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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Jovens: de marionetes a cidadãos do mundo

O Natal e o Réveillon podem ser vividos de forma diferente, reunindo-nos com os outros num grande abraço


Que fim levou o Natal? Uma vez, essa festa era dedicada à oração, à lembrança do nascimento de Jesus e à alegria de se estar em família. Nos últimos anos, este importante aniversário se tornou, para alguns jovens, em algo diferente.
Espiritualidade e recolhimento parecem estar muito fora de moda. 25 de dezembro é só a festa dos presentes.

O engraçado é que muita gente troca presentes sem nem saber por quê. A imagem cálida e poética do presépio é muitas vezes substituída pela árvore anônima, com bolas coloridas que “não ofendem a sensibilidade” de ninguém...

Ao Natal da opulência, adicionam-se poucos dias depois as grandes celebrações de Ano Novo, que se transformam num tormento psicológico que em nada lembra nem paz, nem celebração, nem felicidade. “O que você vai fazer no Réveillon?” é uma pergunta que quase obriga a responder com algo “grandioso”, extremo, exagerado. “É necessário” ir de festa em festa, de boate em boate.

O Natal opulento e o Réveillon extremo são o resultado do que se ensina aos jovens: a total ausência de uma cultura de limites que deveria estar na base de toda civilização.

Os jovens de hoje são marionetes que dão dinheiro – mas para quem os manipula. Oferece-se qualquer coisa aos jovens para fazer dinheiro às suas custas. E eles se prestam. Eles compram. Consomem. Não importa o que. O que importa é que eles comprem e deem dinheiro. Muito dinheiro.

O que pode ser feito, concretamente, para ajudar os jovens a viver um Natal e um Ano Novo mais equilibrados?
Primeiro, educar os jovens a rejeitar a não-cultura das falsas necessidades.
O objetivo de certos comerciais é fazer os jovens se sentirem perpetuamente insatisfeitos e acreditaremm que, para ser felizes, precisam de um carro ou de uma casa de luxo. Elimina-se completamente o senso de limite – como se os limites fossem um atentado e não uma segurança. Empurra-se o jovem a sempre querer algo mais, a comprar, comprar, comprar, na ilusão de parecer-se, um dia, aos modelos irreais da televisão.

É importante educar os jovens a não ser condicionados pela moda e pelo rebanho – quantas vezes eles compram não conforme o bom gosto ou o cérebro, mas conforme o rebanho? A beleza da vida, no entanto, está em descobrir a própria unicidade, a maravilha de ser único e especial!

Como dar uma virada decisiva no período de Natal e de Ano Novo? Convide os jovens a renunciarem a algo banal. A gastar em algo diferente: que tal doar algo para a caridade, por exemplo?

Um pequeno gesto, neste Natal, pode transformar fantoches em cidadãos de um mundo necessitado de amor e de mãos estendidas.


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