Festival Terras Sem Sombra apresenta obra infanto-juvenil com mensagem ecológica
Beja, 21 mai 2016 (Ecclesia) – O Festival ‘Terras Sem Sombra’, dinamizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHA), vai promover a estreia europeia de ‘Onheama’ este sábado e domingo, respetivamente às 21h30 e 16h00, no Teatro Municipal de Serpa.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o DPHA informa que ‘Onheama’
tem como pano de fundo a temática amazónica, mas remete para uma
“perspetiva mais alargada, pois os problemas que afetam a natureza não
conhecem fronteiras”.
A ópera infanto-juvenil, que tem um “alcance sociológico notável”, vai
ser apresentada no Teatro Municipal de Serpa, hoje e este domingo, às
21h30 e 16h00, respetivamente, com entrada livre, sujeita à lotação da
sala.
‘Onheama’ é a “famosa ópera em três atos”, do autor musical brasileiro
João Guilherme Ripper, que estreou em 2014, no Festival Amazonas, de
Manaus, e “nunca foi apresentada na Europa”.
O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
destaca a construção local “de toda a ópera” cuja encenação é da
responsabilidade do dramaturgo argentino Claudio Hochmann que trabalha
em Portugal.
A cenografia e os figurinos da apresentação de ‘Onheama’ no
Baixo-Alentejo são de Miguel Costa Cabral que, como os outros
produtores, “tem vivido nos últimos meses em Serpa”; já a coreografia
foi concebida pelo criador cubano Yonel Castilla.
A organização do Festival ‘Terras Sem Sombra’ adianta ainda que os
figurinos são da Oficina do Traje, uma academia sénior, e os cenários e
adereços foram construídos pelas oficinas da Câmara Municipal de Serpa e
“pequenas empresas da região”.
A realização da ópera infanto-juvenil ‘Onheama’ no Baixo Alentejo
deve-se também à parceria com o Teatro Nacional de São Carlos e conta
com a comunidade artística e educativa local, com destaque para o Grupo
de Teatro da Escola Secundária de Serpa, (En)cena, e a escultora
Margarida de Araújo;
‘Onheama’, que significa eclipse em língua tupi (Brasil), foi inspirada
no poema ‘A Infância de Um Guerreiro’, do também brasileiro Max
Carphentier: “A mitologia dos povos indígenas de algumas das principais
regiões da Amazónia interpreta o eclipse como a ação maléfica de Xivi, a
terrível onça celeste, que devora Guaraci, o Sol, e, insaciável no seu
afã consumidor, sai depois à caça das estrelas e de Jaci, a Lua.”
O festival de música que alia natureza e património dá visibilidade
também aos produtos locais/regionais e na ópera ‘Onheama’ “tudo gira em
torno do sobreiro”, o sol e a lua foram construídos em cortiça.
Da passagem por Serpa consta ainda a ação de defesa da biodiversidade
no Parque Natural do Vale do Guadiana - a Serra de Serpa, o microclima
de Limas e o acidente geológico do Pulo do Lobo – na manhã deste
domingo, a partir das 10h00.
A 12.ª edição do FTSS
tem como tema «Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (Da Idade
Média ao Século XX)» e termina com a cerimónia de entrega do Prémio
Internacional Terras sem Sombra 2016, a 02 de julho, no Centro das Artes
em Sines; Antes a 04 e 05 de junho passa por Castro Verde e nos dias 18
e 19 do mesmo mês vai estar em Beja.
CB
in
Sem comentários:
Enviar um comentário