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terça-feira, 25 de julho de 2017

A praga do joio

A terra é boa, a sementeira é boa, porém, enquanto o homem dormia, veio o inimigo e semeou o mal no meio do bem. É uma parábola, parece uma história, mas é a realidade da nossa existência e do mundo em que vivemos. Ontem, como hoje, esta imagem não perdeu actualidade.

O erro, a mentira e o mal são reflexos do “joio” que, intencionalmente, vai sendo lançado no meio de nós, se confunde com o bem e com a verdade, de tal forma que, por vezes, não os distinguimos.

Enquanto os filhos de Deus dormem, o inimigo semeia o joio na maior das calmas e com toda a impunidade. São as meias mentiras ou falsas verdades, são as notícias desfiguradas e manipuladas ao sabor dos seus interesses, são as ideias demolidoras sobre o casamento e a família normal, é a demagogia apelativa e sedutora sobre o aborto, a eutanásia e a transmissão de valores errados, da educação sexual distorcida e manipulada e tantos outros enganos que maldosamente vão sendo impingidos diariamente, de modo aparentemente racional e lógico, ao pacífico e adormecido cidadão, que se vai deixando corroer e minar por esta enorme praga de joio com que é sistematicamente invadido.

O mal serve-se de todos os meios e não descansa, porém, cabe a nós não permitirmos que este assédio nos estrague a colheita do bom trigo. É tarefa de todos estarmos atentos e vigilantes para defendermos os nossos campos e não permitirmos que o “inimigo” penetre no nosso terreno e destrua as nossas vidas e vandalize os nossos bens.

Vencer a força do mal com o bem é o desafio que nos compete, é a tarefa que o mundo espera e exige de todos. Não é um direito, é um dever fazer com que o ambiente não influa em nós, mas sermos antes agentes de mudança na sociedade em que vivemos e estamos inseridos.

Em tempos de crise educacional, moral, emocional e afectiva, sejamos obreiros na construção duma sementeira melhor, com mais trigo e menos joio.

Maria d´Oliveira



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