“Quando ouvimos testemunhos, nós ficamos diferentes, penso
que esta realidade faz uma grande diferença entre as pessoas: ouvir um
testemunho de uma vítima é como visitar Auschwitz, fica-se para sempre diferente.
Volta-se interiormente de outra maneira, atinge-se uma outra maturidade e um
outro realismo”. D. Francisco Senra
Coelho afirmou que a Igreja e os seus responsáveis têm “uma dívida de
humanização” com as vítimas de abusos sexuais, referindo-se também a
eventuais indemnizações, e destacou as medidas que estão a ser implementadas. “O centro da nossa
preocupação é a vítima. Ao ser o centro, entendemos que aquele sofrimento
vivido é irreparável, de certo modo. São danos que atingem a profundidade da
pessoa. Quando digo que é irreparável, digo que temos uma dívida de
humanização à vítima, aos direitos da criança, aos direitos da pessoa
humana”, precisou D. Francisco Senra Coelho, em entrevista
à Agência ECCLESIA. O espaço mediático
vai acompanhando o que cada uma das 21 dioceses vai divulgando sobre o
trabalho que está a realizar para dar corpo à «tolerância zero»: a diocese do
porto anunciou o afastamento temporário de três sacerdotes, após uma
investigação interna à lista de sete nomes entregue pela Comissão
Independente (CI) a D. Manuel Linda. O comunicado segue-se
a uma nota divulgada a 10 de março, em que a diocese
anunciava que tinha sido “iniciada a investigação prévia a respeito dos sete
clérigos vivos”: “Nos arquivos diocesanos, não se encontra qualquer indício
de possíveis crimes de abusos, tal como, aliás, o Grupo de Investigação
Histórica já tinha verificado. À Comissão Diocesana para o Cuidado dos
Frágeis também não chegou qualquer denúncia relativamente a estes nomes”,
podia ler-se. Segundo o comunicado,
estavam a decorrer diligências, que incluíram reuniões do bispo diocesano, D.
Manuel Linda, com várias pessoas, “à procura de eventuais informações
complementares” que pudessem justificar a implementação de medidas, tornadas
agora públicas. A Rede Europeia
Anti-Pobreza – EAPN/Portugal vai organizar uma ‘Cimeira
de Pessoas’, onde quer ouvir diretamente “as pessoas em situação de
pobreza”, juntando “entidades da sociedade civil” e “peritos” da área. “Com o tema «Não há
Europa Social sem Direitos Sociais», a EAPN/Portugal e a EAPN/Europa
acreditam que deve ser promovida uma reflexão conjunta envolvendo as pessoas
mais vulneráveis, entidades da sociedade civil e alguns peritos, acerca dos
resultados que o Plano de Ação tem alcançado e que prevê alcançar, assim
como, do que ainda é necessário fazer para se cumprirem as metas
estabelecidas até 2030”. A Cimeira está
marcada para esta sexta-feira, na Fundação Cupertino de Almeida, no Porto, e
vai contar com “testemunhos na primeira voz de pessoas em situação de
pobreza, tanto a nível europeu como português”, fazendo um “balanço” do Pilar
Europeu dos Direitos Sociais (PDES) e das metas do Plano de Ação definidas na
Cimeira Social do Porto, em 2021. Se não acompanhou em
direto, procure a conversa
com o músico Sérgio Peixoto no podcast «Alarga
a tua tenda», local onde pode descobrir outras conversas e sensibilidades
na procura espiritual que a todos une. Nesta conversa ouvimos música,
deixamos que ela nos sensibilize e nos leve a lugares de sensibilidade.
No portal agencia
ecclesia encontra mais informação para ler, ver e ouvir! Encontramo-nos lá? Tenha um excelente
dia e um otimo fim-de-semana! |
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