Cardeal Saraiva Martins diz que Nossa Senhora deixou quatro apelos
aos Pastorinhos e que o «altar do mundo» é também «cátedra do mundo»
Fátima, Santarém, 10 set 2016 (Ecclesia) – O cardeal D. José Saraiva
Martins disse à Agência ECCLESIA que o Centenário das Aparições de
Fátima é uma ocasião para “aprofundar” e “viver” a mensagem de Fátima,
caso contrário “fica sem sentido”.
“Para nós deve ser uma data fundamental para aprofundar o mais possível
a mensagem de Fátima e depois vivê-la. Deus pede-nos as obras, não as
palavras”, afirmou o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos
Santos, do Vaticano.
D. José Saraiva Martins é o enviado do Papa Francisco para o 24º
Congresso Mariológico Mariano Internacional, que hoje termina no
Santuário de Fátima, Diocese de Leiria-Fátima.
O cardeal Saraiva Martins encontrou-se com o Papa antes de vir para
Portugal, que lhe pediu que desafiasse os congressistas a comunicarem “o
que pensam sobre Fátima”.
Promovido pela Pontifícia Academia Mariana Internacional, o congresso
tem por tema “O acontecimento de Fátima cem anos depois – História,
mensagem e atualidade”.
“O congresso vai contribuir muitíssimo para compreender melhor, em
profundidade o pensamento de Nossa Senhora expresso aos Três
Pastorinhos, e por meio deles, a toda a sociedade contemporânea”, disse o
enviado especial do Papa.
Para D. José Saraiva Martins, Fátima lembra à sociedade de hoje os
“princípios fundamentais” que não devem ser esquecidos, traduzidos em
“quatro apelos” que sintetizam a Mensagem de Fátima: apelo à fé, à
conversão, à paz e à esperança.
“O grande problema da Igreja e da sociedade é a fé. O apelo à fé é
importantíssimo nas Aparições de Fátima. Mas geralmente não se fala
neste apelo. Mas é o primeiro apelo, o mais importante. O grande pecado
de hoje é o pecado da falta de fé”, disse o cardeal Saraiva Martins.
O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos sublinhou
ainda o apelo à conversão na mensagem de Fátima, que implica “ir ao
encontro” dos irmãos, ajudando-os a “resolver os problemas que têm”, e a
insistência na esperança.
Para D. José Saraiva Martins, Fátima é não só o “altar do mundo”, mas também a “cátedra do mundo”.
“Fátima deve ser considerada não só relativamente ao culto, mas também à
doutrina. É altar do mundo, no aspeto cultural, mas também cátedra do
mundo. Nossa Senhora ensinou por meio desta cátedra”, afirmou.
O cardeal Saraiva Martins desafiou a Igreja Católica, nomeadamente os
párocos, a insistir nos quatro apelos deixados aos Pastorinhos e às
gerações que se seguiram.
“Acho que seria necessário que em toda a Igreja universal, em todas as
paróquias, nas igrejas locais, os párocos insistissem sobre os quatro
apelos que Nossa Senhora fez aos Pastorinhos e por meio deles a todos
nós”, sustentou.
O 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional foi promovido pela
Pontifica Academia Mariana Internacional em colaboração com o Santuário
de Fátima entre os dias 6 e 11 de setembro.
PR
in
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