Páginas

sábado, 30 de abril de 2016

Alegria

“Se um dia a tristeza te fizer um convite, diz-lhe que tens um compromisso com a alegria e que lhe serás fiel toda a vida.”

Com esta frase, o Papa Francisco lembra-nos que junto de Cristo Ressuscitado a tristeza nunca nos poderá vencer. A alegria de que se fala não é exactamente a alegria do mundo, é a alegria de crer e sem tocar as chagas de Jesus, dizer como S. Tomé - “Meu Senhor e meu Deus”. Quantas vezes, vemos e ouvimos pessoas cheias de sofrimentos mas alegres, enquanto nós com uma vida com paz e sem perseguições ainda nos queixamos e temos tristezas. Basta ouvir os testemunhos dos cristãos na Síria e Médio Oriente para nos sentirmos envergonhados das nossas misérias e cobardias.

Se olharmos para a gravura que representa o Jubileu da Misericórdia vemos o Senhor com um ser humano aos ombros, e se repararmos bem, notamos que um dos olhos é o mesmo, o que demonstra que, aos ombros do Messias, se quisermos, podemos ver com os Seus olhos.

Há uma lenda nos países nórdicos, suponho que na Noruega, que nos faz intuir que os sofrimentos, as injustiças, as dores, não devem tirar-nos a alegria porque embora possa parecer o contrário, Deus só quer o nosso bem. Conta a lenda que um eremita que tomava conta duma pequena ermida, onde muitos vinham rezar a Jesus Crucificado, certo dia Lhe pediu que trocassem de lugar: Jesus transformar-se-ia no eremita e este tomaria o lugar do Senhor na cruz. O Messias aceitou com uma condição: visse o homem o que visse, escutasse o que escutasse, teria de manter o silêncio.
 
Aconteceu em dada ocasião que um homem muito rico, depois de rezar, foi embora esquecendo no banco uma bolsa cheia de dinheiro.
 
Seguiu-se-lhe um pobre homem, que não teve palavras para agradecer o milagre, encontrara tudo o que precisava para resolver a sua vida e assim deixaria de ser mendigo.
 
Depois veio um jovem pedir ao Senhor a protecção para uma grande viagem que, de imediato, iria empreender. Enquanto rezava, o rico apareceu e acusou-o de ter roubado a sua bolsa, e muito zangado dizia-lhe que ou a restituía, ou o mandaria prender. Perante tal injustiça o velho eremita falou da cruz dizendo que o rapaz era inocente, não tinha sido ele a ficar com a carteira do rico.
 
Como o ancião falhou o compromisso, teve de abandonar a cruz e Jesus disse-lhe, passado pouco tempo, que o jovem tinha morrido, pois o navio em que seguira havia naufragado. A prisão ter-lhe-ia salvo a vida, o dinheiro resolvera a situação do mendigo e ao rico não fez qualquer falta, pois seria para um negócio ilícito.

Quantas vezes, parece que Deus nos falha, e embora por caminhos que possamos julgar estranhos, Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Também o Papa Francisco nos diz:

“ Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens.
   Não chores pelo que está morto, luta pelo que nasceu em ti.
   Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo.
   Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.
   Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.
   Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade.

Com o que nos vai acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, sigamos sempre adiante.”

E nesta Primavera que decorre, neste mês de Maria que vivemos, saibamos que recorrendo a Ela e com o Seu Filho, a alegria não nos poderá faltar.






Maria Teresa Conceição
professora aposentada


3 de Maio - Dia Internacional da Liberdade de Imprensa

“Liberdade de Expressão”, um direito fundamental…

Consiste no direito do cidadão se exprimir e divulgar o seu pensamento através da palavra, da imagem ou de qualquer outro meio.

A liberdade de expressão é um dos direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa, e legislações internacionais, como resultante da liberdade de pensamento.

Assim, o discurso livre é apoiado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 19, e pelo artigo 10 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, em que se prevêem também as limitações a esse mesmo discurso. Deste modo, entre os objectivos considerados legítimos, está a protecção dos direitos e da integridade moral de outros (protecção contra a difamação, calúnia ou injúria), a protecção da ordem pública, da segurança, da saúde e do bem comum.

Sendo a liberdade de expressão um direito e um dom precioso que reconhecemos como um valor liberto dos meios condicionantes e inibidores do passado, continuam a existir  ameaças, provenientes da orientação do pensamento, de classificações pré-determinadas, da chamada ditadura das audiências que leva ao sensacionalismo, à demagogia, ao populismo, aos apelos às piores tendências para fazer aumentar as audiências ou fazer vender o papel...

Os meios de comunicação social são, com frequência utilizados, não para um correto serviço de informação, mas para “criar” os próprios acontecimentos. Trata-se de uma preocupante alteração da sua função, porque visam realidades que incidem profundamente em todas as dimensões da vida humana (moral, intelectual, religiosa, relacional, afectiva, cultural) …Estando em causa o bem da pessoa, torna-se urgente reafirmar que nem tudo aquilo que seja tecnicamente possível é eticamente praticável.

É evidente que constantemente a comunicação social perde as amarras éticas, invadindo e desrespeitando a dignidade inviolável do ser humano, influindo negativamente sobre a sua consciência, as suas decisões, condicionando até a própria liberdade e a vida das pessoas.

Estas correntes, ditas de opinião, são normalmente, arquitectadas pelo relativismo ético e materialismo económico. Não é um fenómeno recente. Qualquer assunto do dia a dia, ou inesperado, é enfrentado e classificado, em tipos pré-concebidos, de acordo com os objectivos de grupos poderosos e os respectivos conceitos da realidade. Por tudo isso, a liberdade de expressão para o ser, realmente, deve ser a expressão da liberdade. Liberdade que como “entidade” espiritual, não é indiferente ou neutra perante a realidade, mas sim inclinada ou orientada para a verdade, para o bem. Liberdade individual que se exercita e afirma no contexto de inúmeras liberdades concorrentes. Deste modo, torna-se cada vez mais necessário que, a liberdade para se defender e proteger, tenha de recorrer ao direito natural, verdade universal reconhecida pela razão, capaz de critério e de discernimento justos. O direito positivo não pode opor-se ao direito natural, sob pena de se transformar na expressão dos interesses dos mais fortes, mas sim usar as suas capacidades de modo a potenciar as liberdades, garantindo a coexistência das mesmas.

Compete, pois, ao direito dissuadir, prevenir e punir os abusos da liberdade de expressão em qualquer âmbito da vida humana.

A Unesco, em conformidade com o seu Ato Constitutivo, defende e reconhece a liberdade de expressão como um direito fundamental garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Deste modo, promover a liberdade de expressão implica promover a liberdade com responsabilidade na imprensa, na independência e pluralismo dos “media”, na construção da paz, na promoção da dignidade humana e da tolerância.

A notável e extraordinária evolução tecnológica deve servir, não apenas para a rápida circulação das notícias, o conhecimento dos factos e a difusão do saber, mas também como veículo da verdade ao serviço do homem.

É um facto incontestável que o ser humano tem sede de verdade; demonstram-no, por exemplo, a atenção e o sucesso registado por muitas publicações, programas ou filmes de qualidade, onde são reconhecidas e bem apresentadas a verdade, a beleza e a grandeza da pessoa, incluindo a dimensão religiosa.

Por tudo isto, a adopção de uma atitude autenticamente ética, no uso dos poderosos meios de comunicação social, deve destacar-se no contexto de um maduro exercício da liberdade e responsabilidade, com base nos critérios supremos da verdade e da justiça. Critérios que requerem uma particular atenção ao conteúdo do que se produz e distribui, para não ferir nem lesar a dignidade humana e os direitos dos indivíduos, sobretudo dos jovens e das crianças!...
 







Maria Helena Marques
Prof.ª Ensino Secundário


Bons Conselhos

O Papa Francisco, na Praça de S. Pedro dirigindo-se aos adolescentes e jovens que enchiam todo o recinto, propôs-lhes metas objectivas e realistas, como já é habitual, que são um autêntico balão de oxigénio para rejuvenescer e fazer pensar o que cada um espera e quer fazer da sua vida.

Concretamente, entre os vários temas abordados, falou da felicidade e liberdade, realidades tão actuais que qualquer pessoa anseia para usufruir de uma vida serena, responsável e construtiva.

É exactamente à juventude que estes conselhos, tão oportunos, fará pensar, reflectir e depois actuar.

Na era das novas tecnologias é importante não ter a ilusão que a verdadeira felicidade se consegue com uma simples aplicação.

“A vossa felicidade não tem preço, nem se comercializa; não é um “app” que se descarrega no telemóvel nem a versão mais actualizada vos poderá ajudar a tornar-vos livres e grandes no amor”.

A relação feita pelo Papa Francisco entre felicidade e liberdade revela que ser livre não é fazer o que se quer: “…. a liberdade é um dom de poder escolher o bem: é livre quem escolhe o bem, quem procura aquilo que agrada a Deus, ainda que custe”.

Isto dá impulso, coragem, fortaleza para não ficarmos fechados, mas sim abertos aos grandes desafios e sonhos.

Numa época de excessivo consumismo, estar atentos para não sermos levados pela ideia de que quanto mais possuirmos mais felizes seremos: “… não vos fieis de quem vos distrai da verdadeira riqueza que sois vós, dizendo que a vida só é bela se se possuir muitas coisas; desconfiai de quem quer fazer-vos crer que valeis quando vos mascarais de fortes, como os heróis dos filmes, ou quando vos vestis pela última moda”.

Magnífico apelo aos jovens para não se deixarem “levar pela corrente” da modernidade.








Adelaide Figuinha
Professora


50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais...

Iniciou-se há 50 anos quando o Papa Paulo VI, jornalista, poeta e escritor, teve a ideia de começar esta reflexão sobre a comunicação.
 
Neste ano, 2016, o Papa Francisco apresenta a sua Mensagem para o 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais com o título: “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”.
 
É visível que, de modo geral, a sociedade actual perdeu o valor da comunicação, substituindo-a por uma infinidade de meios que, muitas vezes, se confundem com a simples informação.
 
Comunicar significa partilhar. E a partilha requer escuta, acolhimento. Para o Papa “ouvir significa prestar atenção, ter o desejo de compreender, de valorizar, de respeitar, de guardar a palavra do outro”.
 
A insistência do Papa Francisco sobre o mundo da escuta, dirige-se em seguida ao mundo da misericórdia, do saber estar ao lado de quem precisa de nós. Por isso, assegura que “o encontro da comunicação com a misericórdia é fecundo, mas na medida em que gerar uma proximidade que tome conta, conforte, cure, acompanhe, faça festa.
 
Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e os irmãos em humanidade”.
 
O tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais sublinha que a comunicação deve abrir espaços para o diálogo, a compreensão recíproca e a reconciliação, permitindo que assim floresçam encontros humanos fecundos.
 
Numa época em que a nossa atenção se volta com frequência para discussões sobre opiniões que dividem, o D M C S do Papa, lembra – nos o poder das palavras e dos gestos para superar as incompreensões e curar as memórias, para construir a paz e a harmonia.
 
Mais uma vez o Papa Francisco ajuda a descobrir que no coração da comunicação existe, antes de tudo, uma profunda dimensão humana. Comunicação que não é somente uma “actual ou moderna tecnologia, mas uma profunda relação interpessoal. É, sobretudo, um sinal de amor, por conseguinte, de misericórdia.
 
Não esqueçamos que a Igreja é chamada a viver “a misericórdia como marca indelével, característica de todo o seu ser e do seu actuar”; cada palavra ou gesto “deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos”.
 
É também através da comunicação que o homem pode “construir pontes” e promover o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade.
 
As palavras, podem “derrubar muros”, “criar vias de acesso” entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos, tanto no ambiente “físico”, como no “digital”. Para isso, o Papa exorta a “palavras e acções” que ajudem a “sair dos círculos viciosos das condenações e das vinganças, que continuam a prender os indivíduos e as nações e que conduzem a expressar-se com mensagens de ódio”.
 
Os “ressentimentos” “e as velhas feridas” que correm o risco de “aprisionar as pessoas e de impedir – lhes a comunicação e a reconciliação” são encontradas também nas “relações entre os povos”, mas em todos esses casos “a misericórdia é capaz de activar um novo modo de falar e de dialogar”.
 
A este respeito, o Papa Francisco cita Shakespeare que, no Mercador de Veneza escreve: “ A misericórdia não é uma obrigação. Cai do céu como um frescor da chuva sobre a terra. É uma bênção dupla: abençoa quem a dá e quem a recebe”.
 
A linguagem da misericórdia, deveria permear também a “política” e a “diplomacia”, acrescenta o Papa, fazendo assim um apelo “a todos aqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e na formação da opinião pública, para que estejam sempre vigilantes sobre o modo de expressar-se com relação a quem pensa ou age de forma diferente, e também de quem pode ter errado”.
 
Acerca do debate nas redes sociais e novas mídias, o Santo Padre recordou que “não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios à sua disposição.
 
“O ambiente digital – continua o Papa – é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, ter uma discussão útil ou um linchamento moral”.
 
Mesmo em redes digitais podemos construir uma “verdadeira cidadania” e uma “sociedade saudável e aberta à partilha”, se com sentido de responsabilidade cuidarmos do outro que não vemos mas que é real, com a sua dignidade que deve ser respeitada.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, único dia estabelecido pelo Concílio Vaticano II (Inter Mirifita, 1963) é celebrado no Domingo que precede a Festa de Pentecostes e em 2016 ocorre no dia 8 de Maio.







Maria Helena Marques
Prof.ª Ensino Secundário


A importância do Sorriso

É uma ideia fantástica a criação de Dias Mundiais  relembrando temas, palavras e assuntos que, apesar de importantes, nos passam despercebidos. O vaivém do dia-a-dia muitas vezes faz-nos desperdiçar ocasiões e não usufruir de coisas tão simples, simpáticas e amáveis que nos podem ajudar a levar o trabalho com mais leveza.
 
Sorriso, alegria, optimismo fazem uma interligação muito benéfica para cada um de nós e na relação com os outros.
 
Um sorriso é gratuito e pode fazer alguém feliz naquele dia. Há dias uma amiga contou-me que tinha ido ao super mercado trazendo o carrinho de compras cheio e, ao aproximar-se do seu carro para efectuar a respectiva mudança, ouviu atrás de si uma voz que lhe dizia: “eu ajudo a senhora”. Parou e olhou para quem lhe tinha falado percebendo perfeitamente que dessa ajuda esperaria de troca algum dinheirito.
 
Com o seu modo de ser característico, sorrindo, disse-lhe: “ o dinheiro que está no carrinho de compras é muito pouco e, neste momento, não tenho mais para lhe dar”. Resposta imediata: “só por esse sorriso que a senhora me deu valeu a pena ter-me aproximado para ajudar”.
 
Com um simples sorriso, deu alegria àquele mendigo e não custou nada. Fazer alguém sorrir é uma terapia para ambos.
 
O bom relacionamento facilita e descontrai-nos um pouco do ritmo stressante de cada dia. Li algures “Faça a dieta da alegria: um sorriso cada manhã e um agradecimento ao final do dia”.
 
Termino com uma citação de Willian Arthur Ward: “Para o optimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras”.







Adelaide Figuinha
Professora


O Amor e o Trabalho

Desde o começo da Criação que o homem teve de trabalhar.
 
O trabalho foi desde o princípio um preceito para o homem, uma exigência da sua condição de criatura e expressão da sua dignidade. Foi através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível actual.

Sabemos que o trabalho gera conhecimento, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento económico. Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

O trabalho possibilita ao homem concretizar os seus sonhos, atingir as suas metas e objectivos de vida, além de ser uma forma de expressão.

É no entanto frequente observar que a sociedade materialista dos nossos dias aprecia os homens “pelo que ganham”, pela sua capacidade de obter um maior nível de bem-estar económico etc. Acontece que o trabalho está em “crise”, porque não há emprego, porque ameaçam despedimentos, baixam ordenados etc. Mas as crises económicas convidam-nos a rever o seu significado humano e de fé.

A vida familiar torna-se insegura e angustiada. Mas vamos olhar para o trabalho como uma forma de amar. Seja qual for o trabalho é sempre digno e pode-se tornar divino. Basta fazer tudo com empenho, criatividade e amor. 

Quando a pessoa realiza o trabalho bem feito, também contribui para a sua auto estima, satisfação pessoal e realização profissional.

Pensemos no valor que damos às nossas ocupações, no esforço que pomos em acabá-las com perfeição, com competência profissional. Ter gosto pelo trabalho é talvez o primeiro passo para dignificá-lo e para elevá-lo ao plano sobrenatural.


Faz tudo por Amor e comprovarás as maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque o amas, embora tenhas que saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do próprio fracasso humano. 

No entanto temos que pensar que o trabalho é um meio. Não tornar o trabalho o centro da nossa vida. Não é uma espécie de “imposto” que há que pagar para dispor do necessário para ser feliz.

O trabalho também deve ser uma expressão de solidariedade para com todas as pessoas com as quais nos põe em contacto, aos quais nos permite servir e demonstrar amizade e fraternidade. Nesta troca de sentimentos e afectos compete à família educar para o trabalho. Os pais devem mostrar aos filhos quanto trabalho se esconde por trás de cada alegria.

A Igreja ao apresentar-nos S. José como modelo, não se limita a louvar uma forma de trabalho, mas a dignidade e o valor de todo o trabalho honrado. O trabalho é o eixo da nossa santificação. Todo o trabalho honrado pode ser oração, e todo o trabalho que é oração é apostolado. Mantém vivo o interesse pelo teu trabalho por mais humilde que seja, é um verdadeiro bem nesta época de constante mudança.

É importante, assim, que estejas em paz com Deus seja qual for a tua concepção d’ Ele, e em paz com a tua alma, sejam quais forem os teus anseios e aspirações no ruidoso tumulto da vida.






Luisa Loureiro






Arqueólogos revelam o cardápio da Última Ceia de Cristo

E explicam que Jesus e os apóstolos não usaram a grande mesa que costuma ser representada nas pinturas sacras


Alexandre Dantas
 

Um recente estudo sobre a cozinha palestina nos tempos de Jesus indica que, além do pão sem fermento e do vinho, na última ceia de Cristo também foram servidos ensopado de feijão, carne de cordeiro, azeitonas, ervas amargas, molho romano de peixe e tâmaras.

Os arqueólogos italianos Generoso Urciuoli e Marta Berogno foram os responsáveis pela investigação que será publicada no livro “Gerusalemme: L’Ultima Cena” (“Jerusalém, a Última Ceia”, ainda sem previsão de lançamento em português).

A mesa e a louça

O material reunido por eles forneceu informações sobre os hábitos alimentares na Jerusalém do início do primeiro século da era cristã. Os estudiosos descobriram que a última ceia de Cristo não foi servida sobre uma mesa rectangular, como imaginaram grandes pintores de arte sacra. A comida foi colocada sobre mesas baixas. Jesus e seus apóstolos comeram sentados sobre almofadões no chão, conforme o costume romano da época.

Generoso Urciuoli recorda também que “os judeus observavam as normas de pureza, usando, por exemplo, copos de pedra, que não eram considerados transmissores de impurezas”. Pratos, tigelas e jarras eram de cerâmica.

O lugar dos comensais

A posição em que Jesus e os apóstolos se sentaram também seguiu regras precisas: os comensais mais importantes se sentavam logo à direita e à esquerda do principal.

“Os versículos do Evangelho de João indicam que Judas estava bem perto de Jesus; provavelmente, à sua esquerda. Está escrito, aliás, que Judas submergiu seu pão no prato de Jesus, seguindo a prática de compartilhar a comida a partir de um prato comum”, prossegue Urciuoli.

O cardápio

Para encontrar o menu da última ceia, os arqueólogos usaram passagens bíblicas como a da Festa dos Tabernáculos, as bodas de Caná, onde Jesus transformou a água em vinho, e o banquete de Herodes, quando foi pedida a cabeça de João Baptista. “As Bodas de Caná nos permitiram compreender as leis religiosas judaicas dietéticas, conhecidas como kashrut, que determinam quais alimentos podem ou não podem ser consumidos e como eles devem ser preparados. Já a festa de Herodes nos permitiu analisar as influências culinárias romanas em Jerusalém”, explica o arqueólogo.

Os estudos revelam, em suma, que, além do pão sem fermento e do vinho, foram servidos tzir, uma variedade do garum, o típico molho de peixe romano; cordeiro; cholent, um ensopado de feijões cozidos a fogo lento; azeitonas com hissopo, uma erva com sabor de menta; ervas amargas com pistaches e charosset de tâmaras, bem como pasta de nozes.

“As ervas amargas e o charosset são típicos da Páscoa judaica; o cholent era comido nas festas e o hissopo era consumido no dia-a-dia”, diz o pesquisador.

Los sacerdotes coptos de Egipto salen «en misión» por los bares y las calles para anunciar la Pascua

ReL  30 abril 2016

En Egipto, las iglesias coptas -que siguen el calendario juliano- están celebrando en estos días la Semana Santa. En vista de la Pascua, se multiplican los saludos y buenos deseos a los coptos por parte de los representantes de las instituciones, según informa la Agencia Fides. Entre ellos, Ahmed al Tayyeb, gran Imam de Al Azhar, se ha dirigido a la catedral copta en El Cairo para presentar sus saludos de Pascua al Patriarca copto ortodoxo Tawadros II.

Y ante la inminencia de la solemnidad cristiana, florecen y se realizan iniciativas pastorales en el gran país del norte de África: en los últimos días, algunos sacerdotes copto-ortodoxos de la Diócesis copta ortodoxa de Minya, en el Alto Egipto, han decidido dejar sus parroquias para ir a celebrar momentos de oración por las calles, en los cafés y en los locales públicos, con el fin de anunciar la pasión y la resurrección de Cristo a los muchos bautizados que no asisten a las iglesias y santuarios, ni siquiera en ocasión de las solemnidades litúrgicas.

La diócesis copta ortodoxa de Minya ha presentado en su página web esta iniciativa como un intento de llegar a los cristianos, sobre todo muy numerosos entre los jóvenes, que normalmente no frecuentan las parroquias. “Se trata de una iniciativa que puede parecer inusual en un país mayoritariamente musulmán, siempre amenazado por conflictos sectarios”, refiere a la Agencia Fides Anba Botros Fahim Awad Hanna, obispo copto católico de Minya, “y es obvio que se puede hacer con libertad y serenidad solo en las zonas residenciales y pueblos habitados únicamente por ciudadanos cristianos.

Pero aún así representa un signo de vitalidad apostólica: nos hemos dado cuenta de que, más allá de la identidad y de la bandera que blanden, muchos jóvenes no tienen ningún contacto real con la vida de la Iglesia ni con su dinámica litúrgica y sacramental. Así que en lugar de esperarlos en la parroquia, se trata con delicadeza, de llegar a ellos, en los lugares en los que viven y prefieren pasar su tiempo”.


in



 

Una mujer secuestrada y convertida en esclava sexual pide auxilio: «Por favor, sálvennos del ISIS»

Congreso Internacional WeAreN2016 - Todos somos nazarenos

Samia Sleman se emociona al contar en el congreso WeAreN2016 su esclavitud bajo Estado Islámico
ReL  29 abril 2016

Se está celebrando en la sede de la ONU en Nueva York, en defensa de la libertad religiosa, el Congreso Internacional WeAreN2016 (Todos somos Nazarenos). En él se recoge el terrible drama que viven los cristianos y otras minorías religiosas en Medio Oriente, debido a la persecución de los extremistas musulmanes encabezados por el Estado Islámico (ISIS o Daesh).

Sálvennos del ISIS
“Por favor, sálvennos del ISIS”, clamó Samia Sleman, joven yazidí –religión considerada como adoradores del demonio por los extremistas musulmanes– durante su ponencia en el congreso, según recoge David Ramos en Aciprensa.

Samia, que fue secuestrada y convertida en esclava sexual por ISIS, denunció que estos terroristas “violaban a niñas yazidíes de 7 y 8 años y mataban a los hombres y mujeres mayores”.

Yazidíes jóvenes... son capturadas como esclavas por Estado Islámico
“Solo querían a las niñas como esclavas sexuales”, relató entre lágrimas al auditorio de la ONU. “Nos vendían o nos regalaban”.

“Solo la comunidad cristiana internacional puede salvarnos”, aseguró.

A su lado, la activista Jacqueline Isaac, que con la organización Roads of Success rescata niñas de las garras del Estado Islámico, recordó que "una niña se murió porque la violaron tantas veces que su cuerpo no pudo aguantar más”.

Yazidíes desplazadas de la guerra
En esta primera jornada del congreso, que se extenderá hasta el 30 de abril, participó también el arzobispo católico melquita de Aleppo (Siria), Jean-Clément Jeanbart, que aseguró que a pesar de la persecución “mantenemos la esperanza cristiana”.

Jeanbart advirtió que “si no se acaba la guerra en Siria, el martirio acabará con nosotros”, al tiempo que agradeció al Papa Francisco “por alentar la paz” en ese país.

La valentía de los cristianos perseguidos
Otra de las participantes fue la hermana Guadalupe Rodrigo, misionera de las Servidoras del Señor y de la Virgen de Matará en Siria.

Los cristianos perseguidos en Medio Oriente, señaló, “rezan por las víctimas (de los atentados) en París. ¿Reza Occidente por ellos?”.

La religiosa destacó la valentía de los cristianos perseguidos, que “sonríen porque entienden que la vida es corta y hoy puede ser mi último día”. “¡Paren la guerra!”, demandó.

Todo se acabó en Aleppo con la violencia de ISIS”, lamentó, y señaló que ahora lo que ocurre es la decapitación de cristianos, “niños enterrados vivos ante sus madres por ser cristianos”.

Aún así, subrayó, “nuestros cristianos están dispuestos a dar su vida antes de renegar de Jesucristo”.

A su turno, el P. Douglas Bazi, sacerdote en Irak secuestrado por el Estado Islámico, recordó que “fui torturado solo por ser cristiano, y lo mismo pasa con mis hermanos en Medio Oriente”.

Los cristianos en la región, lamentó el P. Bazi, “estamos desapareciendo, el mundo pronto nos olvidará”.

“Yo soy sacerdote, yo no puedo perder la esperanza, pero mi pueblo la está perdiendo”, dijo.

Los padres de una asesinada del ISIS

También participaron Carl y Marsha Mueller, los padres de Kayla Jean, joven activista que fuera secuestrada, torturada, violada y asesinada por terroristas del Estado Islámico. [Lea aquí la carta que dejó Kayla Jean, llena de fe y amor].

En su ponencia, Marsha Mueller recordó que “Kayla fue brutalmente torturada por Estado Islámico durante 18 meses antes de ser asesinada en febrero de 2015”.

Yazidíes desplazadas de la guerra
La joven, dijo su madre, “jamás se sometió al Islam, mantuvo su fe luchando por la paz y la justicia”.

El Obispo de Kafanchan (Nigeria), Joseph Danlami Bagobiri, también se presentó en el congreso WeAreN2016, advirtiendo que el 80% de persecución que se produce actualmente en el mundo es contra los cristianos.

Bernardito Auza, Observador Permanente de la Santa Sede ante la ONU en Nueva York, exhortó a la comunidad internacional a poner medios para conseguir el fin de la violencia en Medio Oriente.

Guadalupe Rodrigo, religiosa argentina que participa en WeAreN2016, cuenta en este video su testimonio en Siria



in


Rota do Património


El cardenal Sturla, a los laicistas: Los católicos no somos paracaidistas ni recién llegados

ReL  29 abril 2016

El cardenal Sturla, arzobispo de Montevideo, señala
el dogmatismo del laicismo del país
El cardenal y arzobispo de Montevideo Daniel Sturla se mostró contundente en una entrevista con El País TV en la que habló acerca de la campaña laicista que intenta impedir que se coloque una imagen de la Virgen María en la enorme Rambla de la playa de Montevideo, donde ya hay imágenes de todo tipo, incluso de la diosa vudú Yemanyá. Es un proyecto que iniciaron unos ciudadanos y familias católicas y el arzobispo ha defendido después.

Uruguay, que es jurídicamente el país más laicista de América y el que tiene menos población con convicciones religiosas, es una anomalía en el continente. Y la negativa a la imagen de la Virgen es una anomalía incluso en el país, donde hay otras imágenes marianas en diversas ciudades. El cardenal expresó su convicción de que el laicismo uruguayo es muy dogmático y anticuado, y repite hoy polémicas "de hace cien años".

"Hemos crecido en el respeto al otro, la divergencia de ideas y la manifestación pública respetuosa de distintos actores de la sociedad. Cien años después de las antiguas luchas de nuestros abuelos, ha habido un tácito reconocimiento de lo que la Iglesia es en el Uruguay, porque no estamos hablando de unos paracaidistas que caen a esta nación viniendo de no sé dónde. El Uruguay nació de la mano de la Iglesia Católica", afirma en la entrevista.

"Hablando concretamente de la Virgen María: el primer nombre que recibe un accidente geográfico en lo que hoy es Uruguay, por parte de los españoles, que fueron los descubridores y los que dierona la posteridad los nombres, es Cabo Santa María. Y el segundo nombre, en Punta del Este, fue Nuestra Señora de la Candelaria. La Virgen de los 33, esa imagencita de la época de las misiones, que fue venerada por la slaa de representantes de la Florida y a la que el pueblo le da ese nombre, está inscrita en nuestra historia. Artigas [José Artigas, 1764-1850, militar independentista, con un mausoleo en su honor en la Plaza de la independencia de Montevideo] rezaba el Rosario. Muchos de nuestros pueblos tienen un nombre mariano".

Después retoma su queja contra los activistas laicistas. "No somos recién llegados, no nos traten como recién llegados. Yo creía que eso era de hace 100 años. Que fueron las picardías, travesuras, luchas ideológicas serias de hace cien años. Ahora, estar diciéndo ´métanse en las iglesias, no invadan el espacio público´... Pero, señores... ¿es invadir tener una imagen religiosa en una plaza? Ya hay imágenes religiosas... igual que hay imágenes de cuanto líder existe, político, uruguayo o extranjero, de diversa índole, filosófica, etc... Lo que pasa es que el laicismo en este país ha sido lo más dogmático que existe. Ellos, que tanto critican a la Iglesia, tienen un dogma: que lo religioso tiene que estar reducido a la conciencia individual... Son los que tienen una mentalidad laicista retrógrada de hace 100 años".

Estatua de Yemanjá, la diosa vudú del mar, en Montevideo... que parece que no preocupa a los políticos laicistas de Uruguay
Luego recuerda que la Junta Departamental aprobó por 27 votos sobre 29 colocar una estatua de la diosa vudú del mar, Yemanyá, que aprobó por unanimidad un monumento coreano que estéticamente no gusta a muchos ciudadanos... "Se han aprobado muchos elementos en la Rambla, de diverso tipo, sería un retroceso que no se aprobara la imagen de la Virgen..."

Ante la sugerencia de si es un tema de respeto a las conciencias, él lo descarta.

"El tema es la Iglesia Católica, por favor, es clarísimo", denuncia el cardenal. Y añade: "Cuando se colocó la diosa del mar ¿hubo alguna discusión sobre la laicidad? Pues ahora, por la imagen de la Virgen María, sí".

Sturla comenta que se trata de "cierta urticaria en este país que yo pensaba que ya estaba superada y que lamentablemente en algunos grupos no está superada".

Cuando le comentan que en la ciudad uruguaya de Punta del Este también hay una imagen de la Virgen de la Candelaria en el espacio público, responde: "En todo el Uruguay hay imágenes de la Virgen en espacios públicos".

Pone ejemplos de María Auxiliadora en tres ciudades y añade otras: "en la plaza de Garzón", "en la entrada de Florida... y así en todo el país: nosotros pertenecemos a esta cultura".

Una noche del Rosario de Bendiciones junto al mar en Montevideo, con la imagen de la Virgen Milagrosa... en estos encuentros nació la idea de poner una estatua de la Virgen de forma permanente
Y ante las acusaciones de planes católicos para "reconquistar el espacio público", responde: "La Iglesia no tiene planes ocultos, no tiene reuniones secretas, quien quiere ir a una misa católica no tiene más que entrar por la puerta, sin requisitos... ¿Cuál es la misión de la Iglesia? Evangelizar, anunciar el evangelio porque entendemos que es la cosa más linda que le puede pasar a una persona, encontrarse con Jesucristo, saberse amada infinitamente por Dios, saberse abrazada por ese amor misericordioso.

Después, cuando le plantean el laicismo en la escuela (en Uruguay no hay clase de religión ni símbolos religiosos en los colegios públicos) comenta que en Europa, en países de gran tradición democrática, sí hay clase de religión en las escuelas públicas, elegida por los padres, pero que ese no es un tema que él como Arzobispo esté planteando para Uruguay, sino que ve prioritario plantear, por ejemplo, la educación de los niños en los barrios marginales. Así, destaca, por ejemplo, la creación de la Fundación Sofía, del arzobispado, que apoya a 8 colegios en barrios populares para dar educación de calidad.



in


La familia Alshakarji, rescatada por el Papa de Lesbos: torturas en Siria, rechazados en Turquía...

En Roma les acoge la Comunidad de San Egidio

"Huimos cuando la vida de los chicos corría peligro. Son jóvenes y podían morir de un momento al otro por los bombardeos o ser obligados a alistarse en la yihad"
ReL / Zenit  29 abril 2016

Suhila Alshakarji y su familia, procedentes de Siria, forman parte de los 12 de los refugiados sirios que el papa Francisco trajo consigo desde la isla de Lesbos. Les acoge en Roma la Comunidad de San Egidio, en su escuela de idioma y cultura italiana para extranjeros, en el barrio de Trastevere.

En su país sufrieron persecución por parte de Estado islámico (ISIS). El padre, Rami, estuvo secuestrado durante seis meses y tras su liberación el matrimonio huyó junto a sus hijos a Turquía.

En una entrevista de Salvatore Ceruzo para Zenit la familia cuenta las penurias y dificultades durante la huida, así como las críticas que recibieron en Turquía por ser musulmanes.

El ISIS secuestró a Rami
El drama que cuenta Suhila Alshakarji, una ex costurera de menos de 50 años, es sólo uno de muchos que la familia Alshakarji procedente de Deir Ezzor (Siria) ha tenido que sufrir desde hace un año. Es decir, desde que las fuerzas del Estado Islámico (ISIS), han invadido ese territorio.

“Desde hace 1400 años en Deir Ezzor vivíamos serenamente” cuenta Rami, el padre de familia, un estimado profesor antes de convertirse en refugiado. En esta zona conocida como ‘el Auschwitz de los armenios’, que el ISIS ha devastado matando también a 300 civiles, “desde hace milenios somos todos iguales: musulmanes, católicos, judíos… No tenemos diferencias, nadie pregunta nunca de qué religión eres”.


La familia Alshakarji en su llegada a Europa

Desde allí la familia Alshakarji ha tenido que huir rápidamente con sus tres hijos: además de Qudus, también Rashid, 18 años, y Abdalmajid, 15 años, que en esta nueva fase de su vida se hace llamar Totti como el conocido futbolista. “Estoy contento de haber venido a Italia, así tengo dos cosas: el fútbol y la escuela. Finalmente puedo volver a estudiar”, dice.
 
El padre explica que los niños están “muy estresados”. “Han concedido entrevistas cada día”, explica Roberto Zuccolini, uno de los responsables de la Comunidad y precisa que “han pedido ser protegidos de una excesiva exposición mediática”.
 
Rami todavía necesita hablar, quiere desahogarse de todo el mal que ha tenido que sufrir. En primer lugar, de su secuestro durante seis meses por los yihadistas. Rami cruza sus muñecas para mostrar las condiciones en las que estaba obligado a vivir cotidianamente: encadenado de pies y manos. 
 
“Me daban latigazos y me pegaban en la espalda” cuenta. Y ¿por qué? “Estos no son musulmanes”, asegura, “estos no tienen religión. Nos secuestraban y golpeaban solo para imponerse, para hacer entender quien tiene el poder, para causarnos miedo”.
 
También el hermano de Rami, de 55 años, que estuvo secuestrado durante tres años, fue liberado. No tuvieron la misma fortuna muchos otros parientes: “Tres desaparecieron”, cuenta Suhila, “no sabemos si están vivos. Nueve han muerto. Todo el resto de la familia está en varias ciudades de Siria, donde actualmente hay combates. A veces conseguimos hablar con ellos, otras no. Tenemos miedo”.


La familia Alshakarji

La huida de la familia
La mujer, durante el secuestro del marido, escapó con los hijos hacia el Líbano donde viven unos parientes.
 
No pensaba que se reunirían nunca; cuando el milagro sucedió decidieron que era el momento de dejar el país. “Decidí marcharme porque quería salvar a mi familia”, explica el hombre, “huimos cuando entendimos que la vida de los chicos corría peligro. Son jóvenes y podían morir de un momento al otro por los bombardeos o ser obligados a alistarse” en la yihad.
 
Desamparados, sin hogar
De su casa no queda nada. Probablemente estará destruida: “Cuando salimos del pueblo estaba quemado por las bombas”. En su memoria está impreso todo el recorrido para salir del país: la fuga por la noche de Deir Ezzor pasando por Raqqa, Aleppo y otras zonas ocupadas por el ISIS, “tan peligrosas que no había ni siquiera animales por la calle”. Y Suhila dice: “Algunos los recorrían a pie, otros escondidos en camiones de fruta y verdura”.
 
Nueva vida en otro país: las complicaciones
“Nos han tratado muy mal” explica el marido indicando que se encontraban con personas que les gritaban y preguntaban de dónde eran, de qué partido o de qué religión solo para molestarles y darles miedo. Todo duró 10 días, después de que la familia Alshakarji llegase a Izmir, en Turquía, para probar suerte a través del “camino ilegal”, subiendo a una barcaza dirección Lesbos.




“Salimos a las 23.00, cada 100 metros el motor se paraba”. Nadie murió, el mar estaba inexplicablemente tranquilo, pero llegó un momento en el que la embarcación se paró 90 minutos. “No se veía nada en el horizonte. Llamamos a la Guardia Costera pero le costaba encontrarnos. Nos quedamos allí quietos: las mujeres y los niños en medio y alrededor los hombres.
 
Bastaba un poco de viento o el mínimo movimiento y los 36 hubiéramos terminado en el agua”. El terror se alargó durante 5 horas hasta la llegada a Lesbos. En la isla griega los refugiados encontraron un escenario completamente diferentes. Los chicos sonríen recordando “la acogida impresionante” en la playa: “había voluntarios, jóvenes y adultos, que entraron en el agua para ayudarnos y bajar. También mujeres ancianas ayudaron a empujar la barcaza hasta la playa”. Después, cuando bajaron, Rami cuenta que “nos lanzaron flores”.
 
Su encuentro con el Papa
En Lesbos, en el campo Morìa visitado por el Papa, la familia estuvo 50 días. Suhila explica que “estábamos bien pero éramos muchos, las cosas básicas como la comida y el agua no eran suficientes… No comíamos bien, no había agua suficiente para bañarse; muchos niños se enfermaron. Era difícil encontrar médicos”.
 
Aún así, añade la mujer, en la isla los refugiados pudieron gustar el calor humano que habían casi olvidado. Incluso la pequeña Qudus se adaptó enseguida: Estaba dando vueltas por el campo desde las 9 hasta la media noche, ayudaba a los voluntarios para ayudar a los otros refugiados”.


Refugiados recibidos por el Papa Francisco

Y finalmente llegó Francisco: “Un ángel que ha venido para salvarnos”. Rami asegura que recibieron la noticia de haber sido elegidos para viajar en el avión del Santo Padre hacia Italia como una gran sorpresa, no conseguían creerlo: “una persona que veíamos en televisión y que ni siquiera es musulmán había venido a recogernos, a salvarnos… No lo hubiéramos esperando nunca”.
 
Comienza una nueva vida
“Hemos sentido una nueva vida dentro de nosotros, había una esperanza”, afirma la mujer. Por su parte Qudus cuenta que cuando vio al Papa le dijo “él es mi papá, ¿tú también eres mi padre?”. Lo besó y abrazó y le dijo que su nombre significa Jerusalén, él Papa estaba contento y jugaron juntos.

Finalmente, aseguran que los voluntarios de la comunidad San Egidio les han hospedado y recibido como una familia. Ahora comienza el periodo de integración. Suhila precisa que “todos los países, no sólo europeos sino también los musulmanes, deberían seguir el gesto del Papa y ayudar a las familias sirias. Es importante porque la gente está muriendo cada día”. 

Ahora rehacen su vida en el barrio romano de Trastevere, donde está situada la Escuela de idioma y cultura italiana de la Comunidad San Egidio. Allí los voluntarios enseñan gratuitamente el italiano a unos 1900 personas, entre refugiados y extranjeros.

in





LISBOA: 3ª Sessão da Acção de Formação em Conservação Preventiva





         Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja

consprev2016 cartazlw
LISBOA | Património Artístico da Igreja: Critérios e Práticas de Conservação Preventiva | Acção de Formação

3ª sessão: Centro de Espiritualidade do Turcifal, 7 Maio 2016, 10h00

Realiza-se no próximo dia 7 de Maio (Sábado) a 3ª sessão da Acção de Formação "Património Artístico da Igreja: Critérios e práticas de conservação preventiva".

Iniciativa vocacionada para todos quantos se encontram em contacto permanente com o património artístico das igrejas, coordenando ou assegurando a sua manutenção, destina-se também a responsáveis, técnicos e colaboradores com funções nas diversas áreas dos Bens Culturais da Igreja, bem como a todos aqueles que pretendam obter formação especializada neste domínio.


Incidindo em algumas das matérias mais carenciadas do património eclesiástico, pretende fornecer instruções básicas de diagnóstico e manutenção, mas também recomendações de fácil concretização e princípios básicos de conservação, passíveis de serem implementados nas rotinas quotidianas das igrejas.
Próximas sessões: Lisboa (7 Maio), Angra (24 Outubro) e Porto (1 Dezembro).

Sessões realizadas: Bragança (ver fotos), Beja (ver fotos).



fb 1

© Copyright 2012, Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja. Todos os direitos reservados
  | Contactos