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terça-feira, 25 de julho de 2017

Uma homenagem a todos os Avós


No dia 26 deste mês comemorou-se mais um dia dos avós. Muitos de nós, recordamos com imensa saudade, aqueles rostos enrugados pelas asperezas da vida, habitualmente sorridentes, trazendo consigo a tranquilidade que nos faltava. Sentávamos a ouvir as histórias dos nossos pais quando estes eram mais jovens, tentávamos saber se eles portavam-se sempre bem, etc…. Era curioso, os nossos pais eram sempre lembrados como uns meninos muito bem-comportados, estudiosos, enfim! Depois vínhamos a saber de alguma maneira que não era bem assim…O amor dos nossos avós pelos seus filhos fez esquecer tudo o que foi menos agradável, retendo apenas as boas memórias. Essas conversas eram recheadas de valores que sem darmos conta iam enriquecendo o nosso coração e foram determinantes para forjar uma personalidade sadia. De facto, as horas que os nossos avós passaram connosco, sempre disponíveis, apesar de muitas vezes estarem fatigados pela sua idade já avançada, foram recheadas de autênticas lições de cátedra que não se aprendem em nenhum livro, mas o conhecimento e a vivência de uma vida cheia de luzes e sombras.

Atualmente, muitos avós ainda estão no activo e, portanto, com muito menos tempo para estar com os seus netos, mas muitas vezes são eles o guardião de pais desavindos. Por isso, deixo uma reflexão a todos os decisores políticos acerca do prolongamento da idade da reforma, se os avós ficam a trabalhar muito tempo, o seu papel de vanguarda de uma família fica muito reduzido e as memórias de uma família vão se esvanecendo bem como toda a riqueza cultural de gerações.

Maria Guimarães



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