Com sacos-cama preparados para virem a Portugal estão 34 jovens japoneses que chegarão a Lisboa acompanhados por Paula Reis Gomes, leiga consagrada, vive no Japão há mais de 30 anos. “Temos um fim-de-semana de preparação em que vamos ter o desafio de andar 10 km, de mochila às costas, ao sol para nos habituarmos e dormir em saco, porque aqui não há esse costume - é muito raro haver um saco cama e é preciso preparar os jovens”. Os católicos no Japão são uma minoria e por isso a Jornada é uma iniciativa inédita na vida dos peregrinos que se dão conta da dimensão do encontro. “Eles têm muita dificuldade em imaginar o que será uma JMJ, explicamos mas é difícil, têm sobretudo a maior expetativa de encontrar outros jovens católicos do mundo, aqui sentem-se uma minoria muito pequena e, muitas vezes diferentes”. Os símbolos da JMJ estão a peregrinar na diocese de Lisboa e percorrem as paróquias, a alguns dias do início da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023. Desde a Prisão de Vale de Judeus ao pelo ponto mais alto do Patriarcado de Lisboa, a Serra de Montejunto, a cruz e o ícone de Nossa Senhora continuam a chamar e quem chegar “àqueles que não vão à Jornada Mundial da Juventude, para que também se sintam integrados”, explicou o padre Ricardo Jacinto, pároco do Cadaval. A reportagem da Agência Ecclesia acompanha a peregrinação dos símbolos registando momentos de “alegria” e “comunhão” entre as pessoas, também entre aqueles que procuram fortalecer relações ecuménicas e o diálogo inter-religioso. “Os participantes da JMJ podem visitar lugares de culto como a mesquita, sinagoga, centro ismaili, o templo hindu e também algumas igrejas ligadas às questões inter-religiosas, como é o caso da Igreja de São Domingos e a Igreja de São Roque”, adiantou o padre Peter Stilwell, responsável no Patriarcado de Lisboa pela área. Durante a JMJ Lisboa 2023, de 1 a 6 de agosto, no campo da unidade dos cristãos, o programa “é mais variado” e existem “duas grandes comunidades que trabalham nesta área – Taizé e ‘Chemin Neuf’ – que vêm da França”, para dinamizar dois grandes espaços: a comunidade de Taizé vai “gerir todas as horas do dia, na Igreja de São Domingos” e a comunidade ‘Chemin Neuf’ vai estar “na Basílica da Estrela”, anunciou ainda o responsável. Mas haverá mais espaços ecuménicos por esses dias, passiveis de serem encontrados e visitados. Deixo-lhe ainda palavras de D. Manuel Linda que na Sé do Porto presidiu à ordenação de sete padres: “Há que despertar carismas, formar e confiar ministérios. A recente abertura dos ministérios instituídos dos Leitores, Acólitos e Catequistas à totalidade do povo de Deus pelo Papa Francisco é expressão disto mesmo. O que nos acrescenta uma nova tarefa que tem de ser executada como prioridade: promover, amparar, solidificar a participação laical em todos os domínios”. Mas há mais para ver, ler e ouvir em agencia.ecclesia.pt Encontramo-nos lá? Tenha um excelente dia! |
|
Sem comentários:
Enviar um comentário