A
palavra comunicação é uma das mais importantes na vida humana, merecendo
uma reflexão e cuidado especial. Tentaremos expor aqui algumas breves ideias
sobre o tema.
A
primeira diz respeito ao seu significado. Embora possamos dar-lhe vários sentidos,
como “meios de comunicação rodoviários”, “comunicação social”, “comunicação
gestual”... há sempre uma realidade presente que é a de ligação. Assim,
os meios de comunicação rodoviários ligam cidades; os jornais, rádios,
os meios de comunicação em geral ligam as pessoas com as notícias.
Percebemos, assim, que há meios de comunicação mais ricos
do que outros, por facilitarem um contacto mais humano, mais profundo. Os automóveis,
camionetes, motos...não sabem que prestam um serviço de comunicação, mas
quem os inventou e organizou, sim, quis tonar possível a deslocação de pessoas
ou bens.
A
realidade da comunicação social é mais rica, mas ainda insuficiente. Mesmo no
caso dos meios audiovisuais, em que os receptores de notícias usam os sentidos
da vista e do ouvido para tomarem conhecimento do que se passa no mundo. Numa
comunicação mais rica e completa deverá existir retorno, um dar e receber,
aquilo a que poderíamos chamar diálogo, pois o que se dá de volta está longe de
corresponder ao mesmo que se recebe. Na verdadeira comunicação não existe espelho
que reflita a imagem do que lhe está defronte. A comunicação humana é rica precisamente
porque todos devemos ser capazes de dar e receber conhecimentos, amizade, ajuda,
amor... Por isso, podemos considerar o ambiente familiar como um meio de
comunicação excelente.
A
família merece um parágrafo próprio, pois nela podemos comunicar de muitos modos.
É na família que encontramos um modo único, exclusivo de comunicar: a comunicação
da vida. E há muito mais: a comunicação de bens que são postos em comum com os
familiares e mediante a hospitalidade. Durante as refeições partilha-se o pão
que alimenta o corpo, mas também o pão que alimenta o espírito. Os pais, os avós
e as visitas ocasionais formam as crianças com as suas conversas, com o seu
exemplo, com as suas tradições, com a sua sabedoria e experiência de vida, mas,
sobretudo, com o seu acompanhamento, desde o nascimento até à morte. A
comunicação entre gerações é enriquecedora para jovens e idosos. Uns e outros são
excelentes transmissores de novidades que se voltam a comunicar a irmãos, avós,
tios, primos, amigos...
Porém,
nem sempre a comunicação é bem-sucedida, seja pela fraqueza do comunicador,
seja pela dificuldade do receptor que põe em dúvida ou rejeita a mensagem. Não é
bem conhecida a dificuldade de comunicação entre pais e seus filhos adolescentes?
Existirá um meio de comunicação ainda melhor, que possa unir todas as pessoas e
todas as situações? Tenho a alegria de, através da escrita (já de si uma forma de
comunicar), poder dar a boa notícia de dizer que sim. Essa melhor forma de
comunicação é a oração.
Graças
à oração, podemos comunicar com todas as pessoas, vivas ou já falecidas. Graças
à oração, podemos comunicar sem necessidade de dispendiosos meios de comunicação.
Graças à oração, podemos comunicar com sucesso garantido; não há interferências,
nem mal-entendidos. Pode acontecer que haja quem rejeite as ideias transmitidas
por formadores, e até a própria Fé, pois a oração respeita a liberdade do homem.
As almas do Purgatório, essas, não só agradecem as nossas orações como
retribuem, intercedendo por quem as ajuda enquanto estão na terra e acompanhando-as
no momento da morte e chegada ao Céu.
Termino este texto, pedindo a todos os meus leitores, seja qual for o seu credo, que usem muito este excelente meio de comunicação e, já agora, que não se esqueçam de rezar por esta vossa amiga, agora e quando chegar o momento de prestar contas a Deus, seu criador.
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