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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Cristãos constituem o maior grupo de migrantes a nível mundial

Novo relatório aponta

 | 21 Ago 2024

Migrantes. Mediterrâneo. Sea Watch 4

Migrantes resgatados no Mediterrâneo pelo Sea Watch 4. Fatores económicos, instabilidade política e conflitos têm levado milhões de cristãos a procurar novas oportunidades e segurança no estrangeiro. Foto: Médicos Sem Fronteiras (Twitter)

Quase metade dos migrantes internacionais a nível mundial identificam-se como cristãos. É o que demonstra um novo relatório do Pew Research Center. Os dados revelados pelo Pew apontam os cristãos como o maior grupo religioso em movimento, cerca de 47%, influenciando significativamente a demografia religiosa nos países de origem e de destino.

A migração de regiões de maioria cristã como a América Latina, a Europa e a África subsariana contribuiu para esta tendência.

Fatores económicos, instabilidade política e conflitos têm levado milhões de cristãos a procurar novas oportunidades e segurança no estrangeiro. “As pessoas deslocam-se para o estrangeiro por muitas razões, como encontrar emprego, estudar ou juntar-se a familiares. Mas a religião e a migração estão muitas vezes intimamente ligadas”, menciona o estudo, citado pelo portal de notícias do Vaticano, que republica um artigo originalmente publicado pelo LiCAS News.

Os muçulmanos são o segundo maior grupo religioso entre os migrantes a nível mundial, representando 29% do total. A migração dos muçulmanos, especialmente de regiões em conflito como o Médio Oriente, é em grande parte motivada pela procura de estabilidade e de melhores perspetivas económicas.

Os judeus, embora sejam um grupo mais pequeno em números absolutos, são os que têm maior probabilidade de migrar, com cerca de 20% da população judaica mundial a viver fora do seu país de nascimento.

“Muitos migrantes deslocaram-se para escapar a perseguições religiosas ou para viver entre pessoas com crenças religiosas semelhantes. Muitas vezes, as pessoas mudam-se e levam consigo a sua religião, contribuindo para mudanças graduais na composição religiosa do seu novo país”, refere o relatório.

Por vezes, os migrantes abandonam a religião com que cresceram e adotam a religião maioritária do seu novo país de acolhimento, uma outra religião ou nenhuma religião”, pode ainda ler-se no documento.

O estudo conclui também que a migração conduziu à diversificação religiosa em muitos países de destino, introduzindo frequentemente novas comunidades religiosas em zonas que anteriormente tinham uma diversidade religiosa limitada.



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