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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Amar o Mundo

Ando, caminho, círculo, tendo sempre em mira que o mundo alcance a perfeição possível, uma luta continua em prol do bem-estar da humanidade. Ainda assim, parece constituir às vezes uma luta inglória o querer ser semeador de paz, e almejar o bem. Mas mesmo assim não podemos os braços ainda que os resultados não sejam visíveis. A seu tempo, algo ficará, enquanto sonhadores contínuos de um universo em paz, sem fome, sem guerras, com um meio ambiente saudável, com uma justiça social onde todos e cada um tenham um espaço condigno a todos os níveis. Torna-se necessário querer o Bem da humanidade. Porque, enquanto o homem sonha positivamente, o mundo avança, caminhando num sentido favorável numa estrada, repleta de bons propósitos que auguram a felicidade nas famílias e no mundo. Porque existe pleno emprego, habitação, serviços de saúde, sociais, de justiça e de educação que correspondam às reais necessidades sentidas, o respeito pela liberdade de cada um e, sobretudo, porque já não se ouvirá falar em níveis de pobreza, em fome, em guerra, em marginalização, em refugiados, em bombas atómicas, em violência, num verdadeiro clima de Paz e de Amor. Para não ficarmos em utopias estéreis, torna-se necessário amar o mundo, querer que ele seja cada vez melhor. Um dia, se a mensagem passada for positiva, será alcançada um assomo de paz mundial.

Mas que sinais nós encontramos, hoje em dia, a transmitir para alcançar esse objetivo? Todos temos aqui um papel importante a desempenhar enquanto veiculadores de paz e de justiça social. Baixamos os braços ou, independentemente das situações que vivenciamos, continuamos a dar o nosso melhor em prol desse objetivo? Talvez a perfeição não exista, mas pode fazer-se sempre mais e melhor. Esta luta não é, de todo, inglória e vã. É como uma semente que se lança e que um dia virá a alcançar o ideal pelo qual nos empenhámos e nos desgastámos. Talvez não seja como sonhámos inicialmente, mas sim como uma pedra lançada no charco que vai produzindo círculos e mais círculos, alargando o nível de intervenção, quando os nossos propósitos têm um fundamento sustentável, justo que acrescente um valor positivo e útil à sociedade, colmatando uma lacuna sentida, que vai atraindo assim novos elementos, para uma causa que já não será só nossa, mas que passa a ser de todos, dando voz a uma necessidade explícita. Refiro-me a várias situações que sucedem hoje em dia. Crianças a serem separadas dos seus pais; refugiados devido a guerras, a ataques terroristas, pobreza extrema, entre outros. Àquilo a que gostaria de dar ênfase, é que cada vez mais, se torna necessário dar voz à sociedade civil, para que tenha uma intervenção adequada, reclamando a correção de injustiças, junto das instituições com poder para o fazer em tempo útil. Por estas situações mencionadas, entre muitas outras com um cariz de uma enorme gravidade, enfatizo que se reveste da maior importância ter um papel ativo na sociedade em que vivemos.

E por que não investir também no desenvolvimento dos povos, criando condições para que os nativos com a ajuda de organizações de bem-fazer possam desenvolver-se a si próprias? Estou a pensar na instituição internacional Harambee que tem como lema: Ajudar África a ajudar-se.

E um dia cada um de nós partirá em paz, independentemente dos resultados obtidos, porque o sentimento que a todos nos unia era nobre, por causas justas, no bem-estar e no progresso civilizacional, sendo que não podemos contar unicamente com a nossa força, mas sim, com o apoio da graça divina. E Deus escreve direito por linhas tortas. Que Santa Maria, Rainha da Paz, nos ajude a fazer a vontade de Deus!

Maria Helena Paes



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