Acompanhar a via-sacra é reconhecer em cada estação um
rosto marcado pela falta de paz. É imaginar uma história concreta das muitas
histórias que chegaram ao Papa Francisco nas suas viagens, nos encontros e
nas mãos que o procuram sedentas dessa paz que foi rezada por milhares de
pessoas no Coliseu de Roma, na noite de sexta-feira santa. E é difícil escolher
apenas um parágrafo, apenas um relato, uma prece, uma memória elucidativa de
como cada pessoa e o mundo carecem de paz. Participar na
Via-Sacra, que na tradição da igreja católica evoca os últimos passos de
Jesus, é participar de um silêncio, mas também de uma partilha de dor – não
se fica indiferente à dor de uma mãe que perde um filho na guerra, ou numa
invasão de terroristas num bairro, no relato de dois adolescentes refugiados
que lamentam a vida estagnada, sem escolas ou campos de futebol, de um jovem
russo que se sente mal por não conseguir entender uma guerra que, lhe dizem,
devia estar orgulhoso… Este ano, o Papa
Francisco acompanhou
a Via-sacra a partir da Casa de Santa Marta, tendo, horas antes, presidido
à celebração de Sexta-feira Santa na basílica de São Pedro. Com os símbolos da
Jornada Mundial da Juventude, a Unidade Pastoral de Miranda do Corvo e
Penela, na diocese de Coimbra, recriaram este ano a tradição de mais de 30
anos com uma alegria adicional. A Via-sacra é um
momento que une
a comunidade, fortalece a palavra celebrada na liturgia, e torna jovens os
menos jovens que se juntam em Sexta-feira Santa. O jornalista Henrique Matos
e o repórter de imagem João Gralha testemunharam este momento. De norte a sul do
país, a tradição católica vai conduzindo as horas… se durante o dia, o
silêncio vai imperar, com o aproximar da noite, a luz vai mostrar que a morte
não tem a última palavra. E a Agência
Ecclesia estará a acompanhar a atualidade informativa. Desejo-lhe uma boa
Páscoa, no seu contexto, nos seus encontros e nas suas procuras! PS: E já agora,
dê os parabéns ao jornalista Carlos
Borges por mais um aniversário! |
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