
“No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações palavras e gestos de violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum”, apela o pontífice argentino.
A mensagem do Papa para esta celebração anual é enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.
O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.
OC
“A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a sofrimentos atrozes” e, “no pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos”, escreve Francisco.
O texto, intitulado ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, vai inspirar a celebração do 50° Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica assinala a 1 de janeiro.
O Papa refere que as “grandes quantidades de recursos” destinadas a fins militares retiram capacidade de investimento, aos Estados, para responder às “exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra”.
“Lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética”, precisa.
O documento pontifício apresenta a não-violência como “estilo duma política de paz”, a nível pessoal e comunitário, dando como exemplo as pessoas que sabem resistir à “tentação da vingança”, protagonizando assim “processos não-violentos de construção da paz”.
Francisco retoma os seus alertas sobre a “terrível guerra mundial aos pedaços” que considera estar em curso neste momento, com “guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; devastação ambiental”.
O Papa rejeita que qualquer violência sirva para alcançar “objetivos de valor duradouro”, sustentando que a mesma alimenta, apenas, os “senhores da guerra”.
A mensagem alude ao ensinamento de Jesus Cristo sobre a violência e a paz, a partir do “coração humano”, e pede aos católicos que adiram a esta “proposta de não-violência”.
“Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa”, refere Francisco.
O Papa recorda hoje nasce o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um organismo da Santa Sé que visa contribuir para a construção de “um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz”.
“No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações palavras e gestos de violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum”, apela o pontífice argentino.
A mensagem do Papa para esta celebração anual é enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.
O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.
OC
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