A ideologia de género não é a nova defesa dos direitos humanos, da igualdade sexual ou da não discriminação da mulher, mas uma nova versão do marxismo.
A ideologia de género entende que não se é do sexo a que corresponde a masculinidade ou a feminilidade biológica, mas do género a que cada qual, por sua auto decisão, decide pertencer. Quer dizer, “o género de cada um depende da identidade de género que ele escolher e não de características do corpo”. A substituição do ‘sexo’, que são só dois – o feminino e o masculino – pelo ‘género’, que não se sabe quantos são, permite todas as variantes que o lóbi LGBT decidiu agregar e promover.
Aliás sobre este tema tão melindroso e perverso, tal como noutros que colidem com a dignidade do ser humano, não se tem dado voz a entidades médicas ou jurídicas ou outras, mas simplesmente a mandatários dos grupos de pressão relacionados e colaborantes da maior organização de direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT), que se arvoram em qualidades e competências para fazer estas bricolagens antropológicas , mas muito ao estilo talibã.
Se a identidade de género se determina apenas por opção pessoal, a identidade sexual, pelo contrário, decorre da própria natureza. Talvez alguns neguem a relevância do sexo biológico, mas o sexo não é, por regra, apenas biológico, mas sobretudo psicológico e até espiritual, muito antes de ser, também, uma realidade cultural. Ou seja, nasce-se masculino ou feminino e essa condição anatómica, vai ser a base constitutiva da personalidade do sujeito, ao nível da sua intelectualidade, da sua afectividade, da sua sociabilidade, etc.
Mas há algo em que a ideologia de género não engana: o seu carácter predominantemente ideológico. Se se tiver em conta que já Engels afirmava que a primeira luta de classes é a que ocorre no âmbito do matrimónio e que a dialéctica do feminino e do masculino deve ser abolida, não será arrojado afirmar que a ideologia de género é neo-marxista.
Alguns especialistas atentos ao seu perigo defendem que esta ideologia é uma “metástase do marxismo”, que fracassou por se ter centrado na teoria económica da luta de classes, sem atacar directamente a família, que é a que verdadeiramente configura os valores da pessoa. Por isso, na actualidade, é através da ideologia de género que se procura destruir a família e a concepção natural do homem.
A ideologia do género é a mais radical revolta contra Deus, pois não aceita que foi criado homem e mulher e rebela-se contra a natureza, a experiência, a razão e a ciência. É a maior perversão que procura impor ao ser humano, roubando-lhe a sua identidade, depois de já ter feito com que a humanidade perca a fé, destrua a família, os valores, o amor e a harmonia da beleza da vida.
É uma ideologia diabólica que tenta captar o senso comum, nomeadamente através dos meios de comunicação social manipulados para tal, e dos programas de educação sexual nas escolas para se impor como ideologia dominante, embora “grosso modo” todas as pessoas tenham a noção da sua perversidade.
Manuel Maria de Vasconcelos
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