No dia em que os cidadãos são chamados a ir votar para eleger o XXIV Governo de Portugal, o patriarca de Lisboa pediu que nenhum cidadão fique de fora de participar, colaborar e envolver-se na construção da sociedade, apelando ao voto. “Sentindo respeitosamente a sacralidade de cada ser humano e das suas opções livres, por favor, entendam, que não votar significa não participar ou não querer participar. E a sociedade será diferente se tiver a participação, colaboração e envolvimento de todos nós. E fazemo-lo através do voto”, pediu D. Rui Valério em declarações à Agência ECCLESIA. O patriarca de Lisboa sublinha que votar é um gesto de “nobreza e cidadania”. “Esta possibilidade de nos dirigiremos, livremente, fazer uma opção, uma escolha, e colocá-la na urna, este é um gesto que custou vidas e sacrifício a muita gente. É um gesto de nobreza, além de ser um gesto de cidadania. É uma forma de nos envolvermos no bem comum, na participação e construção de uma sociedade. Ninguém pode ficar de fora”, apelou. Questionado sobre como gostaria de “acordar” na segunda-feira após as eleições, D. Rui Valério disse: “Gostaria de acordar com a certeza de que vou ter, pelo menos, três bispos auxiliares para Lisboa”. O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, encheu-se de missionários a cantar o Hino da Missão País 2024, numa celebração de ação de graças pelas 69 missões que juntaram cerca de 4 mil missionários, concretizando o 21º ano de Missão País, em localidades de Portugal continental, Açores e Madeira. “O convite aos próximos missionários é continuar a sonhar alto e sonhar grande. Ambicionamos continuar a chegar a todo o lado que pudermos e junto de quem nos quiser receber. Essa é a maior ambição: chegar a todo o lado. Vamos recebendo várias propostas e pedidos para ir a novas localidades e a novas Faculdades. Essa é a nossa projeção para os próximos 20 anos”, assegura a chefe nacional de 2024, Maria Rocha e Melo. O patriarca de Lisboa presidiu à celebração de ação de graças e afirmou a Missão País como construtora da solidariedade que o mundo precisa. “Em termos de sociedade renovada, este é o caminho. Contrariando a lógica do egocentrismo, do lucro em benefício próprio, estes jovens estão a proporcionar um caminho de sociedade construída sob a solidariedade, sob a necessidade de cada um sentir que o que é, o que tem, o que possui. Isto é património de todos”, assegurou. “Os jovens demonstraram que com a generosidade, espírito de entrega e fundamentalmente com o ideal do servir gratuitamente, é possível presenciarmos sucessivos e multiplicações de pães que vão acontecendo no nosso país. Quando na sociedade civil este critério e princípio forem atualizados, muitos dos nossos problemas, verdadeiramente, serão resolvidos, porque mergulharemos numa dinâmica onde não há regiões mais ou menos desfavorecidas, classes mais ou menos consideradas”, acrescentou. O padre Adelino Ascenso, superior geral dos Missionários da Boa Nova, afirmou que a vida dos cristãos implica “risco” e uma “santa rebeldia”, que leve a mensagem de Jesus às “periferias” da humanidade. “Há sempre um risco, mas nós temos de desenvolver a espiritualidade do risco. Se nós não arriscarmos, acabamos por definhar. Repito, nós temos de arriscar. A saída é sempre um risco, nós temos de arriscar sair”, referiu o sacerdote, no quarto encontro do percurso quaresmal, inspirado pela sua obra ‘A Mística do Arado’. O entrevistado admite, em conversa com o jornalista Octávio Carmo, que, nessa opção, fica mais visível a própria “fragilidade”, convidando todos a superar o “medo”. No portal de informação em agencia.ecclesia.pt encontra mais conteúdos para ler, ver e ouvir. Desejo-lhe um excelente dia, também a participar na construção democrática! |
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