Fonte: jesuitas.pt |
Congregação Geral acontece pela 36.ª vez em 476 anos de história, após renúncia do padre Adolfo Nicolás
Lisboa, 28 set 2016 (Ecclesia) – A Companhia de Jesus (Jesuítas) vai
reunir-se a partir de 3 de outubro em Roma para a sua 36ª Congregação
Geral (CG) para eleger um novo responsável mundial, após a renúncia do
padre Adolfo Nicolás.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Companhia de Jesus em
Portugal informa que a 36.ª CG vai congregar 215 jesuítas de 62 países,
responsáveis pela eleição de um novo superior geral.
As Congregações Gerais realizam-se quando é preciso eleger um novo
superior geral ou quando o atual responsável mundial “necessita de tomar
decisões importantes”; foi o padre Adolfo Nicolás que manifestou
“vontade de renunciar ao cargo”, em 2014, e convocou a reunião magna
para 2016.
“Mudaram os tempos e a Companhia de Jesus sabe que necessita de
ousadia, imaginação e coragem para fazer frente à nossa missão como
parte da grande Missão de Deus diante do nosso mundo”, comentou o
sacerdote espanhol, hoje com 80 anos, que tinha sido “eleito
vitaliciamente” em 2008, considerando que a 36.ª CG vai ser diferente
das anteriores.
Neste contexto, o comunicado assinala que o logótipo da reunião do
órgão máximo de governo dos Jesuítas inclui as palavras “remando mar
adentro” inspiradas no discurso do Papa Francisco à companhia em 2014,
nos 200 anos da restauração da ordem religiosa.
A 36.ª Congregação Geral da Companhia de Jesus tem como primeiro ponto
de agenda a eleição do novo geral, que acontece por “uma maioria simples
de 50%”.
Após ser eleito, o novo responsável mundial da Companhia de Jesus e ser
dado conhecimento ao Papa Francisco - primeiro Papa jesuíta da história
-, o nome do novo superior geral é anunciado publicamente.
O gabinete de comunicação dos Jesuítas em Portugal contextualiza que o
pontífice argentino “conhece bem” o processo eletivo, dado que esteve
presente como delegado na CG 32 e na seguinte.
Sem “data limite para o fim dos trabalhos”, os delegados da 36.ª Congregação Geral
vão dedicar-se a outros temas como a missão do instituto religioso no
contexto mundial e a organização interna para responder “melhor aos
desafios atuais”.
“A Companhia de Jesus continuará a procurar colocar a sua experiencia
nos campos da espiritualidade, educação, reflexão teológica, justiça
social ao serviço de um mundo mais justo”, explicam os Jesuítas em
Portugal.
A nível nacional são cerca de 160 jesuítas - em 13 comunidades
presentes em 10 cidades - que vão estar representados em Roma pelo atual
superior provincial, o padre José Frazão Correia, e o padre Miguel
Almeida, que “acompanha os jesuítas mais novos na segunda etapa da sua
formação”.
A Companhia de Jesus
assinala que desde a fundação da ordem religiosa por Santo Inácio de
Loiola, em 1540, ou seja, em 476 anos de história, esta vai ser a 36.ª
reunião do órgão máximo de governo.
O comunicado destaca também que os Jesuítas são a ordem religiosa “mais numerosa” de sacerdotes e irmãos da Igreja Católica.
CB/OC
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