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sábado, 31 de agosto de 2024

Metanoia


Leontina Augusta estava zangada com a vida há muito tempo… era uma pessoa azeda, difícil no seu relacionamento e acumulara agravos desde a infância: sempre detestara o nome que os pais lhe tinham dado e que tanto a envergonhara pela vida fora (…’raio de nome… Porquê? ‘Perguntara-se frequentemente quando crescera até perceber que vinha da bisavó de origem eslava…); depois, na adolescência, ficara furiosa pelo facto de os pais não a terem deixado seguir a carreira de bailarina que a apaixonava (…’Nem pensar! isso não é profissão condigna para uma menina com a sua educação! Escolha Direito, um curso a sério, e terá a vida facilitada no nosso escritório de advogados! Honrará o seu apelido de família!…’) e assim acabara por ser toda a vida uma jurista frustrada, apenas para fazer a vontade aos pais e assegurar a continuidade do escritório; por fim, aos quarenta anos, sofrera um grande embate e a maior decepção da sua vida: a perda do seu único e verdadeiro amor, Miguel, um jovem médico dez anos mais novo do que ela, que certo dia, após mais uma intensa discussão e depois de oito anos de vida em comum a deixara, repentinamente, e não mais voltara, nem dera qualquer sinal de vida… (…‘estou farto de ti! Não percebes? És uma mulher muito egoísta, só pensas em ti, na tua beleza, na tua vidinha… não quiseste casar quando eu queria casar contigo, nem dar-me a alegria de ser pai… basta! Estavas à espera de quê? Sim, amei-te e muito, mas acabou-se e vou-me embora hoje mesmo…).

Fora um enorme desgosto, mas Leontina não aprendera a lição… a culpa era sempre dos outros e ela parecia ter o condão de magoar as pessoas mais próximas… não sabia viver com os outros, nem para os outros… e assim ia afastando todos, amigos e pretendentes, do seu convívio!

Agora aos 60 e tal anos, já reformada do escritório que herdara, mas que toda a vida detestara, Leontina, com pouco ou nada que fazer, mas ainda uma mulher bonita e vistosa, aparentando ser mais nova, continuava centrada em si, no seu aspeto exterior… quando saía à rua, ainda sentia o desejo de ser admirada… olhava-se nos vidros das montras e dos carros, caminhava com um passo estudado, e em casa, quando se via ao espelho, não suportava as imperfeições da pele envelhecida, que procurava disfarçar com os melhores cremes e amargurava-se até, cada vez que descobria uma nova ruga, um quilo a mais, ou mais algum sinal de flacidez no pescoço… vestia-se como uma jovem, frequentava o ginásio, a piscina, o cabeleireiro, as melhores lojas de roupa… ia ao cinema, ao teatro, concertos e ballet, restaurantes de luxo, mas andava sempre sozinha!

Vivia apenas com uma velha empregada, a Clotilde, no casarão de família que herdara e com o seu feitio orgulhoso e distante já quase nem sequer se relacionava com a única sobrinha que lhe restava, depois da morte do irmão e da cunhada. Na verdade, incompatibilizara-se com Maria - uma jovem assistente social amorosa e muito trabalhadora que um dia lhe batera à porta e lhe pedira um favor: não tinha casa, acabara o curso, queria muito casar e lembrara-se de pedir à tia para lhe alugar o rés-do-chão daquele casarão, ou apenas uma pequena parte da casa que não usava… mas Leontina recusara de imediato sem uma razão plausível, pelo que a pouca relação existente esfriara e os escassos contatos tinham passado a ser apenas telefónicos…

Leontina estava convencida de que não precisava de ninguém. Com o seu dinheiro poderia sempre comprar tudo o que precisasse… mas os anos iam passando…

Clotilde, a empregada, sensível e com bondosa, conhecera bem os pais de Leontina e por isso, tinha muita pena por ver a ‘sua menina’ sempre sozinha, fechada em si mesma, sem preparar nem saber aceitar a velhice que se aproximava e muitas vezes lhe dizia numa carinhosa censura:

- ‘…mas a menina que é tão inteligente não vê que já não é criança? Por que se afastou de todos, até da sua sobrinha Maria, tão boa pessoa? Um dia vai precisar dela… todos precisamos uns dos outros…’ Porém Leontina não ligava e irritava-se a sério com Clotilde…

Num certo fim de tarde escuro e chuvoso, à saída do ginásio - como sempre, ignorando o jovem sem-abrigo nepalês ali encolhido e sentado no chão à chuva, a pedir esmola silenciosamente - Leontina atravessou a rua a correr, e foi violentamente atropelada por uma moto, cujo condutor fugiu, deixando-a caída no chão, com o rosto a sangrar abundantemente, incapaz de se levantar.

O nepalês viu-a. Não havia vivalma naquele momento, a não ser ele, e de um salto pôs-se em pé e correu para a ajudar, arrastando-a cuidadosamente para o passeio… ‘I’ll get an ambulance!’

Em seguida, foi ao ginásio, por sinais pediu ajuda e em breve estavam várias pessoas à volta de Leontina e uma ambulância a chegar.

Ao ser levada, Leontina ainda abriu a mala e num gesto espontâneo entregou todo o dinheiro que tinha ao jovem nepalês, dizendo:

‘Para ti! Obrigada!’ Ele não queria aceitar, mas Leontina insistiu e num murmúrio, apenas perguntou:

-‘Your name?’

-‘Sunil, madam…’

-‘Obrigada, Sunil…’

Quando voltou a si, muitas horas depois, já no hospital, debaixo de uma luz intensa, teve a sensação de reconhecer o rosto de alguém… batas verdes, um cheiro a desinfetante, mas voltou a adormecer…

No dia seguinte, ainda no recobro, Miguel veio ter com ela. Fez-lhe uma festa na mão e baixinho disse-lhe:

- ‘Não tenhas medo… o pior já passou! Nunca pensei que um dia teria de te operar… mas tudo correu bem! ‘

- ‘Que me aconteceu?’

- ‘Foste atropelada por um rapaz numa moto, mas abandonou-te e fugiu. Foi um rapazito nepalês, um sem-abrigo que te socorreu… salvou-te a vida, podes crer! Mas agora tens de descansar… voltarei mais tarde!’

Passaram-se dias e semanas… Leontina esteve longo tempo fechada entre quatro paredes no hospital. Partilhou o quarto de três camas com outros doentes. Ouviu as suas histórias. Viu gente morrer a seu lado. E aos poucos, alguma coisa a fazia pensar que apesar de tudo, estar viva era afinal um presente… talvez d´Aquele a Quem nunca ligara… Miguel continuava a passar diariamente no quarto para a ver, mas apenas como médico e amigo. Leontina perguntara-lhe um dia, se tinha casado e Miguel respondera afirmativamente e contara-lhe que tinha três filhos pequenos. Depois de um breve silêncio, Leontina estendeu-lhe a mão e olhando-o com uma sombra de tristeza, sorrira e comentara apenas: - ‘Ainda bem que és feliz! Fico contente por ti… merecias!’

Clotilde e a sobrinha Maria, visitavam-na com frequência e procuravam animá-la. Os estragos tinham sido muitos… quando se vira ao espelho pela primeira vez, apesar de avisada com todo o cuidado por Miguel, de que sofrera vários traumatismos graves na cara e na cabeça, teve um choque tremendo. Não se reconhecia… com tantas cicatrizes naquele rosto agora deformado… e isso era bem pior do que ter de usar canadianas por causa dos estragos sofridos na coluna…

Entretanto Leontina mudou para outro departamento de reabilitação, num edifício próximo do hospital. Aí conheceu uma jovem em cadeira de rodas, que dava nas vistas pela sua alegria. Sempre com uma flor na cabeça, a cantarolar, andava na sua cadeira por todas as enfermarias e rapidamente travava conhecimento e fazia amizade com os outros doentes. Tinha sempre uma palavra de especial carinho para com os que estavam mais tristes e desanimados. Leontina admirava-a cada vez mais! Ela emprestava-lhe livros de vidas inspiradoras e Leontina ia absorvendo tudo como uma esponja. Um dia, a sua nova amiga saiu em passeio com a família e no regresso contou-lhe que tinha ido a Fátima e visitara o Centro João Paulo II, para deficientes profundos. Vinha muito impressionada com tudo o que ali vira. E numa parede encontrara um pequeno texto que queria partilhar com Leontina. Tinha sido deixado por um jovem voluntário basco de Bidasoa, e tinham resolvido emoldurá-lo e pendurá-lo para todos o poderem ler. Mostrou-lhe a foto que tirara antes de vir embora: Leontina pediu-lhe a foto, guardou-a e todos os dias a olhava! Era uma nova inspiração…

Entretanto, em conversa com Maria e Clotilde, Leontina começou a falar-lhes no regresso a casa e em fazer obras no casarão por forma a transformar os espaços e poder fazer um apartamento para Maria e seu marido (‘se eles quisessem…’) assim como transformar o rés-do-chão numa casa de acolhimento para jovens sem-abrigo e abrir uma sala de aulas para estrangeiros. Maria e Clotilde ficaram mudas de espanto… que grande transformação! Claro que tudo isto só poderia ser concretizado se Maria, como assistente social, pudesse ajudar e Clotilde também… e elas de imediato manifestaram o seu entusiasmo e adesão…

E os planos de Leontina começaram a sair do papel e a tomar forma…pouco tempo depois começavam os trâmites legais para a criação de uma associação e as obras também!

Leontina já não era a mesma pessoa…e mostrava-se decidida a mudar a sua vida e a vida de outros!

Durante esse período, acabado o tempo de internamento, Maria levou Leontina e Clotilde para sua casa.

Entretanto, Leontina voltara a passar no local do atropelamento para ver de novo o sem-abrigo nepalês. Ele ali continuava, sentado no chão, sempre à espera de alguma ajuda. Leontina quis falar com ele e através da janela do carro chamou-o pelo nome: - ‘Sunil!’

Ele reconheceu-a de imediato. Levantou-se, e Leontina, sorrindo, estendeu-lhe a mão através da janela.

- ‘Sunil, you saved my life! obrigada!’

Sunil sorriu também. Sim, de facto ele salvara-lhe a vida… e Leontina tinha planos para lhe agradecer o seu gesto. Deixou-lhe algum dinheiro, explicou-lhe que lhe ia arranjar alojamento e trabalho numa nova associação e prometeu voltar em breve.

Ao registar o nome da associação com o nome de ‘Metanoia’, os funcionários, curiosos, quiseram saber que nome era aquele… com um grande sorriso, Leontina explicou-lhes que se tratava de uma palavra grega e significava ‘transformação, mudança, conversão ‘…os funcionários entreolharam-se admirados… mal sabiam eles a história de Leontina!

Fátima Fonseca




Nadia Brönimann, trans suiza pionera: «Lloro lo que le hice a Christian [él mismo] y a su cuerpo»

Sus nuevas fotos con el hashtag #detrans irritan al lobby LGTBIQ+

Nadia Brönimann.
Nadia Brönimann, en un reportaje de 2004: cinco años después de sus cirugías, la insatisfacción y las depresiones continuaban.


Carmelo López-Arias


En 1998, Christian Brönimann, nacido en 1969 (tenía, pues, 29 años) dejó de ser legalmente hombre y se convirtió en Nadia a través de tratamientos hormonales e intervenciones quirúrgicas. Se convirtió en el más célebre icono del movimiento trans en Suiza y en un reclamo mediático y político para el lobby LGTBIQ+.

#detrans

De ahí la sacudida que han supuesto para esos grupos las fotografías que publicó el 13 de agosto en sus redes sociales, acompañadas del hashtag #detrans ['detransición', o marcha atrás en la 'transición de género'] y las primeras manifestaciones públicas de su pesar por lo que hizo y de su deseo de volver a ser quien biológicamente es. Inmediatamente la han acusado de "traidora", "tránsfoba" y "populista de derechas": "La tolerancia que reclamamos hacia fuera no se practica en el interior de nuestras filas", lamenta.

Foto de Nadia Bönermann con unas reflexiones superpuestas.

En su cuenta de Instagram, Bönermann acompañó su foto de una reflexión firmada por Chris/Nadia: "Nunca volveré a ser como era antes de la transición... pero no es mala idea. Vivo, he sobrevivido... ¡He crecido como ser humano y poco a poco me acerco a mi verdadero yo...! ¡Y doy gracias por ello!".

Pero ella, como Nadia, incluso en su condición de celebridad abanderada del movimiento trans, nunca ocultó que algunos problemas continuaban y habían aparecido otros, como frecuentes dolores de cabeza, complicaciones sexuales, incontinencia y una esterilidad irreversible. Los superaba exaltando su feminidad y convirtiéndose en influencer de moda y productos de belleza.

Chris/Nadia nació en Heiden, en el cantón suizo de Appenzell, y desde pequeño prefería jugar con niñas y se probaba los vestidos de su madre. Como adolescente tuvo relaciones con el mismo sexo y en su juventud tuvo una etapa como drag queen. Fue cuando empezó a considerar ser físicamente como una mujer.

"Como un corsé"

En 2006, tras ocho años de proceso y catorce operaciones, publicó un libro cuyo subtítulo se convirtió en lema del movimiento: Danza del alma. Yo sigo mi camino. Era su apogeo como imagen de la normalidad y el éxito de la 'transición', a la que animaba a otras personas que hubieran atravesado su mismo sufrimiento anterior.

'Seelentanz', el libro de Nadia Brönimann donde defendía su camino de la 'transición de género'.

'Danza del alma', el libro de Nadia Brönimann donde defendía su camino de la 'transición de género'.

Sin embargo, en una entrevista de 2022 en Blick, aunque mantenía los dogmas de la ideología de género ("no defino mi feminidad por mis características sexuales"), y aunque celebraba haber "ayudado" a otros sirviéndoles de modelo y se sentía feliz de haber abierto brecha hasta normalizar los 'cambios de sexo', ya confesaba un cambio de percepción respecto a 1998: "Digamos que hoy no me operaría, escogería otro camino. Probablemente sería no binaria... Hoy existen innumerables posibilidades de atribución de identidad, todo un cosmos trans... Entonces todo era blanco o negro, hombre o mujer".

Pero no es lo que piensa ahora, porque ve "crecientemente falsa" su "feminidad": "Me  parece cada vez más un corsé que sirve para mantener la imagen habitual de Nadia". Así lo confesó en una entrevista a fondo en TeleZüri, un canal de televisión de Zúrich. Y confesó así mismo a Tages Anzeiger que quiere volver su antiguo "yo".

Nadia Brönimann, durante su entrevista en TeleZüri del 21 de agosto pasado.

Nadia Brönimann, durante su entrevista en TeleZüri del 21 de agosto pasado.

"Lloro por lo que le hice a Christian [él mismo] y a su cuerpo sano. Creí que si escapaba de Christian, si cambiaba de cáscara, todo iría bien, yo sería otro. Pero el interior, el alma, sigue siendo la misma. Mi transición nunca ha conseguido reconciliarme conmigo misma. No he hecho más que huir hacia otra vida, más extrema, en otro cuerpo", afirma Nadia, según recoge Paul Sugy, periodista de Le Figaro, en un hilo en X: . Por eso ahora advierte a quien quiera escuchar que los tratamientos hormonales y la cirugía no garantizar la felicidad, pero "hay muchos que no lo quieren comprender".

De hecho, aunque su apariencia femenina era perfecta, su vida fue a peor. Se alejó de familiares y amigos, y sufrió diversos procesos de ansiedad y depresión con internamientos psiquiátricos. Su novio la dejó porque no podían mantener relaciones sexuales. Siempre había deseado ser amado por un hombre. Nadia, que lleva una cruz tatuada en el brazo derecho, buscó ayuda en un sacerdote calabrés e incluso buscó la paz colaborando en Calcuta con las religiosas de la Madre Teresa. Pero nunca alcanzó la paz perfecta que anhelaba como Nadia.

La encrucijada

Se encuentra ahora ante una encrucijada. Su deseo es seguir un tratamiento con testosterona para empezar un recorrido de 'detransición', pero le angustia el recuerdo de lo que ya ha sufrido con los abordajes hormonales, y su cuerpo, a los 55 años, ya no reacciona con la misma adaptabilidad que cuando era más joven.

El cuerpo, explica, no puede ser considerado como una simple superficie sobre la cual uno puede grabar sus deseos o hacerlos desaparecer: esa visión maleable del cuerpo, afirma desde su propia experiencia, no se corresponde con la realidad, mucho más compleja. Börnimann lo sufre en sus carnes veintiséis años después.



Mais do que terem fortes convicções religiosas, as pessoas querem líderes que defendam as suas crenças

Estudo internacional

 | 30 Ago 2024

Cientistas, líderes políticos dos Emirados Árabes Unidos e representantes religiosos de todo o mundo reuniram-se numa cimeira pré-COP28. Os líderes religiosos publicaram uma declaração interreligiosa para a cimeira do clima. Foto © Presidência da COP28/Muslim Council of Elders

” A maioria das pessoas de 35 países do mundo consideram ser mais importante que os seus líderes defendam as crenças religiosas deles do que terem, ou não, fortes crenças religiosas pessoais.”  Foto © Presidência da COP28 / Muslim Council of Elders

 

A maioria das pessoas de 35 países do mundo consideram ser mais importante que os seus líderes defendam as crenças religiosas deles do que terem, ou não, fortes crenças religiosas pessoais. O estudo foi conduzido pelo Pew Research Center entre janeiro e maio de 2024, contou com mais de 53.000 inquiridos e foi divulgado no dia 28 de agosto.

O inquérito procurava obter repostas sobre a importância da atitude religiosa dos Presidentes, primeiros-ministros, ou outro líder máximo do país, de roda de três vetores: ser alguém que tem as mesmas convicções religiosas do entrevistado; ser alguém com convicções religiosas fortes, mesmo se diferentes das do entrevistado; e ser alguém que, independentemente das suas convicções, defenda todos os que têm as mesmas convicções religiosas do entrevistado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 64 por cento dos adultos dizem que é importante ter um Presidente que defenda as pessoas que partilham as crenças religiosas do inquirido. Um número menor (48%) afirma que é importante que um presidente tenha as suas próprias crenças religiosas fortes, mesmo que tais crenças sejam diferentes das do entrevistado. São ainda menos os americanos (37%) que dizem ser importante que um Presidente tenha crenças religiosas iguais às suas.

Em países onde a religião é considerada muito importante, as pessoas são geralmente mais propensas a valorizar as crenças religiosas do seu líder. Por exemplo, 94 por cento dos adultos na Indonésia dizem que a religião é muito importante nas suas vidas e 86 por cento dizem que é importante que o seu Presidente tenha fortes crenças religiosas. Este é um dos níveis mais elevados encontrados nos 35 países da América do Norte, Europa, Ásia, Pacífico, Médio Oriente, África e América Latina em que o inquérito decorreu.

No entanto, em vários países da Europa e do Leste Asiático, é menos provável que os adultos digam que é importante que um líder nacional defenda as pessoas com as suas crenças religiosas. França, Japão e Coreia do Sul destacam-se como alguns dos países onde são menores as percentagens de pessoas que partilham desta opinião. Em cada um daqueles países, apenas cerca de um quarto dos adultos dizem isto. Os adultos suecos são os menos propensos a afirmar que é importante ter um primeiro-ministro com fortes crenças religiosas. Apenas 6% dos suecos dizem isso.

Os resultados obtidos pelo inquérito nos EUA são significativos na perspetiva da campanha presidencial em curso, na medida em que a candidata democrata Kamala Harris se identifica como cristã e cresceu com uma mãe hindu, enquanto o seu candidato a vice-presidente, o governador de Minnesota, Timothy Walz, é um luterano que cresceu num lar católico. No lado republicano, o candidato Donald Trump identifica-se como cristão e tem forte apoio entre os cristãos evangélicos. O seu candidato a vice-presidente, o senador norte-americano JD Vance, é alguém que se converteu  ao catolicismo quando adulto.



sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Di Noto: lo de la ONU con la pederastia es una batalla ideológica donde «se está perdiendo la razón»

Desde 1989, don Fortunato es una referencia mundial contra este crimen organizado

Fortunato di Noto.
Fortunato di Noto recuerda que asumir la idea del 'consentimiento' infantil a la relación sexual con un adulto es una 'inversión' absoluta del ABC de la humanidad. Foto: captura canal Meter.


C.L.


El sacerdote Fortunato di Noto, siciliano nacido en 1963 y ordenado en 1991, párroco en la iglesia de Nuestra Señora del Carmen en su Avola natal, es uno de los pioneros en la lucha de la sociedad civil contra la pederastia y todos los delitos que la rodean.

En 1989 fundó en Siracusa la asociación Meter, que enseguida comprendió el impacto que tendrían las nuevas tecnologías en la difusión de esta forma de criminalidad. Primero fue el acceso masivo a los ordenadores, luego internet y, finalmente, las redes sociales. Todo ello ha disparado la pornografía infantil, que ya es en sí misma una violencia sobre los menores, y abre la puerta a la violencia, aún mayor, de las relaciones pedófilas, que no duda en calificar de “holocausto”.

La ONU, caballo de Troya... del caballo de Troya

La labor de don Fortunato es muy conocida dentro y fuera de Italia, pues se ha convertido en un referente mundial, tanto en la investigación y denuncia de los delitos como en el apoyo a las víctimas. Por eso La Nuova Bussola Quotidiana ha acudido a conocer su opinión sobre el Proyecto de Convención de las Naciones Unidas contra la Ciberdelincuencia, cuyo artículo 14.4.b abre subrepticiamente la puerta a la legitimación del consumo privado de material pornográfico infantil y, aún peor, al concepto de “consentimiento” del menor, el gran caballo de Troya que los lobbies pedófilos sueñan introducir para acabar legalizando la pederastia.

[No dejes que la ONU normalice el sexo con menores: firma la campaña de Peticiones Católicas]

“Con frecuencia”, responde el sacerdote a preguntas de Ermes Dovico, “los que desde la mesa de un despacho deberían garantizar, siempre y en cualquier circunstancia, los derechos inviolables de los menores, desconocen en la práctica el problema del abuso de menores y de la pornografía infantil, que ha alcanzado incluso niveles de criminalidad organizada”. Un problema que debería afrontarse “a la luz de elementos reales como los que recoge cada año el informe de Meter con datos documentados… que van desde recién nacidos a preadolescentes”.

Hay que hablar con las víctimas”, señala, porque solo escuchándolas “se comprende la gravedad del problema” y se entiende la barbaridad que supone hablar de “consentimiento” de un niño en una relación sexual con un adulto.

El sinsentido del "consentimiento" infantil a una relación sexual

La edad del consentimiento es el corazón de las reivindicaciones del lobby pedófilo”, apunta: “Basta acudir a cualquiera de sus portales más importantes, visibles y accesibles” para ver que “hacen de todo para lograr que se acepte la idea de que los menores pueden expresar un consentimiento totalmente consciente -incluso a los ocho, diez o doce años de edad- a una relación afectiva y sexual con un adulto”.

La finalidad de estos lobbies es “que todos los estados del mundo se pongan de acuerdo en una edad para el consentimiento, con la finalidad de eliminar un día ese requisito. Pero en esto deberían intervenir el sentido común, la psicología, la pedagogía, una recta visión del hombre… No creo que los estados que se preocupan por la tutela de los menores puedan aceptar esta idea”.

'Sound of freedom', de Alejandro Monteverde (con Jim Caviezel, Eduardo Verástegui y Mira Sorvino), denuncia el tráfico mundial de niños para esclavitud sexual. La campaña en contra que sufrió la película por parte de los medios sistémicos da idea del poder de los grupos de interés pedófilos, que a través de la ONU quieren condicionar la política de los estados.

El texto del borrador de Convención sugiere políticas laxas respecto a la posesión de material pedófilo para uso privado. Di Noto recuerda que para los pederastas es como una droga: “Uno tiene una perversión y para satisfacerla se toma su dosis diaria, que conserva en su ordenador o en su teléfono móvil. Así se olvida que detrás de esas fotos también hay víctimas, niños que ya han sido golpeados psicológicamente, si es que no también físicamente. No es posible todo esto, se está perdiendo la razón”.

Cancelando el ABC del ser humano

En la promoción de las “perversiones” de las que habla el sacerdote, las naciones occidentales van siempre a la cabeza, y de hecho votaron casi unánimemente a favor del texto. “Es la inversión total en las relaciones, a nivel antropológico, físico, sentimental… Está en juego el ABC del ser humano”, lamenta: “Un niño debe ser amado, protegido, cuidado, acompañado, apoyado, educado: éstos son los principios fundamentales de la humanidad que ahora se quiere cancelar”.

'Don Fortunato Di Noto. Mi batalla en defensa de los niños', de Roberto Mistretta, es un libro de 2021 que recoge treinta años de lucha contra el abuso sexual infantil.

'Don Fortunato Di Noto. Mi batalla en defensa de los niños', de Roberto Mistretta, es un libro de 2021 que recoge treinta años de lucha contra el abuso sexual infantil.

En el Centro Meter lo saben bien, porque desde que nació han atendido a miles de víctimas. Hay que hablar con ellas antes de hacer “suposiciones” sobre el “consentimiento" ayunas de “sentido común”, porque “no puede considerarse la pornografía infantil como un juego que se reduce a alguna foto o algún vídeo”.

La ideología del mal

Di Noto cuenta su experiencia asistiendo como experto a comisiones parlamentarias donde “ni siquiera comprendían de qué les hablaba: he tenido que mostrarles imágenes porque solo quien ve lo que sucede en el mundo de la pornografía infantil puede comprender el grave drama que sufren los niños”.

“Hay como dos mundos paralelos”, concluye la entrevista de La Nuova Bussola Quotidiana: “El de los que quieren favorecer, no sé por qué, cierta ideología, y el de quienes la combaten. Es una batalla que hay que dar poniendo en primer lugar la defensa y la tutela de nuestros niños, de nuestros menores. No debemos relajarnos en su defensa en aras de una ideología cultural y política que se está difundiendo en el mundo, sobre todo en los países occidentales”.



quinta-feira, 29 de agosto de 2024

El cuerpo de Santa Teresa de Jesús continúa incorrupto 110 años después de la última apertura

Un momento del traslado del sepulcro de Santa Teresa.
Un momento del traslado del sepulcro de Santa Teresa.


Jesús M.C.

TAGS: Santos

El sepulcro de Santa Teresa de Jesús fue abierto este miércoles por primera vez desde 1914, y el estado de conservación de su cuerpo sigue siendo "exactamente el mismo" que entonces, según los registros fotográficos. Así lo confirmó el prior de los carmelitas de Alba de Tormes (Salamanca), Miguel Ángel González, quien dirigió la intervención junto al postulador general de la orden, Marco Chiesa.

Por la mañana se produjo, con una ceremonia religiosa y un Te Deum, el traslado del sepulcro y posteriormente la apertura como parte de la primera jornada de estudio de los restos de la santa. Lo llevará a cabo un equipo científico italiano desplazado al efecto hasta la basílica de la Anunciación y que encabeza el profesor Luigi Capasso, director de un equipo de expertos que trabaja habitualmente con el dicasterio para las Causas de los Santos.

Un momento del traslado del sepulcro.

La oración y el cántico ante el cuerpo de la Santa Andariega.

Conocer su vida y mejorar la conservación

El objeto del estudio es conocer detalles sobre la salud de Santa Teresa y sugerir actuaciones para mejorar la conservación de las reliquias, como su corazón o su brazo.

Con ese motivo, el martes, festividad de la Transverberación de Santa Teresa, llegó hasta Alba de Tormes una de las más célebres, la mano incorrupta que se venera en el convento de las carmelitas descalzas de Ronda (Málaga), el cual celebra un Año Jubilar con motivo del centenario de su fundación, en 1924, por el obispo San Manuel González, el "apóstol de los sagrarios abandonados".

La mano fue salvada el saqueo al que fue sometido el convento de Ronda durante la guerra civil. Francisco Franco le tuvo una devoción especial, y solicitó autorización eclesiástica para conservarla en su capilla, de donde fue devuelta, a su muerte en 1975, a su ubicación original y actual. 

El padre González confesó a ABC que los carmelitas vivieron estos momentos con "intensidad espiritual y emoción", pero también "con mucha tranquilidad y serenidad". La comunidad ha depositado junto al cuerpo muchas peticiones que les han llegado de parte de los fieles y devotos de la santa, declarada Doctora de la Iglesia por Pablo VI en 1970.

La ceremonia de traslado del sepulcro.

La finalidad de este operativo es "conocer mejor a la santa, su ofrecimiento, sus últimos años de vida definidos por los dolores", explicó el padre Chiesa, quien añadió, por ejemplo, que ya se ha detectado (lo hizo el propio Capasso con la reliquia del pie del convento de Santa María de la Escala, en Roma) que en el pie padecía espina calcárea que le hacía imposible caminar", algo que sin embargo ella nunca dejó de hacer, siendo por ello conocida como "la santa andariega".

Tres fases

La apertura es un acto rodeado de gran solemnidad, pues exige diez llaves: tres obran en poder de la comunidad de Alba, tres las tiene el Duque de Alba, tres el padre general de los carmelitas en Roma, y una el Rey de España. Tres son para la reja exterior de hierro del camarín, tres para la tapa de bronce incrustada en el arca de mármol por la parte anterior, y cuatro para el arca interior de plata, siendo una de estas últimas, la que posee el Rey, de cortesía y no imprescindible para la apertura.

El proceso de estudio constará de tres fases, según informó la diócesis de Salamanca.

La primera, entre el 28 y el 31 de agosto, será en una estancia del convento y bajo llave, con presencia de los tres miembros del Tribunal Eclesiástico que acompañan a los científicos. Se realizarán estudios de reconocimiento visual, toma de fotos y radiografías realizadas por un equipo especializado y de última generación procedente de Madrid, y dirigido por el doctor José Antonio Ruiz de Alegría. Se realizará una adecuada limpieza de los relicarios, que se cerrarán, y la mano volverá a Ronda.

La segunda fase se prolongará durante algunos meses y tendrá lugar en los laboratorios de Italia, que analizará los resultados y preparará el informe.

La tercer fase, de nuevo en Alba de Tormes, propondrá algunas intervenciones para la mejor conservación del cuerpo y de las reliquias, trasladándose de nuevo la mano desde Ronda. Posteriormente se sellarán el sepulcro y los relicarios con la ayuda de los orfebres salmantinos Ignacio Manzano Martín y Constantino Martín Jaén, quienes han supervisado también la apertura.

Antes del cierre definitivo, se señalará un tiempo para la veneración de tan apreciadas reliquias.



quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Francisco pospone la catequesis y acusa de «pecado grave» a quienes rechazan a los inmigrantes

El Papa Francisco.
Francisco (en la imagen, durante la audiencia general de este miércoles) se opone a las leyes restrictivas de la inmigración y considera 'pecado grave' rechazar sistemáticamente a los inmigrantes.


C.L.


Francisco comenzó la audiencia general en la Plaza de San Pedro anunciando que  hacía "un paréntesis" en la catequesis habitual de los miércoles, centrada en las últimas semanas sobre el Espíritu Santo, "para que podamos reflexionar sobre la realidad de tantas personas que tienen que dejar su tierra buscando un lugar donde poder vivir en paz y con mayor seguridad".

Esas rutas, unas que están a menudo "bajo los reflectores" y otras apenas conocidas, son "mortales" para muchos de ellos, y por eso quiso el Papa detenerse "en este drama, en este dolor".

"Del Mediterráneo he hablado muchas veces, porque soy obispo de Roma", dijo, y volvió a decir, como en otras ocasiones, que  "se ha convertido en un cementerio": "Y la tragedia es que muchos, la mayoría de estos muertos, podrían haberse salvado. Hay que decirlo claramente: hay quienes trabajan sistemáticamente por todos los medios para repeler a los migrantes. Y esto, cuando se hace con conciencia y con responsabilidad, es un pecado grave".

Una imagen de la audiencia general de este miércoles en la Plaza de San Pedro.

Una imagen de la audiencia general de este miércoles en la Plaza de San Pedro.

Francisco no especificó qué tipo de rechazo considera "pecado grave" dentro de la amplia casuística que supone el fenómeno de la inmigración. Hay una alusión implícita a la negación de auxilio en alta mar, que practican los países y las mafias que lanzan los barcos, frente a los países occidentales, que están invirtiendo recursos ingentes en salvamento marítimo (incluso a distancias mayores que los propios países de origen) y están desbordados logísticamente por la transgresión masiva de sus fronteras.

Pero otras palabras posteriores de su intervención aluden a cuestiones legislativas, como la petición de leyes más restrictivas (recientemente el gobierno socialdemócrata  alemán ha decidido acelerar las deportaciones ante la oleada de acuchillamientos): así, dijo que "en esos mares y desiertos mortíferos, los migrantes de hoy no deberían estar... y están, desafortunadamente. Pero no es mediante leyes más restrictivas, no es mediante la militarización de las fronteras, no es mediante rechazos como lo conseguiremos. Por el contrario, lo conseguiremos ampliando las rutas de acceso seguras y las vías de acceso legales para los migrantes, facilitando el refugio a quienes huyen de la guerra, de la violencia, de la persecución y de tantas calamidades; lo conseguiremos fomentando por todos los medios una gobernanza mundial de la migración basada en la justicia, la fraternidad y la solidaridad. ".

"El mar y el desierto", añadió, "son lugares de sufrimiento, de miedo, de desesperación, pero al mismo tiempo son lugares de paso hacia la liberación –¡y cuánta gente pasa por los mares y los desiertos para liberarse, hoy–, son lugares de paso hacia la redención, hacia la libertad y el cumplimiento de las promesas de Dios".

En cualquier caso, según el Papa, "el Señor está con nuestros migrantes en el mare nostrum, el Señor está con ellos, no con los que les rechazan".

Y, tras invitar a rezar por ellos, se dirigió a los presentes para interrogarles: "A vosotros, os pregunto:¿rezáis por los migrantes, por los que vienen a nuestra tierra para salvar su vida? ¡Y vosotros queréis echarles!".



terça-feira, 27 de agosto de 2024

China da un respiro al Vaticano a semanas de renovar el acuerdo y reconoce a un obispo de 95 años

El cardenal Pietro Parolin, secretario de Estado vaticano y firmante del acuerdo secreto de la Santa Sede con el gobierno de Pekín. Foto: Captura RAI.
El cardenal Pietro Parolin, secretario de Estado vaticano y firmante del acuerdo secreto de la Santa Sede con el gobierno de Pekín, que debe renovarse en breve. Foto: Captura RAI.


Carmelo López-Arias

TAGS: Obispos

El Vaticano no ha ocultado su "satisfacción" al anunciar que Melchor Shi Hongzhen ha sido "reconocido oficialmente, a los efectos del orden civil, como obispo de Tianjin [Tientsin]" por el régimen de Pekín, y que esto es un "fruto positivo del diálogo entre la Santa Sede y el gobierno chino".

En efecto, monseñor Shi Hongzhen, coadjutor de dicha diócesis, había sucedido automáticamente en 2019 al fallecido Esteban Li Side (1926-2019). Éste estuvo, como sacerdote, cuatro años en la cárcel y luego 17 años en un campo de trabajos forzados, antes ser nombrado obispo en 1982, sin ser nunca reconocido como tal por su negativa a someterse a la Iglesia Patriótica. Ya como obispo estuvo dos años en prisión, y posteriormente, desde 1992 a su muerte, veintiún años en arresto domiciliario. Prácticamente toda su vida sacerdotal y episcopal la pasó privado de libertad.

Al morir Li Side, también monseñor Hongzhen se encontraba en arresto domiciliario. Ordenado en 1954, había sido nombrado coadjutor de Li Side el mismo año que él como titular, en 1982. Desde que se hizo cargo formalmente de la diócesis, el gobierno nunca le había reconocido hasta hoy.

La diócesis cuenta con 56.000 fieles distribuidos en 21 parroquias, atendidas por 62 sacerdotes y un buen número de religiosas.

 

La Iglesia católica en China, descrita por el cardenal José Zen en 2022.

Su reconocimiento ahora por la dictadura de Xi Jinping es un alivio para la Santa Sede ante la tercera renovación, probablemente en octubre, del acuerdo firmado con China en 2018, que se renueva cada dos años y cuyas cláusulas siguen siendo secretas, aunque se sabe que conciernen al acuerdo entre las partes para el nombramiento de obispos. Su aplicación está siendo netamente desfavorable para la Iglesia, pues ha sido aprovechada por el Partido Comunista Chino para incrementar su control sobre los católicos y para imponer a Roma el reconocimiento de los obispos oficialistas.

El caso más doloroso fue, hace poco más de un año, la convalidación por el Vaticano del traslado, decidido y efectuado unilateralmente por el régimen comunista, del obispo José Shen Bin de la sede de Haimen a la de Shanghai, un acto directamente contrario al acuerdo.

El régimen redobló la afrenta en diciembre de 2023 con la aprobación de un Plan Quinquenal de Sinización del Catolicismo -esto es, de sometimiento a las directrices del Partido-, y la suavizó a principios de 2024 acordando con la Santa Sede tres nombramientos, uno de ellos con la creación de una nueva diócesis cuyas fronteras hubo que pactar.

El reconocimiento ahora de monseñor Hongzhen, que tiene 95 años, parece destinado a facilitar la renovación del acuerdo firmado por el cardenal Pietro Parolin, secretario de Estado vaticano. Un acuerdo cuyas debilidades y riesgos señaló desde el principio el cardenal José Zen, obispo emérito de Hong Kong: deja a la Iglesia china en manos del régimen comunista si se renueva o la aboca a una despiadada persecución si no se renueva.