O Colégio da Imaculada Conceição, criado pelos jesuítas portugueses e localizado em Cernache (Coimbra), encerra no final deste ano lectivo e não reabrirá as suas portas em 2019-2020.
Em comunicado tornado público, os responsáveis da escola justificam “esta difícil determinação” com a decorrente “grave situaçãofinanceira que o colégio atravessa há três anos e que foidesencadeada em 2016 pelo final dos Contratos de Associação com o Estado Português, em vigor há 40 anos.”
A instituição justifica como motivo principal para a falta de sustentabilidade que pudesse aí assegurar a continuidade do ensino “o número reduzido de alunos que frequentaram o colégio nos últimos dois anos, o número claramente insuficiente de inscrições para o próximo ano lectivo e as perspectivas negativas em relação à sua evolução em anos posteriores”.
Os responsáveis da escola esclarecem ainda que desenvolveram “todos os esforços para reconfigurar o Colégio à nova condição de colégio privado, onde o essencial dos encargos passou a ser assumido pelas famílias”: renovaram “a identidade do projeto pedagógico, do maior envolvimento das famílias, do investimento na inovação e renovação pedagógicas e do reforço do marketing”, ao memso tempo que tomaram medidas “no sentido de reduzir os encargos, de envolver doadores e de captar novos alunos, oferecendo uma proposta educativa exigente, centrada no desenvolvimento pessoal e comunitário, como ditam os princípios da pedagogia inaciana”. Mas os resultados, em termos de adesão de novos alunos não foram “os desejados”. Nem sequer pelo facto de o Colégio ter assegurado, durante um ano (2016-17) “o seu funcionamento em regime gratuito para os alunos, mesmo já tendo terminado o financiamento do Estado num número muito significativo de turmas”.
As cerca de duas centenas de alunos que frequentaram o colégio no ano lectivo que agora termina devem vir a ser transferidos para outros estabelecimentos de ensino da região. O mesmo deve acontecer com os alunos que frequentavam um curso profissional na área da cozinha e restauração.
Os trabalhadores docentes e não docentes têm garantida “uma indemnização pelos anos de dedicação ao serviço desta obra apostólica”, indica o comunicado.
Fundado em 1955 e com contrato de associação com o Estado desde 1978, o Colégio da Imaculada Conceição foi responsável pela formação de mais de 10 mil alunos da região.
A actividade dos dois outros colégios jesuítas em Portugal, situados em Lisboa e Santo Tirso, mantém-se como até aqui, finaliza o documento.
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