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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Papa pede soluções de paz aos representantes diplomáticos

Convido-o a olhar para as palavras que o Papa Francisco dirigiu ontem ao corpo diplomático. Num discurso não lido por si, mas por um colaborador da Secretaria de Estado do Vaticano devido a uma constipação, Francisco apelou ao compromisso da comunidade internacional para soluções de paz na Ucrânia e no Médio Oriente, denunciando violações do direito humanitário e violência contra civis.

“O meu desejo para este ano de 2025 é que toda a comunidade internacional se esforce, antes de mais, para pôr fim à guerra que ensanguenta a martirizada Ucrânia há quase três anos e que causou um enorme número de vítimas, incluindo tantos civis”, referiu.

O Papa insistiu também no perdão da dívida de países pobres e nos pedidos de justiça ecológica, afirmando “nãos e tratar de um ato de solidariedade” mas de “justiça”, inaugurando uma nova relação entre países, do Norte e do Sul, conscientes da “dívida ecológica” que marca alguns.

No tradicional encontro para os cumprimentos de Ano Novo, que contou com representantes diplomáticos de vários países, o Papa criticou ainda os discursos que promovem a desconfiança perante os migrantes.

 “Com grande deceção, registo que a migração continua envolta numa escura nuvem de desconfiança, em vez de ser vista como uma fonte de desenvolvimento. As pessoas que se deslocam são consideradas apenas como um problema a gerir”, referiu ainda.

O encontro não esqueceu a “grave crise” que se vive em Moçambique, com o Papa a afirmar-se preocupado com a “grave crise política” no país, e a lembrar outros conflitos no mundo, e pediu ainda a “libertação de presos políticos e fim da violência na Venezuela”.

Por cá, quando os deputados na Assembleia da República discutem hoje projetos de alteração à lei da interrupção voluntária da gravidez, apresentados pelo Partido Socialista (PS), Bloco de Esquerda (BE), PCP, Livre e PAN, o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, da Conferência Episcopal Portuguesa, apelou a “uma mudança de direção”, alertando para uma “via da liberalização do aborto”.

“O que está em causa não é somente autorizar a mulher a interromper a gravidez até às dez, 12 ou 14semanas de gravidez. Trata-se de percorrer a via da liberalização do aborto, na qual o Estado se compromete a assegurar os meios para eliminar a vida humana nascente… sem crime, sem problemas de consciência, sem despesas”, assinala D. Nuno Almeida, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Relembro ainda que amanhã acontece o Encontro Sinodal nacional, que quer partilhar as realidades diocesanas quanto ao Sínodo, de forma a encontrar objetivos comuns para a Igreja em Portugal.

O Encontro Sinodal nacional, cuja realização foi anunciada no final da 210ª Assembleia Plenária da CEP, a 14 de novembro, tem inscritas 280 pessoas, incluindo mais de 20 bispos, que vão refletir sobre o Documento Final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos e a Sinodalidade e a sua aplicação prática no seio das comunidades e será, no final, aberto à comunicação social.

Deixo-lhe ainda o convite para escutar o episódio mais recente do podcast «Alarga a Tua tenda», que recebeu Ana Lúcia Agostinho como convidada.

Encontra mais informação para ler, ver e ouvir em agencia.ecclesia.pt

Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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