Fundação AIS apoia iniciativa
Há quem vá acompanhar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 pela televisão ou através das redes sociais, e há os que estão a organizar a sua própria Jornada… não porque queiram concorrer com o maior encontro de jovens com o Papa, mas porque estão impossibilitados de vir a Lisboa e ainda assim querem experienciar um pouco do espírito que ali se vai viver. Assim, na cidade de Saydnaya, nos arredores de Damasco, terá lugar de 1 a 6 de agosto, a JMJ Síria.
“Devido à situação muito difícil em que se encontra este país do Médio Oriente, que atravessa uma crise económica muito forte, foi decidido organizar localmente pela Igreja umas jornadas que permitam aos jovens viver um espírito de comunhão e partilha como se estivessem em Lisboa”, explica, em comunicado enviado ao 7MARGENS, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que apoiou a iniciativa com cerca de 180 mil euros.
O encontro irá reunir, a mais de cinco mil quilómetros de Lisboa, cerca de mil jovens das dioceses de Alepo, Homs, Lattakia, Tartus, Hauran, Hama, Qamishli, Hasaka e Damasco. Saydnaya, a cidade que acolhe esta concentração de juventude, é um importante centro de peregrinação consagrado a Maria.
“Tendo em conta os numerosos atentados jihadistas sofridos em Saydnaya durante a guerra civil, o facto de este evento se poder realizar ali é já um pequeno milagre”, sublinha Xavier Bisits, coordenador dos projetos da AIS no Líbano e na Síria. Bisits destaca ainda o facto de que este será “o primeiro evento nacional” com uma grande dimensão destinado à juventude síria.
O responsável pela organização desta JMJ Síria, o padre Raafaat Abou Al-Naser, refere por seu lado que este tipo de eventos é muito importante para ajudar a mobilizar os jovens de forma a que eles se sintam motivados a permanecer no país, apesar da crise em que se encontra.
O encontro será presidido pelo Patriarca da Igreja Greco-Católica Melquita, Joseph I Absi, e o Papa já aplaudiu a iniciativa. “Jesus está ao vosso lado e toda a Igreja está próxima de vós, rezando convosco e por vós, e amando-vos com a vossa esperança, coragem e solidariedade. Reavivareis as vossas Igrejas e reconstruireis o vosso país, restabelecereis a paz e a tranquilidade”, assegurou Francisco na mensagem que fez questão de enviar aos jovens que irão participar.
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