Decisão tomada por Pio XII em 1955
Lisboa, 01 mai 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra desde 1955 a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.
A decisão foi tomada a 1 de maio de 1955 pelo Papa Pio XII, num anúncio feito perante milhares de pessoas reunidas nesse domingo, na Praça de São Pedro.
O Papa italiano explicou que a decisão sublinhava a necessidade de que “a todos se reconheça a dignidade do trabalho”.
A festa litúrgica de São José Operário evoca, segundo a decisão de Pio XII, “o humilde artesão de Nazaré” que personifica a “dignidade do trabalhador manual”.
A 19 junho de 2013, o nome de São José foi inserido nas Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano através de um decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
A decisão de acrescentar esta referência na principal oração da celebração da missa justifica-se, de acordo com a Santa Sé, “pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus”.
“São José de Nazaré, colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente na missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo”, assinala o documento.
São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX.
A iconografia de São José é paralela à evolução do seu culto, como explica uma nota do Tesouro-Museu da Sé de Braga enviada à Agência ECCLESIA, precisando que “a partir do séc. XVI, os artistas rejuvenesceram a figura de José, conferindo-lhe o aspeto de um homem de quarenta anos”.
OC
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