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sábado, 20 de maio de 2017

Papa em Santa Marta: “É um dever da Igreja esclarecer a doutrina”

O Papa com os bispos, todos juntos com o Espírito Santo para esclarecer a doutrina

Pope Francis celebrates Mass in the Domus Sanctae Marthae
PHOTO.VA

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 19 maio 2017).- O Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta indicou que tem “o seu próprio magistério, o magistério do Papa, dos bispos, dos concílios”, e devemos caminhar nesta estrada “que vem da pregação de Jesus e do ensinamento e da assistência do Espirito Santo”, que está “sempre aberta, sempre livre”, porque a doutrina une, os concílios unem a comunidade cristã”, enquanto “a ideologia divide”.
Francisco partiu da Primeira Leitura, dos Atos dos Apóstolos, onde é possível ver que também na primeira comunidade cristã “havia ciúmes, lutas de poder, algum espertinho que queria ganhar e comprar o poder”.
“Sempre houve problemas” e as dificuldades existem, inclusive na Igreja, mas ser pecadores nos leva à humildade e a nos aproximar do Senhor, “como salvador dos nossos pecados”.
O Sucessor de Pedro recordou que os apóstolos e os anciãos escolhem alguns deles para ir até Antioquia com Paulo e Barnabé. Os grupos descritos são dois:
“O grupo dos apóstolos que quer discutir o problema e os outros que criam problemas, dividem, dividem a Igreja, dizem que aquilo que os apóstolos pregam não é o que disse Jesus, que não é a verdade”.
Os apóstolos discutem entre si e entram num acordo, “nas não é um acordo politico, é a inspiração do Espírito Santo que os leva a dizer: nada de coisas, nada de exigências. Mas só o que dizem: não comer carne naquele período, a carne sacrificada aos ídolos porque era fazer comunhão com os ídolos, abster-se do sangue, dos animais sufocados e das uniões ilegítimas”.
O Papa destacou a “liberdade do Espírito” que leva ao “acordo” e assim os pagãos entraram na Igreja. Tratou-se, no fundo, de um “primeiro Concílio” da Igreja. “O Espírito Santo e eles, o Papa com os bispos, todos juntos” reunidos “para esclarecer a doutrina” e seguido, no decorrer dos séculos, por exemplo pelo de Éfeso e do Vaticano II, porque “é um dever da Igreja esclarecer a doutrina” para “se entender bem o que Jesus disse nos Evangelhos, qual é o Espírito dos Evangelhos”.
“Mas sempre existiram essas pessoas que, sem qualquer autoridade, turbam a comunidade cristã com discursos que transtornam as almas: “Eh, não. Isso que foi dito é herético, não se pode dizer, isso não, a doutrina da Igreja é esta…”. E são fanáticos por coisas que não são claras, como esses fanáticos que semeavam intrigas para dividir a comunidade cristã. E este é o problema: quando a doutrina da Igreja, a que vem do Evangelho, que o Espírito Santo inspira, esta doutrina se torna ideologia. E este é o grande erro dessas pessoas”.
Esses indivíduos “não eram fiéis, eram ideologizados”, disse, tinham uma ideologia “que fechava o coração para a obra do Espírito Santo”. Os apóstolos certamente discutiram de maneira enérgica, mas não eram ideologizados: “tinham o coração aberto ao que o Espírito dizia.
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