A terra
é boa, a sementeira é boa, porém, enquanto o homem dormia, veio o inimigo e
semeou o mal no meio do bem. É uma parábola, parece uma história, mas é a
realidade da nossa existência e do mundo em que vivemos. Ontem, como hoje, esta
imagem não perdeu actualidade.
O erro, a mentira e o mal são reflexos do “joio” que, intencionalmente,
vai sendo lançado no meio de nós, se confunde com o bem e com a verdade, de tal
forma que, por vezes, não os distinguimos.
Enquanto os filhos de Deus dormem, o inimigo semeia o joio na maior das
calmas e com toda a impunidade. São as meias mentiras ou falsas verdades, são
as notícias desfiguradas e manipuladas ao sabor dos seus interesses, são as
ideias demolidoras sobre o casamento e a família normal, é a demagogia
apelativa e sedutora sobre o aborto, a eutanásia e a transmissão de valores
errados, da educação sexual distorcida e manipulada e tantos outros enganos que
maldosamente vão sendo impingidos diariamente, de modo aparentemente racional e
lógico, ao pacífico e adormecido cidadão, que se vai deixando corroer e minar
por esta enorme praga de joio com que é sistematicamente invadido.
O mal serve-se de todos os meios e não descansa, porém, cabe a nós não
permitirmos que este assédio nos estrague a colheita do bom trigo. É tarefa de
todos estarmos atentos e vigilantes para defendermos os nossos campos e não
permitirmos que o “inimigo” penetre no nosso terreno e destrua as nossas vidas
e vandalize os nossos bens.
Vencer a força do mal com o bem é o desafio que nos compete, é a tarefa
que o mundo espera e exige de todos. Não é um direito, é um dever fazer com que
o ambiente não influa em nós, mas sermos antes agentes de mudança na sociedade
em que vivemos e estamos inseridos.
Em tempos de crise educacional, moral, emocional e afectiva, sejamos
obreiros na construção duma sementeira melhor, com mais trigo e menos joio.
Maria d´Oliveira
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