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sexta-feira, 17 de março de 2023

Sobre a necessidade de ouvir as vítimas...

“Quando ouvimos testemunhos, nós ficamos diferentes, penso que esta realidade faz uma grande diferença entre as pessoas: ouvir um testemunho de uma vítima é como visitar Auschwitz, fica-se para sempre diferente. Volta-se interiormente de outra maneira, atinge-se uma outra maturidade e um outro realismo”.

D. Francisco Senra Coelho afirmou que a Igreja e os seus responsáveis têm “uma dívida de humanização” com as vítimas de abusos sexuais, referindo-se também a eventuais indemnizações, e destacou as medidas que estão a ser implementadas.

“O centro da nossa preocupação é a vítima. Ao ser o centro, entendemos que aquele sofrimento vivido é irreparável, de certo modo. São danos que atingem a profundidade da pessoa. Quando digo que é irreparável, digo que temos uma dívida de humanização à vítima, aos direitos da criança, aos direitos da pessoa humana”, precisou D. Francisco Senra Coelho, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O espaço mediático vai acompanhando o que cada uma das 21 dioceses vai divulgando sobre o trabalho que está a realizar para dar corpo à «tolerância zero»: a diocese do porto anunciou o afastamento temporário de três sacerdotes, após uma investigação interna à lista de sete nomes entregue pela Comissão Independente (CI) a D. Manuel Linda.

O comunicado segue-se a uma nota divulgada a 10 de março, em que a diocese anunciava que tinha sido “iniciada a investigação prévia a respeito dos sete clérigos vivos”: “Nos arquivos diocesanos, não se encontra qualquer indício de possíveis crimes de abusos, tal como, aliás, o Grupo de Investigação Histórica já tinha verificado. À Comissão Diocesana para o Cuidado dos Frágeis também não chegou qualquer denúncia relativamente a estes nomes”, podia ler-se.

Segundo o comunicado, estavam a decorrer diligências, que incluíram reuniões do bispo diocesano, D. Manuel Linda, com várias pessoas, “à procura de eventuais informações complementares” que pudessem justificar a implementação de medidas, tornadas agora públicas.

A Rede Europeia Anti-Pobreza – EAPN/Portugal vai organizar uma ‘Cimeira de Pessoas’, onde quer ouvir diretamente “as pessoas em situação de pobreza”, juntando “entidades da sociedade civil” e “peritos” da área.

“Com o tema «Não há Europa Social sem Direitos Sociais», a EAPN/Portugal e a EAPN/Europa acreditam que deve ser promovida uma reflexão conjunta envolvendo as pessoas mais vulneráveis, entidades da sociedade civil e alguns peritos, acerca dos resultados que o Plano de Ação tem alcançado e que prevê alcançar, assim como, do que ainda é necessário fazer para se cumprirem as metas estabelecidas até 2030”.

A Cimeira está marcada para esta sexta-feira, na Fundação Cupertino de Almeida, no Porto, e vai contar com “testemunhos na primeira voz de pessoas em situação de pobreza, tanto a nível europeu como português”, fazendo um “balanço” do Pilar Europeu dos Direitos Sociais (PDES) e das metas do Plano de Ação definidas na Cimeira Social do Porto, em 2021.

Se não acompanhou em direto, procure a conversa com o músico Sérgio Peixoto no podcast «Alarga a tua tenda», local onde pode descobrir outras conversas e sensibilidades na procura espiritual que a todos une. Nesta conversa ouvimos música, deixamos que ela nos sensibilize e nos leve a lugares de sensibilidade.  

No portal agencia ecclesia encontra mais informação para ler, ver e ouvir!

Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente dia e um otimo fim-de-semana!

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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