sexta-feira, 30 de março de 2018
O Seder de Pessah (a ceia da Páscoa judaica) começa com perguntas, porque as perguntas são a base da liberdade, diz o rabi Eliahu Birnbaum. Falando neste vídeo, em castelhano, sobre a refeição ritual que recorda a saída dos israelitas do regime de escravatura a que estavam sujeitos no Egipto dos Faraós, o rabi Birnbaum acrescenta: “Uma pessoa que é um escravo não pode fazer perguntas”. “Fazer uma pergunta significa expandir-se, expandir o seu pensamento”, de modo a mudar o mundo e mudar-se a si mesmo”, acrescenta.
O rabi Eliahu Birnbaum é responsável do movimento Shavei Israel, que procura aproximar comunidades que se afastaram do judaísmo por circunstâncias diversas (aqui, pode ler-se uma entrevista, em castelhano, sobre esse trabalho).
No Seder (que é celebrado hoje, sexta-feira, 30 de Março, ou dia 14 do mês de Nisan do ano de 5778 do calendário hebraico), não se trata de fazer apenas perguntas informativas acerca do que aconteceu há uns 3200 anos atrás, acrescenta ainda Birnbaum. Mas também perguntas “pessoais e existenciais”, de modo a que cada um sinta que saiu também do Egipto – e não apenas os seus antepassados –, de forma a criar “um vínculo entre a nossa geração e a geração que saiu do Egipto”.
(aqui pode ouvir-se, com a tradução para português e em versão animada, uma interpretação de Echad Mi Yodea, a canção tradicional que as crianças entoam, no início da refeição de Seder.)
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