Beja, 01 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja vai ordenar seis padres
no dia 8 de dezembro, todos eles vindos de fora desta diocese do Baixo
Alentejo.
“Há vários anos estão a discernir a sua vocação e a formar-se entre
nós, mas não têm as suas raízes familiares no Alentejo. Três vieram do
Brasil, membros do Instituto de vida consagrada Milícia de Cristo, os
outros três, um veio de Lamego, outro de Lisboa e outro da Nigéria”,
explica D. António Vitalino.
Na reflexão semanal enviada à Agência ECCESIA, o prelado assinala que
de “origens diferentes”, os futuros sacerdotes ao serviço da Diocese de
Beja foram chamados do meio do povo “não para ser servidos mas para ser
enviados em serviço do povo”.
“Não realizam esta missão como pessoas desesperadas, sem alternativas
de vida, amargas, violentas, mas com alegria, preferindo antes sofrer
que fazer sofrer, procurando realizar nas suas vidas o que Jesus
proclama nas bem-aventuranças”, desenvolve D. António Vitalino.
Esta celebração coincide com a abertura da Porta Santa da Basílica de
São Pedro com que o Papa Francisco vai dar início ao Jubileu da
Misericórdia, a 8 de dezembro, e o bispo de Beja recorda ainda que há 50
anos encerrava o Concílio Ecuménico Vaticano II.
O prelado reflete também sobre “partir de Cristo para as periferias”,
no início do mês de dezembro e também do Ano Litúrgico, que começa com o
Advento que prepara para o Natal, o nascimento de Jesus.
Deste acontecimento, D. António Vitalino destaca que Cristo nasceu num
povo e numa terra que não era o “centro da civilização mediterrânica”,
uma vez que o centro político era Roma e a cultura Atenas.
“A narrativa da sua vida e mensagem foram uma novidade nunca vista. Não
foram o poder económico ou politico nem muito menos o fruir dos
prazeres da natureza que orientaram a sua vida e mensagem, mas o remar
contra a corrente e a paixão pelo bem da humanidade até ao dom da
própria vida”, desenvolve.
Neste contexto, o bispo diocesano observa ainda que “em todas as épocas
e lugares” houve e há discípulos “a sério e à letra do Mestre”, dando
como exemplo o Papa Francisco.
“Apesar da idade, tem um discurso e gestos que chamam a atenção para os
simples e os poderosos deste mundo”, acrescenta, destacando a recente
visita do Papa a três países de África.
“Foi mostrar-se solidário para com os pobres e apelar à reconciliação
dos povos e das religiões, para que cesse a exploração da natureza e dos
pobres e se fomente o encontro e diálogo entre as religiões e entre
países pobres e ricos”, destacou D. António Vitalino.
CB/OC
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