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sexta-feira, 8 de março de 2024

Escutar, conhecer, aproximar, deixar-nos abalar...

O Papa Francisco recebeu os membros da Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores (Santa Sé), convidando todos os responsáveis católicos a ouvir o sofrimento das vítimas.

“A resposta a quem foi maltratado vem do olhar do coração, da proximidade. Não pode acontecer que estes irmãos e irmãs não sejam acolhidos e escutados, porque isso pode agravar ainda mais o seu sofrimento”, alertou, num discurso lido por um colaborador e divulgado pelo Vaticano.

“A proximidade às vítimas de abuso não é um conceito abstrato: é uma realidade muito concreta, feita de escuta, de intervenção, de prevenção, de ajuda”.

“Todos nós somos chamados – especialmente as autoridades eclesiásticas – a conhecer diretamente o impacto dos abusos e a deixar-nos abalar pelo sofrimento das vítimas, escutando diretamente a sua voz e praticando aquela proximidade que, através de escolhas concretas, as alivia, ajuda e prepara um futuro diferente para todos”.

São frases que confirmam as orientações de Francisco na proximidade que, acredita, deve ser a atitude da Igreja Católica.

Ainda no Vaticano, o Papa apelou à criação de caminhos para a valorização das mulheres, sublinhando que “a Igreja precisa delas”, assinalando o Dia Internacional da Mulher.

“Ajudemo-nos mutuamente, sem pressões e sem lágrimas, mas com um discernimento atento, dóceis à voz do Espírito Santo e fiéis na comunhão, a encontrar os caminhos adequados para que a grandeza e o papel da mulher sejam mais valorizados no Povo de Deus”, referiu, num discurso divulgado pelo Vaticano e lido por um colaborador.

Por cá, assinalamos este dia com Cláudia Antunes, Coordenadora da Pastoral da Saúde das Irmãs Hospitaleiras e Assistente Espiritual que nos fala do percurso diverso, que a levou a estudar Matemática e, anos mais tarde, a mudar radicalmente de vida. Para conferir no programa na RTP2, pelas 15h.

Em contagem decrescente para as eleições do dia 10, o Ponto SJ’, projeto editorial ligado aos Jesuítas, publicou o manifesto “Por um País sonhado para todos”, no qual expressa a visão de um Portugal “mais justo e coeso, mobilizado, a crescer e com futuro”, para as próximas legislativas.

O texto resulta da iniciativa ‘Ponto de Cruz’ que, ao longo das últimas sete semanas, tem vindo a refletir e a debater os principais desafios do país à luz da Doutrina Social da Igreja.

Também o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e a associação juvenil ‘Humanity On the Move’ (HOM) lançaram uma campanha «Boletim +» para “sensibilizar os eleitores para o voto consciente em questões migratórias”.

“Educar-se, informar-se e votar são atos que refletem a responsabilidade de construir uma sociedade justa e acolhedora, livre de preconceitos e desinformação”, sublinham.

A jornalista Raquel Abecasis defendeu, em entrevista à Agência ECCLESIA, que o direito de voto, uma “responsabilidade individual” e é “o mínimo” que cada cidadão pode fazer para depois “exigir uma sociedade que seja ideal”.

“Eu diria que é impensável um católico achar que essa é uma responsabilidade que deve ficar nas mãos de outros e que se abstenha dessa responsabilidade. É uma responsabilidade que deve ser exercida em consciência, com discernimento, de acordo com alguns critérios”, afirmou, no âmbito das eleições legislativas do próximo domingo.

A Agência ECCLESIA publica documentos e opiniões sobre as Legislativas 2024 no separador  www.agencia.ecclesia.pt/portal/legislativas2024.

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Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 


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