O Dia do Livro Português foi criado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a importância do livro e da língua portuguesa em todo o mundo e no saber da humanidade em geral.
Foi escolhido o dia 26 de março para esta celebração pois foi neste dia, em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”, em hebraico.
Guerra, um concentrado do mal, um símbolo real da mundialização da sua monstruosidade, do horror e terror a nível planetário.
«A Grande Guerra e a beligerância forçada e impopular que a marcou continuam hoje envoltas em nevoeiro. Passaram cem anos, mas por vezes parece que foi um tempo que passou sem anos, tais são as semelhanças com o passado.
Porque existe este nevoeiro, esta censura negra que tudo tolda, este medo de olhar para o passado com os olhos da lógica? O nevoeiro só existe porque muitos o querem manter. (…)
Quando a `má política‘ está no comando das operações, quando o clima vigente é marcado pela confusão, desmoralização, divisão…tudo pode acontecer. Até pode acontecer que um dos heróis do 9 de Abril, acabe por ser um dos poucos oficialmente acusado de …cobardia». *
100 Anos depois de LA LYS, a reposição da Verdade
Uma longa odisseia começou então e manteve-se por décadas. As páginas da História foram escritas ao sabor dos interesses, um tanto vergonhoso para a dignidade do homem e para a honra militar. O mito e a invenção sobrepuseram-se à realidade, num rasgo de má-fé, para intencionalmente corromper o bom nome e as meritórias acções.
Sinais dos tempos porém, se aos militares a ordem é de obedecer e aos políticos o dever é de não errar, aos historiadores impõe-se a nobre missão de buscar e repor a Verdade, essa que a realidade nem sempre desvenda porque sobre ela paira o manto pesado da difamação, que é camuflada pela ausência de bons princípios, com estratégias eticamente pouco recomendáveis, senão, mesmo condenáveis.
*“La Lys 1917-1918” traz a público as divisões da instituição militar portuguesa, a partir da célebre batalha em que David Magno tem um desempenho extraordinário, mas onde acaba por ser oficialmente acusado de cobardia.
Ao longo de mais de 450 páginas, o autor, Miguel Nunes Ramalho, propõe-se, a partir da análise da produção historiográfica e das fontes documentais, produzir novas reflexões e perspectivas, assim como chegar a novas conclusões no que diz respeito à forma como a decisão política de forçar a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial conduziu a clivagens e fraturas.
Um Livro Português, que muito veio honrar a História de Portugal.
Maria Susana Mexia |
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