Em sintonia com a ecologia humana, o Meeting de Rímini discute a mobilidade sustentável
Roma,
26 de Agosto de 2015
Grandes cidades, meio ambiente e mobilidade sustentável foram
abordados com destaque no Encontro de Rímini deste ano. A mobilidade nos
grandes centros urbanos até 2050 é uma prioridade para todos.
O moderador do debate, Domenico Lombardi, diretor do Centro Internacional de Inovação e Governança do Canadá, recordou que três quartos da população mundial nas próximas três décadas residirá em grandes centros urbanos e que 41 cidades em países emergentes da África e da Ásia terão pelo menos dez milhões de habitantes. "São número enormes que nos devem nos fazer pensar e direcionar essas cidades à mobilidade sustentável, para alcançar uma redução significativa na emissão de gases de efeito estufa".
O moderador do debate, Domenico Lombardi, diretor do Centro Internacional de Inovação e Governança do Canadá, recordou que três quartos da população mundial nas próximas três décadas residirá em grandes centros urbanos e que 41 cidades em países emergentes da África e da Ásia terão pelo menos dez milhões de habitantes. "São número enormes que nos devem nos fazer pensar e direcionar essas cidades à mobilidade sustentável, para alcançar uma redução significativa na emissão de gases de efeito estufa".
“A Itália está na linha da frente, junto com outros parceiros
europeus, no compromisso de reduzir as emissões de CO2”, disse o
ministro italiano do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti. “Com outros 28
países, chegamos ao acordo juridicamente vinculativo de impor multas
pesadas aos países não alinhados, visando a uma redução gradual da quota
de gases de efeito estufa de pelo menos 40%”.
O compromisso é muito relevante em vista da conferência de Paris, agendada para o final deste ano, onde 193 países tentarão um acordo para reduzir a emissão de gases que causam o superaquecimento do planeta. Galletti é otimista: "Não devemos ver isto como uma imposição, mas como uma grande oportunidade económica e social para as empresas e para os cidadãos".
O compromisso é muito relevante em vista da conferência de Paris, agendada para o final deste ano, onde 193 países tentarão um acordo para reduzir a emissão de gases que causam o superaquecimento do planeta. Galletti é otimista: "Não devemos ver isto como uma imposição, mas como uma grande oportunidade económica e social para as empresas e para os cidadãos".
O compromisso deve ser de todos: "Hoje, um terço das emissões vem da
indústria. As próximas medidas concretas para proteger o meio ambiente prevêem a cooperação de todos, da indústria aos transportes, da energia à
coleta seletiva de resíduos".
Roberto De Santis, presidente do consórcio italiano Conai, focado na
recuperação e reciclagem de embalagens, observou que "a nossa missão é a
gestão adequada de seis materiais de embalagem: aço, alumínio, papel,
madeira, plástico e vidro (...) Em 2014, o consumo aumentou 2,6% em
relação a 2013, atingindo 11,6 milhões de toneladas. Também cresceu, em
3,2%, a recuperação de embalagens usadas: 78,3% do total. A reciclagem
total foi de 68,3% (aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior).
São números importantes, que eles chamam empresas, administrações
públicas e cidadãos a um novo senso de responsabilidade. As pesquisas
mostram que nem todas as regiões se comportam virtuosamente. As regiões
centrais e do norte estão mais ativas que o resto da Itália".
Para falar do transporte, interveio Michele Mario Elia, da estatal
ferroviária italiana (Ferrovie dello Stato): "Temos dois objetivos
estratégicos: dotar o país de um sistema avançado de alta velocidade e
melhorar radicalmente o transporte local". Os investimentos priorizarão a
construção de infraestruturas e compra de novos trens.
"Os trens de alta velocidade são relativamente novos, por isso a meta
para essa rede é otimizar rotas importantes como Nápoles-Bari,
Catânia-Palermo, Roma-Veneza e Milão-Bari. A maior energia vai ser
focada no transporte local, pelo impacto que ele tem na mobilidade e na
vida das pessoas. O compromisso é substituir toda a frota de transporte
local, além de melhorar a sinergia com as cidades para integrar os
serviços".
No tocante à energia, coube a palavra a Carlo Tamburi, da Enel Itália:
"O desafio do futuro é a mobilidade elétrica. A Enel vai instalar 150
pontos de recarga de carros elétricos, em parceria com algumas cidades
como Florença, Brindisi e outras da região da Emilia-Romagna. Hoje a
tecnologia permite recarregar um carro em 20 minutos para percorrer 300 a
400 km. O custo de comprar carros e motos elétricas caiu, tornando-os
sustentáveis e economicamente úteis para as pequenas empresas e
famílias".
A reunião foi encerrada com a apresentação de 15 pontos para o desenvolvimento da mobilidade sustentável:
1) Compartilhar um Plano Estratégico Nacional de Mobilidade Urbana
Sustentável. O plano proporcionará um quadro de referência flexível e
não vinculativo, em especial para desincentivar o tráfego de veículos;
2) Simplificar as normas e integrar os processos. É necessário assegurar
a plena harmonização das políticas de mobilidade e garantir a
eficiência das operações e a eficácia dos investimentos;
3) Programar os Planos Urbanos de Mobilidade Sustentável, indispensáveis
para cidades com população superior a 100.000 habitantes e para as
cidades metropolitanas;
4) Colocar as pessoas no centro. Redefinir o planeamento e a gestão dos
processos priorizando as pessoas e os lugares, não os carros e o
trânsito, e oferecendo modalidades que privilegiem o tráfego de
pedestres, o transporte coletivo e público e o uso da bicicleta;
5) Integrar os sistemas de transporte: ônibus, VLTs, trens, bicicletas, tráfego de pedestres, estações;
6) Expandir o espaço para a mobilidade não motorizada, com áreas de
velocidade limitada, ilhas ambientais, calçadões e ampla rede de
ciclovias;
7) Compartilhar a experiência, promovendo a partilha de espaços públicos
e veículos particulares e encorajando a mobilidade compartilhada;
8) Incentivar a mobilidade eléctrica;
9) Planejar a distribuição urbana de mercadorias. A organização dos
fluxos de mercadorias em áreas urbanas é crucial para o desenvolvimento
sustentável das cidades e deve ser melhorada com modelos avançados de
logística, priorizando mecanismos de recompensa em vez de proibição;
10) Eliminar progressivamente as barreiras ao movimento de usuários com
mobilidade reduzida e garantir que cada opção de transporte favoreça as
pessoas com deficiências de mobilidade;
11) Investimento em mobilidade, direcionando as receitas de pedágio à mobilidade sustentável;
12) Promover a justiça fiscal, aplicando taxas veiculares que incentivem a utilização equitativa dos espaços públicos;
13) Incentivar o desenvolvimento de políticas voltadas à gestão da
mobilidade em todos os níveis, inclusive criando cursos de gestão da
mobilidade para envolver imediatamente as novas gerações;
14) Promover as novas tecnologias, incentivando a difusão de sistemas de
comunicação digital para desenvolver os serviços de informação ligados à
mobilidade (para o transporte público, para os motoristas, para as
empresas e para os meios não motorizados);
15) Sensibilizar a opinião pública para receber medidas inevitavelmente
"impopulares", mas urgentes para a proteção da saúde pública, para a
habitabilidade urbana e para o desenvolvimento económico.
(26 de Agosto de 2015) © Innovative Media Inc.
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