José António Falcão destaca contributo do Festival «Terras Sem Sombra» para a salvaguarda da biodiversidade desde 2011
Lisboa, 04 jun 2016 (Ecclesia) – O diretor-geral do Festival ‘Terras Sem Sombra’ e responsável do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA), da Diocese de Beja, afirma que a encíclica ‘Laudato Si “enfatiza notavelmente” a importância espiritual e moral, cultural e social, da “ecologia integral”.
Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, José António Falcão contextualiza que “ecologia integral” é um conceito inovador “assente no diálogo à escala global” e embora seja “defendido” por muitas pessoas nas últimas décadas “ainda encontra resistências” sobretudo entre as fileiras do Neoliberalismo, “pelos entraves que coloca ao diktat económico dos mercados”.
“Num mundo já privado de fronteiras reais, onde ideias e valores circulam velozmente, as palavras de Francisco soam como trovões, libertam e perturbam”, escreveu no artigo de opinião publicado.
Segundo o diretor-geral do Festival ‘Terras Sem Sombra’, que o DPHA promove no Baixo-Alentejo, “casualmente, ou talvez não” aquando da reformulação dessa iniciativa, em 2010, decidiram aliar à cultura a natureza: “De modo a promover uma visão integrada do território e uma reflexão sobre o seu passado, o seu presente e o seu futuro.”
Neste contexto, ao programa de música sacra começaram a desenvolver atividades de salvaguarda da biodiversidade que “já percorreu quase meia centena de sítios em risco” alertando para os seus problemas e “procurando ajudar a equacioná-los, através de respostas à escala de cada comunidade”, desde 2011.
“No horizonte desta itinerância alinham-se prioridades. É dada especial atenção ao montado, às linhas de água, à frente atlântica, às espécies ameaçadas, aos produtos regionais que sustentam modos de vida e paisagens”, exemplifica José António Falcão.
De destacar também a colaboração do DPHA, da Diocese de Beja, na elaboração do documento do Papa Francisco através dos consultores para a biodiversidade do festival.
“Sugeriram que se realçasse a importância da salvaguarda de espécies menos visíveis, na perspetiva da opinião pública, mas em risco crítico de extinção, de que é testemunho o saramugo, um dos mais antigos habitantes dos rios da Península Ibérica”, refre José António Falcão, no Semanário ECCLESIA publicado no contexto Dia Mundial do Ambiente, este domingo, e do primeiro ano da Encíclica ‘Laudato Si’ (18 junho).
Atualmente, está a decorrer a 12.ª edição do FTSS com o tema «Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XX)» este domingo, 05 de junho, vai estar em Castro Verde onde os participantes vão seguir “momentos fundamentais” da jornada de trabalho de um “moiral (maioral) - pastor sénior de Campo Branco”; Já a 19 deste mês, em Beja, vão ter presente turismo de natureza e sustentabilidade na confluência das Ribeiras de Terges e Cobres.
CB
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