O Serviço Jesuíta aos Refugiados pede protecção para todos os refugiados, não prendê-los e proteger as crianças e os idosos
Inmigrantes Llegan A Lesbos (Foto- Darrin Zammit Lupi : JRS Europa - 26 De Enero 2016) |
No próximo sábado o Papa Francisco visitará a ilha grega de Lesbos.
Tal acontecimento dará visibilidade à situação dos refugiados e mostrará
a necessidade de colaboração internacional entre os agentes do governo e
organizações não governamentais.
O pontífice chega em um momento crítico no qual, como denuncia o
Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), um acordo recente da EU permite a
devolução à Turquia dos refugiados e migrantes que cheguem às costas
gregas.
Além das 820.000 pessoas que entraram na Europa através da Grécia em
2015, mais de 150.000 refugiados e migrantes chegaram na Grécia este
ano, mais da metade chegou precisamente em Lesbos. A agência da ONU para
os refugiados anunciou que mais de 22.000 menores não acompanhados
estão presos na Grécia enfrentando um futuro incerto de possível
violência e exploração.
O JRS recorda que “o Papa Francisco tem uma história de compromisso
com o trabalho ecuménico e inter-religioso, e assim continuará ao
acompanhar Bartolomeu I e Jerónimo II, líderes dos cristãos ortodoxos e
da Igreja ortodoxa grega, respectivamente, na sua viagem. Assim o
compromisso do JRS com os mais necessitados continua, independente da
sua religião ou nacionalidade.
O comunicado termina indicando três pontos que JRS considera como o
caminho que devem seguir os governos na Europa: Garantir o acesso
efectivo à protecção de todos os refugiados, independente da sua
nacionalidade; não prendê-los e dar atenção especial às necessidades das
pessoas em situação de risco, como são as crianças não acompanhadas em
trânsito; ter em conta, de forma individual, os casos de asilo.
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