Lembrando as palavras de Cristo “deixai vir a mim as criancinhas” pergunto-me se nós deixamos mesmo ir as crianças a Jesus.
Quando não as baptizamos em pequeninas, não as estamos a afastar do Senhor?
Quando não fomentamos a sua participação na Eucaristia preparando-as para receber Jesus Sacramentado ou permitindo a sua ida à catequese, não estamos a afasta-las do Senhor?
Não vale a pena virmos com os argumentos que na idade da razão elas decidirão, porque isso é uma falácia. São elas que decidem se querem ou não comer? Se devem ou não ir à escola? Se formos honestos, sabemos muito bem que com poucas excepções elas irão de moto próprio.
A importância dos sacramentos, nomeadamente o baptismo é reconhecida pelo papa Francisco que nunca olhou a qualquer impedimento para deixar de baptizar. Permitam-me que conte um facto verídico:
Um casal de emigrantes argentinos decidiu voltar ao seu país para baptizar uma filha que lhe tinha nascido e para padrinho convidaram um tio da pequenina que permanecia na Argentina. De origem judia, o senhor não era baptizado e embora quisesse sê-lo só deparou com dificuldades. A irmã não se deu por vencida e telefonou ao então Cardeal Bergoglio de Buenos Aires, explicando o que se passava a quem atendeu o telefone. Não tardou em receber no Canadá, um telefonema do próprio Cardeal para combinarem a preparação e o baptismo do irmão. Quando todas as portas se fecharam, aquele que hoje é o nosso bem-amado Papa Francisco não deixou de preparar e baptizar alguém que também queria fazer parte da Igreja.
Jesus disse a Nicodemos que temos de renascer, e nascer de novo é ser baptizado. Na cruz saiu sangue e água do lado aberto com a lança, prefiguração do baptismo, conforme o ponto três da Lumen Gentium. O Cardeal aconselhou também o novo membro da Igreja a não esquecer as suas origens e não deixou de querer ele próprio baptizar a criança.
Somos o povo luso, nascido em terras de Santa Maria, com valores cristãos que infelizmente se podem perder e por isso permitam-me usar um desabafo de Torga já de 1993:
"Ninguém me encomendou o sermão, mas precisava de desabafar publicamente. Não posso mais com tanta lição de economia, tanta megalomania, tão curta visão do que fomos, podemos e devemos ser ainda, e tanta subserviência às mãos de uma Europa sem valores"
Quando não as baptizamos em pequeninas, não as estamos a afastar do Senhor?
Quando não fomentamos a sua participação na Eucaristia preparando-as para receber Jesus Sacramentado ou permitindo a sua ida à catequese, não estamos a afasta-las do Senhor?
Não vale a pena virmos com os argumentos que na idade da razão elas decidirão, porque isso é uma falácia. São elas que decidem se querem ou não comer? Se devem ou não ir à escola? Se formos honestos, sabemos muito bem que com poucas excepções elas irão de moto próprio.
A importância dos sacramentos, nomeadamente o baptismo é reconhecida pelo papa Francisco que nunca olhou a qualquer impedimento para deixar de baptizar. Permitam-me que conte um facto verídico:
Um casal de emigrantes argentinos decidiu voltar ao seu país para baptizar uma filha que lhe tinha nascido e para padrinho convidaram um tio da pequenina que permanecia na Argentina. De origem judia, o senhor não era baptizado e embora quisesse sê-lo só deparou com dificuldades. A irmã não se deu por vencida e telefonou ao então Cardeal Bergoglio de Buenos Aires, explicando o que se passava a quem atendeu o telefone. Não tardou em receber no Canadá, um telefonema do próprio Cardeal para combinarem a preparação e o baptismo do irmão. Quando todas as portas se fecharam, aquele que hoje é o nosso bem-amado Papa Francisco não deixou de preparar e baptizar alguém que também queria fazer parte da Igreja.
Jesus disse a Nicodemos que temos de renascer, e nascer de novo é ser baptizado. Na cruz saiu sangue e água do lado aberto com a lança, prefiguração do baptismo, conforme o ponto três da Lumen Gentium. O Cardeal aconselhou também o novo membro da Igreja a não esquecer as suas origens e não deixou de querer ele próprio baptizar a criança.
Somos o povo luso, nascido em terras de Santa Maria, com valores cristãos que infelizmente se podem perder e por isso permitam-me usar um desabafo de Torga já de 1993:
"Ninguém me encomendou o sermão, mas precisava de desabafar publicamente. Não posso mais com tanta lição de economia, tanta megalomania, tão curta visão do que fomos, podemos e devemos ser ainda, e tanta subserviência às mãos de uma Europa sem valores"
Maria Teresa Conceição
professora aposentada
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