“Tens muito que fazer? Não. Tenho muito que amar”.
Sebastião da Gama
Chegados ao mês de Setembro, inevitavelmente o tema em relevo é o regresso às aulas, o início de mais um ano de estudo e de trabalho discente e docente.
Jovens com bons hábitos de trabalho, interessados e participativos na sua aprendizagem, ambiciosos e briosos dum brilhante desempenho na sala de aula, como preparação para o seu futuro e consequente valorização da sociedade que lhe faculta os estudos parecem estar em vias de extinção, situação agravada nas últimas décadas pelo drama dos problemas disciplinares na sala de aula, consequências de educações permissivas, demasiado tolerantes com todas as inevitáveis consequências e sequelas.
Jovens com bons hábitos de trabalho, interessados e participativos na sua aprendizagem, ambiciosos e briosos dum brilhante desempenho na sala de aula, como preparação para o seu futuro e consequente valorização da sociedade que lhe faculta os estudos parecem estar em vias de extinção, situação agravada nas últimas décadas pelo drama dos problemas disciplinares na sala de aula, consequências de educações permissivas, demasiado tolerantes com todas as inevitáveis consequências e sequelas.
Professores amantes da profissão, respeitados, reconhecidos e orgulhosos, valorizados e encorajados a serem cada ano melhor, sabendo que a sua profissão é antes de mais um estado de missão, parece ser histórias também dum passado remoto.
Ensino não significa só ministrar conhecimentos científicos o que, naturalmente só por si já significa muito, mas também formar o carácter, modelar as virtudes, fortalecer o espírito e desenvolver todas as competências necessárias à formação dos jovens para ingressarem exemplarmente no mundo do trabalho, do desempenho, do fazer, do estar e construir, do saber decidir, mandar e obedecer, com metas longínquas, não confinadas ao mesquinho espaço circundante, à alienação do querer sem crer, do lucro fácil e conseguido sem escrúpulos, com a mira de atingir os fins sem olhar aos meios.
Fazendo juz a alguns – muitos - bons mestres que se orgulhavam de o ser e, em cada ano que passava, mais caprichavam por trabalharem bem na sala de aula, ensinando, corrigindo, dando exemplo e estimulando para a grande missão de aprender/ensinar, eu repito como aprendi: não chega ensinar, é necessário saber fazê-lo e amar muito essa missão, porém “nada se ensina mas tudo se aprende” e é aqui que reside outra grande lacuna do sucesso escolar que de ano para ano grassa no nosso país, não obstante algumas estatísticas primorosamente efectuadas, com resultados para enfeitar a mediocridade…
Segundo o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors Os quatro pilares da Educação são: aprender a conhecer (adquirir instrumentos de da compreensão), aprender a fazer (para poder agir sobre o meio envolvente), aprender a viver juntos (cooperação com os outros em todas as actividades humana), e finalmente aprender a ser (conceito principal que integra todos os anteriores).
Estas quatro vias do saber, na verdade, constituem apenas uma, dado que existem pontos de interligação entre elas.
A Educação deve ocupar uma especial importância nos nossos dias, não só porque nos acompanhará durante toda a nossa existência, mas também por ser através dela que adquirimos e assimilamos todos os valores, hábitos de trabalho e princípios democráticos que se conjugam em perfeita simbiose e se espelham na Sociedade.
Descurar a Educação e o Ensino é uma lamentável lacuna com infinitas e desastrosas repercussões individuais e sociais, pelo que urge recuperar para humanidade este tesouro maltratado.
Maria Susana Mexia |
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