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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Silêncio, vamos preparar o Natal

O tempo de Natal é anunciado pelo Advento, onde o silêncio é por excelência um sinal de humilde alegria na tranquila espera do nascimento do Salvador.
O silêncio de Deus convida à contemplação, à admiração, à adoração e ao amor, porque nos quer com o Seu modo de Ser em Jesus Cristo, o Verbo feito carne, Menino,”infans”, que em latim significa o que não fala, uma presença divina, um silêncio de paz, um envolvimento amoroso do Pai com o Filho no mundo pelo Espirito Santo.
O cristão pensa e reza, faz oração face a face com Deus e o seu silêncio respira paz, humildade, descanso, serenidade e recolhimento.
Estes são tempos de silêncio interior, porque Deus fala no silêncio do coração. O fruto desse silêncio é a oração, o fruto da oração é a fé, o fruto da fé é o amor, o fruto do amor é o serviço e o fruto do serviço é a paz. Porque a paz provém de quem semeia o amor transformando-o em acção. Dá paz procurar um silêncio sagrado no trabalho, na família e na sociedade.
Mas, eis que a força dos tempos fizeram deste tempo um lugar de comércio, consequência dum vazio de sentido, duma alienação espiritual, duma manipulação ateia e consumista, em louca correria para o material, o supérfluo, o agitado e ruidoso, numa estonteante azáfama social.
Prendas, presentes, embrulhos, jantares, almoços, barulho, agitação interior e exterior, centros comerciais, vendas, mercados, tendinhas de rua, compras e mais compras, em nome de tudo e para todos, mas ausente de recolhimento, de presença divina e de uma Fé inabalável na força da oração.
“Não façais do meu aniversário um tempo de comércio, parai, pensai e rezai, pois Eu vim ao mundo para vos salvar”.

Maria Susana Mexia



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