Dom Tomasi faz pronunciamento sobre sustentabilidade ambiental no Conselho para os Direitos Humanos da ONU
Roma, 11 de Março de 2015 (Zenit.org)
A contribuição de todos segundo as concretas possibilidades económicas e tecnológicas, a partilha dos conhecimentos sobre acesso e
produção dos recursos fundamentais, a tomada de responsabilidade no
quadro da “justiça reparadora”.
São os três pontos para se alcançar uma justiça comum e distributiva, evidenciados pelo arcebispo Silvano Tomasi, observador
permanente da Santa Sé na ONU em Genebra, durante a sessão desta
segunda-feira do Conselho para os Direitos Humanos, em curso desde 02 Março.
O pronunciamento de Tomasi foi relacionado a promoção e a protecção de
todo direito humano, inclusive o direito ao desenvolvimento, no
respeito ao meio ambiente.
O prelado centrou-se na responsabilidade daqueles “que mais se
beneficiaram com o uso de recursos naturais e, portanto, poluíram mais
que os outros”. Por isso “têm uma obrigação particular de trabalhar por
sua restauração".
Em referência aos danos ambientais que ameaçam a fruição dos direitos
humanos, a Santa Sé expressa apreço pela boa prática de redigir
"relatórios de sustentabilidade" relacionados aos impactos ambientais,
sociais e económicos das empresas.
"É uma questão de justiça ajudar as pessoas pobres e vulneráveis
que sofrem por motivos que em grande parte não foram causados por elas
e que vão além do controle delas", continuou o observador permanente,
que, em seguida, encorajou o uso de tecnologias que podem amenizar os
danos causados pela poluição.
Tendo em vista a Conferência de Paris sobre o clima, prevista para o
mês de Dezembro, "ricos e pobres serão vencedores se pudermos alcançar
um acordo sobre um regime internacional pós-2020, em que todas as nações
do mundo, incluindo os maiores responsáveis pelas emissões de gás que
provocam o efeito de estufa, cheguem a um acordo universal vinculador
sobre o clima", concluiu Dom Tomasi. [L.M.]
(11 de Março de 2015) © Innovative Media Inc.
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