Conservar a memória não é simplesmente recordar mas lançar as bases par o futuro de esperança
(ZENIT – Ciudad del Vaticano, 5 Maio 2017).- O Papa recebeu em audiência a comunidade Pontifícia do Colégio Pio Romeno de Roma, por ocasião dos 80 anos de fundação deste Colégio.
Francisco recordou-lhes que o caminho que estão a percorrer insere-se numa história que os precede e que está ao mesmo tempo “grávido de expectativas para o futuro da Igreja greco-católica romena”. Por isso, desejou-lhes duas coisas: “proteger a memória e cultivar a esperança” .
No que toca à memória, o Papa recordou que esse Colégio surgiu num período de desenvolvimento das Comunidades católicas orientais. Mas depois vieram a trágicas vicissitudes da persecução ateísta, seguidas do belo renascimento nos últimos anos e de novos desafios. Uma história que teve grandes testemunhos da fé, uma história de invernos rígidos e primaveras florescentes que é preciso conservar sem, todavia, permanecer ancorados no passado – disse-lhes o Papa.
Para Francisco o que é necessário é “uma memória evangélica viva” que abrace uma história maior do que nós e permaneça sempre aberta à acção do Espírito Santo.
O Papa convidou-os a colherem a oportunidade dos anos de estudo em Roma para tornarem mais robusta a sua memória eclesial e a não se deixarem levar pela mediocridade, ou por uma vida normal sem desafios, sem elã, sem ardor.
“Antes pelo contrário, estimulados pelos exemplos dos vossos grandes testemunhos de fé, aspirai a um ministério assente no calor do Evangelho que tenha o sabor forte e genuíno do dom.
Conservar, portanto, a memória não é simplesmente recordar o passado, mas lançar as bases par o futuro, para um advir de esperança”.
E há tanta necessidade de alimentar a esperança – disse o Papa, abordando o seu segundo desejo para os membros do Colégio Pio Romeno de Roma: cultivar a esperança. “Se a esperança reavivar os nossos olhos, veremos o que está escondido” – frisou Francisco que, para além desta frase de Santo Efrém, citou também os Actos dos Apóstolos que neste tempo pascal mostram como uma Igreja que vive com confiança no Ressuscitado não perde nunca de vista a esperança.
“Desejo que a vossa casa seja um cenáculo onde o Espírito plasme missionários de esperança, pastores contagiosos da presença do Ressuscitado, corajosos na criatividade e nunca desencorajados perante os problemas e a falta de meios. O Espírito Santo suscite em vós também o desejo de procurar e promover, com coração purificado, o caminho da concórdia e da unidade entre todos os cristãos” .
(Fonte: Sala de Prensa da Santa Sede)
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