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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Os que “resgataram da morte” as vítimas do ódio nazi


Padre Joaquim Carreira, um dos portugueses  
“Justos Entre as Nações” ontem evocados pelo Governo

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal divulgou ontem, sábado, 27, um comunicado assinalando o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala anualmente desde 2005, no dia em que o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, “expoente máximo da barbárie nazi”, foi libertado.

Com este texto, o Governo pretendeu afirmar que “Portugal evoca, também, aqueles que impediram o extermínio de pessoas perseguidas pelo regime nazi. Homens e Mulheres que, pela sua coragem e altruísmo, resgataram da morte milhares de judeus e outras vítimas do ódio nazi. São disso exemplo os diplomatas portugueses Aristides de Sousa Mendes, Alberto Teixeira Branquinho e Carlos Sampaio Garrido, bem com o padre Joaquim Carreira.”

O texto acrescenta: “Para manter viva a memória daqueles que padeceram durante o Holocausto e para garantir que nunca mais venha acontecer, é preciso continuar a investir na educação, no respeito pelos direitos humanos, na defesa intransigente da dignidade de todas as pessoas e na luta contra o ódio, a intolerância, a xenofobia, o racismo, o antissemitismo e o preconceito. Este é um dever de todos.

O comunicado afirma ainda que enquanto membro observador da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, “Portugal reitera hoje o seu firme compromisso de manter viva a memória do Holocausto contribuindo para que não se repita nunca mais”. Por isso, o Governo quis juntar-se “a todos os que se recusam esquecer e que prestam homenagem às vítimas do extermínio e da desumanidade nazi”.

A propósito do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a historiadora Irene Pimentel destacou a actualidade dos acontecimentos que levaram ao Holocausto, referindo o que se passa na Europa, nomeadamente em países como a Polónia ou a Hungria. E recordou a afirmação do historiador inglês Ian Kershaw: “Se o crime foi cometido por nazis, o caminho que levou a ele foi pavimentado pela indiferença.”

A crónica pode ser ouvida aqui.


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