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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Em Outubro, regresso às aulas…

O Dia Mundial do Professor celebra-se anualmente no dia 5 de outubro e pretende homenagear todos os que escolheram o ensino como forma de vida e que dedicam o seu dia-a-dia a ensinar, crianças, jovens e adultos, contribuindo para uma melhor educação da sociedade, na construção de pessoas empenhadas com dignidade, saber, esforço, brio e afectividade.

Ser professor é mais do que uma profissão, é uma missão, é o resultado de uma vocação, um desafio aliciante e comprometedor, pois em causa estão as gerações futuras. Porém, ensinar também é uma tarefa extremamente exigente e emocionalmente desgastante. 

Na maioria dos casos a remuneração dos professores não corresponde ao trabalho e à dedicação que investem ao longo de toda a sua carreira. Por isso a escolha desta profissão passa maioritariamente pela vocação e não pelo salário. Querer ensinar é muito mais do que querer ter um emprego, é ser fiel a um sonho, a uma forma de querer ser e estar no mundo e na sociedade, por isso será também um orgulho pessoal para quem o alenta, um estímulo a fomentar, uma força de vontade a cultivar.

«Numa sociedade que tem dificuldade de encontrar pontos de referência, é necessário que os jovens tenham na escola uma referência positiva. Ela pode sê-lo ou tornar-se tal se no seu interior houver professores capazes de dar um sentido à escola, ao estudo e à cultura, sem reduzir tudo unicamente à transmissão de conhecimentos técnicos mas tendo por objectivo construir uma relação educativa com cada estudante, que deve sentir-se acolhido e amado por aquilo que é, com todos os seus limites e capacidades. A tarefa do professor é necessária como nunca, deveis ensinar e transmitir, não só os conteúdos de uma matéria, mas também os valores e costumes da vida. (…)

Para aprender os conteúdos é suficiente o computador, mas para compreender como se ama, para compreender quais são os valores e os costumes que criam harmonia na sociedade é necessário um bom professor». Papa Francisco
«O século XXI coloca desafios fundamentais aos sistemas educativos. Atravessamos um período em que o conhecimento científico e tecnológico se desenvolve a um ritmo de tal forma intenso que a quantidade de informação disponível cresce exponencialmente todos os dias. Apesar de tantos avanços científicos, este século tem vindo a ser marcado pela incerteza, por debates sobre identidade e segurança e por uma maior proximidade dos riscos colocados à sustentabilidade do planeta e da humanidade.

A educação permite fazer conexões entre o passado e o futuro, entre o indivíduo e a sociedade, entre o desenvolvimento de competências e a formação de identidades. A escola é, assim, um lugar privilegiado para os jovens adquirirem as aprendizagens essenciais, equacionadas em função da evolução do conhecimento e dos contextos histórico-sociais. (…) 

O perfil dos alunos no final da escolaridade obrigatória estabelece uma visão de escola e um compromisso da escola, constituindo-se para a sociedade em geral como um guia que enuncia os princípios fundamentais em que assenta uma educação que se quer inclusiva. Apresenta uma visão daquilo que se pretende que os jovens alcancem, sendo, para tal, determinante o compromisso da escola, a ação dos professores e o empenho das famílias e encarregados de educação. Professores, educadores, gestores, decisores políticos e também todos os que direta ou indiretamente têm responsabilidades na educação encontram neste documento a matriz para a tomada de decisão sobre as opções de desenvolvimento curricular, consistentes com a visão de futuro definida como relevante para os jovens portugueses do nosso tempo. (…)

A melhor educação é a que se desenvolve como construtora de postura no mundo. Hoje mais do que nunca a escola deve preparar para o imprevisto, o novo, a complexidade e, sobretudo, desenvolver em cada indivíduo a vontade, a capacidade e o conhecimento que lhe permitirá aprender ao longo da vida. Aquele que reconhece o valor da educação estuda sempre e quer sempre aprender mais». (In: Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho criado nos termos do Despacho n.º 9311/2016, de 21 de Julho)

Que esta efeméride em início de mais um ano lectivo recorde a quem de direito como é salutar e imprescindível apostar na Educação e na formação das novas gerações, não esquecendo que os seus essenciais obreiros – os Professores - devem e merecem ser tratados com muita dignidade, apreço, estímulo e reconhecimento, pois o esforço deles reverte a favor da qualidade da juventude, preparando a curto, a médio prazo e, quiçá, a longo curso o futuro para todos nós.

Maria Susana Mexia



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