Por iniciativa de Paulo VI e na sequência do decreto conciliar sobre os meios de comunicação social Inter Mirifica, promulgado em 4 de dezembro de 1964, e da Carta Apostólica “motu próprio” In fructibus multis, de 2 de abril do mesmo ano, com a qual foi instituída a Pontifícia Comissão para as Comunicações Sociais, foi estabelecido como Dia Mundial das Comunicações Sociais o domingo que antecede a solenidade do Pentecostes. Entre nós, esta efeméride coincide com a solenidade da Ascensão do Senhor (que noutros países se celebra no dia próprio, a quinta-feira anterior) e 7.º Domingo da Páscoa; que, neste ano de 2017, ocorre a 28 de Maio.
Esta iniciativa corresponde a uma opção do Vaticano II que perspectiva a íntima solidariedade da Igreja “com o género humano e com a sua história” e constitui uma chamada de “atenção dos seus filhos e de todos os homens de boa vontade para o vasto e complexo fenómeno dos modernos meios de comunicação social, como a imprensa, o cinema, a rádio e a televisão, que são uma das notas mais caraterísticas da civilização moderna”, não deixando de alertar para a necessidade do uso “tanto mais atento e responsável” destes meios quanto maiores são o seu “poder e a ambivalente eficácia”.
Na mensagem para o 51.º Dia Mundial das Comunicações Sociais cujo tema é “Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”, o Papa Francisco desafiou os media e os jornalistas de todo o mundo a passar de uma lógica de notícias más para uma da boa notícia, rejeitando o sensacionalismo e a exploração dos dramas humanos. “Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e travar a espiral do medo, resultante do hábito de fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falhanço nas vicissitudes humanas), apelando para que todos se empenhem na promoção de uma comunicação construtiva que rejeite os preconceitos e promova uma cultura do encontro”.
“Num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e, por conseguinte, não é uma notícia, onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”.
O Papa propõe ainda um estilo comunicador aberto e criativo, que não se prontifique a dar papel de protagonista ao mal, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia.
Uma boa notícia é também a abertura de um novo canal de televisão - Angelus TV - de divulgação religiosa nacional e internacional, que pretende dar através do vídeo e da imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes e significativos acontecimentos locais e nacionais, em todos os domínios de interesse, dando primazia ao conteúdo religioso.
A sua grelha de programação semanal, para uma emissão diária de 24 horas, está definida e é diversificada, integrando programas de Informação, cultura, saúde, bricolagem, ginástica, culinária e, claro, de oração e formação católica. Alguns programas são especialmente vocacionados para crianças. Noutros espaços serão exibidos filmes e documentários.
Sediado em Fátima, este projeto tem parcerias formalizadas com a Agência Lusa, a Paulus Editora e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), tendo já sido apresentado à Diocese de Leiria-Fátima, Santuário de Fátima e ao Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja.
O canal está presente nas operadoras por cabo em Portugal, 187 na Meo e na NOS e nos restantes países de língua oficial portuguesa, com distribuição sem custos para os telespetadores, e será ainda disponibilizado na Internet.
Com um espirito totalmente diferente e com o slogan “uma janela de esperança”, este canal procura ir ao encontro do palpitar do nosso país, mostrar a riqueza da fé.
Maria Susana Mexia |
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