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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Hino à Alegria, à Boa Disposição, à Paz Interior e Externa

Ainda recentemente, celebrámos o nascimento do Menino Jesus, a entrada no ano 2018, o Dia Mundial da Paz, a Solenidade da Maternidade Divina de Nossa Senhora, entre outros. Para trás ficaram os acontecimentos relativos ao ano 2017. Alguns deles menos bons, não os esqueceremos jamais. Mas partimos para uma nova viagem, repletos de alegria e de esperança em que os novos acontecimentos, as novas lutas propostas, esperamos que venham a obter os objetivos que tínhamos traçados, que se revele ser um ano abençoado. Para esse efeito, revigorados com o contributo que as festividades, o ambiente da época natalícia com tudo o que de bom implica, nomeadamente a reaproximação das famílias e dos amigos, o convívio subjacente, alguns dias de descanso, de descompressão e de socialização, com um sentimento de uma paz interior, preparamo-nos para esta viagem, com a duração de 12 meses, 365 dias, em que tudo se encontra em aberto nesta estrada da vida. O futuro a Deus pertence. Reveste-se da maior importância a paz nas famílias, um bom ambiente familiar, o mundo sem guerras e conflitos, neste caminhar apressado rumo à eternidade.

Com alguma nostalgia recordei a reunião familiar da consoada, os imprevistos de última hora, mas tudo contribuiu para o bem. Quem veio estava muito bem-disposto como só podia ser neste dia carregado de simbolismo. A ceia estava ótima. Tudo uma delícia. As crianças encantavam-nos com as suas graças, as suas descobertas, ansiosas por nos mostrarem a sua evolução, as suas habilidades e os seus conhecimentos. Os ausentes foram recordados com muito amor e saudade. Sobretudo, havia uma enorme harmonia familiar à volta do presépio à espera da almejada meia-noite. E quando ela chegou, o Menino Jesus foi colocado no presépio, deitado na manjedoura, ao lado de Maria e de José. Os mais pequenos depois de o terem beijado, questionavam: “É agora que chegam os presentes?” Na realidade, ouviu-se um barulho no exterior.”Deve ser o Pai Natal com as prendas”! Depois houve uma distribuição de prendas para as crianças. Há algum tempo que estava combinado que seria só para elas. Depois chegou a hora do regresso a casa. O dia seguinte seria celebrado noutro local. E assim foi. Também correu lindamente o almoço com uma amiga sem família. Parece já tão distante! Depois veio o final do ano, também em família. Como estava feliz a minha neta a brindar à chegada do novo ano referindo: “Muita paz, muito amor e carinho para todas as pessoas. Que seja um ano muito bom para todos, ricos e pobres, sem fome, sem guerra, sem atentados, sem doenças”… Estava feliz, cheia de alegria, e de bons votos.

Como cresceu a minha neta, fico tão admirada com a sua vivacidade! Está-me sempre a ensinar novas coisas, em particular a sua espontaneidade, as demonstrações de carinho, bem como a sua alegria. Veio-me ao pensamento alguns dias passados nesta época na cidade de Roma. A Piazza Navona repleta de famílias descontraídas, a passearem, bem como na Piazza di Spagna, na Viale del Corso até à Piazza del Popolo com as suas três belas igrejas… Sobretudo, importa salientar, a majestosa Praça de S. Pedro, no Vaticano, exibindo o seu belíssimo Presépio e a Árvore de Natal. Recordo que então ecoava nesta Praça o som da música Adeste Fideles (embora a sua autoria efetiva seja incerta, é vulgarmente atribuída ao Duque de Bragança, que viria a ser mais tarde o rei D. João IV de Portugal). Na realidade, encontramo-nos no início de um novo ano em que impera a esperança. Com Jesus, encontramos o sentido da vida, a paz e a alegria. Recordo outra música que ouvi nessa ocasião: o Hino à Alegria, que tem como base a 9ª Sinfonia de Beethoven, a qual refere, em tradução portuguesa: “se no teu caminho só existe tristeza, solidão completa, vem, sonha cantando, vive sonhando o novo sol, em que os irmãos voltarão a ser irmãos…, se não encontras alegria nesta terra, procura-a mais além nas estrelas…

E a propósito de estrelas, que não fique esquecido o Dia de Reis. Os Magos, Baltazar, Belchior e Gaspar, que se poem a caminho, vindos do Oriente,chamados por Deus para adorar Jesus. A estrela que lhes indicava o caminho, ia à sua frente, até parar no local onde se encontrava o Menino com Maria, sua mãe, e aí prostrando-se, adoraram-no. Abriram depois os seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.

Vinte séculos depois desta adoração dos Reis Magos, peço-lhes não ouro, incenso ou mirra, mas sim, que nos ensinem o caminho que nos leva a Jesus, sabendo que Maria conhece o atalho mais seguro. Os Reis Magos tiveram uma estrela; nós temos Maria Stella maris, Stella orientis. E nesta terra de Santa Maria, como o Papa Francisco referiu em Fátima: “Habemus Mater“ (Temos Mãe). Santa Maria, Esperança Nossa, rogai por todos nós e protegei-nos neste ano que começa.

Maria Helena Paes



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